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Catolicismo

Catolicismo

Estudos sobre a Fé e a Doutrina Católica por meio de documentos da Santa Igreja, livros de espiritualidade, videos e etc. Selecionados para aprofundarmos ainda mais em nosso amor a Jesus Cristo!

IV. A Igreja de Cristo é Católica

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Os homens crescem e se desenvolvem. Deus não cresce nem se desenvolve. Desenvolver-se quer dizer aperfeiçoar-se. Como Deus é infinitamente perfeito, não pode desenvolver-se. Mas o homem não é perfeito; mister se faz, pois, que cresça e se desenvolva. A Igreja é uma sociedade composta de homens; a Igreja deve, portanto, crescer, de aperfeiçoar-se, aproximar-se-ia do seu fim, tal como o homem se aproxima da morte, quando não se desenvolve mais física e espiritualmente. Quando o Salvador deixou a terra, a Igreja compunha-se de alguns apóstolos e quiçá de uns duzentos fiéis. Havia Pedro, havia os apóstolos; havia também esta ordem: “Ide, ensinai todas as nações...” Cristo lançara a semente, cumpria que ela crescesse. O primeiro crescimento importante realizou-se no décimo dia após a ascensão de Nosso Senhor, quando São Pedro, em seguida ao seu discurso do dia de Pentecostes, batizou 3.000 homens (At 3, 41). Quantas reflexões podemos fazer sobre os primeiros dias do cristianismo nascente, quando pela primeira vez ecoou em ouvidos humanos esta advertência de São Paulo: Agora não há mais nem judeu, nem grego, nem homem, nem mulher, nem homem livre, nem escravo, - Jesus de Nazaré elevou-os todos ao mesmo nível!

III. A Igreja de Cristo é Santa

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A vida de Nosso Senhor Jesus Cristo foi a santidade encarnada, a tal ponto que seus inimigos os mais terríveis não lhe puderam exprobar um só defeito. Ele perguntou de fronte erguida a seus inimigos: “Quem de vós me arguirá de pecado?” (Jo 8, 46). E todos lhe escutaram a pergunta sem dizer uma palavra. É natural que a Igreja, que teve um santo Fundador, também seja santa. É natural que se deva aplicar, palavra por palavra, à verdadeira Igreja de Cristo, o elogio entusiasta pronunciado por São Paulo a respeito da Igreja:
“Cristo amou a Igreja e entregou-se a si próprio por ela, afim de santifica-la depois de havê-la purificado na agua batismal, para fazê-la surgir diante de si, gloriosa, sem macula, sem ruga, sem anda de semelhantes, porém santa e imaculada” (Ef 5, 25-27).
Consoante as palavras do apóstolo, a Igreja de Cristo deve ser “santa”. Eis-nos, pois, em presença da questão: saber se as palavras de São Paulo convém à Igreja Católica. Na nossa última instrução ocupamo-nos da primeira marca da verdadeira Igreja de Cristo: a unidade. Nesta agora, estudaremos a segunda, e perguntaremos:

Temos o direito de dizer que na nossa Igreja se acha também a segunda marca: a “santidade”? Temos o direito de chamar a base da nossa religião simplesmente de “a Igreja”, porém de “a santa Igreja”?

II. A Igreja de Cristo é Una

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Na instrução precedente abordamos o estudo da Igreja de Cristo.

Será um fato certo que Cristo fundou uma sociedade visível, organizada, a que Ele próprio chamou “Igreja”?

Perfeitamente. Basta ler as palavras dirigidas a São Pedro em Filipe de Cesaréia: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).

Será certo também que uma só Igreja pode ser a verdadeira Igreja de Cristo?

Sem dúvida. Porque há um único Senhor, de quem procede a Igreja, e uma única verdade ensinada por Cristo. Cristo não fundou várias igrejas, mas uma única, - esta verdade é certa, tanto histórica quanto logicamente. Eis, porém, que se apresenta aqui a grande, decisiva e importante questão:

Qual é a verdadeira Igreja de Cristo?

É com a alma dolorosamente comovida que temos de saber, pela história, que sobre a doutrina de Cristo têm passado lutas fratricidas que têm rasgado a veste inconsútil de Cristo e dividido a cristandade. Quando o Salvador subiu aos céus e deixou discípulos e fiéis, membros da primitiva Igreja, então só havia realmente uma única cristandade, havia uma única Igreja. Mas já desde o tempo dos apóstolos vemos aqui e acolá surgirem hereges que se apartam da verdadeira Igreja de Cristo, atraindo os fiéis para as sendas do erro. E, à medida que avançam os séculos, folhas e ramos cada vez mais numerosos, às vezes até enormes galhos, tombam da árvore da Igreja, afirmando que pulsa neles a força vivificante de Cristo. Espetáculo doloroso e contristador o dos cismas e das heresias. E na alma humana levanta-se com justa razão esta pergunta, esta decisiva pergunta, que aguarda uma resposta categórica, definitiva:

Onde está então hoje a verdadeira Igreja de Cristo?

I. Que é a Igreja?

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Em Roma, centro da cristandade, ergue-se a maior igreja do mundo, a basílica de São Pedro. Todos vós já ouvistes falar dela, já lestes alguma cosa sobre as suas proporções gigantescas, sobre as suas incomparáveis belezas artísticas; mas, quando a gente vai a Roma e olha pela primeira vez para aquela famosa basílica, um grito de decepção nos escapa dos lábios: “É mesmo esta aquela maravilhosa obra prima? Onde estão as suas gigantescas dimensões? Onde está a sua beleza sem igual? Não vejo nela nada de extraordinário”. Efetivamente a primeira impressão produz alguma decepção. E essa impressão de desapontamento só desaparece quando a gente circula, durante horas, por aquela igreja. Quando, alguns dias depois, a ela tornamos, quando nela entramos dez vezes, vinte vezes, quando paramos a contemplar uma estátua ou um túmulo, quando, sob a direção dum guia ao corrente de tudo, examinamos minuciosamente cada altar e cada capela, então compreendemos por que é que a basílica de São Pedro figura entre os primeiros e mais belos edifícios do mundo. O mesmo sucede não somente com a basílica de São Pedro, como também com aquela que a elevou: a Igreja Católica. Ouvimos, sabemos, lemos muita coisa sobre ela. Sabemos que no mundo inteiro não existe sociedade tão extensa, tão antiga, tão importante e tão benéfica como a Igreja Católica. Mas, para que não a conheçamos apenas de um modo geral para que lhe conheçamos também as belezas, para que a amemos, a sigamos, a defendamos e nos orgulhemos dela, não basta um relance de olhos superficial. Temos absoluta necessidade de um guia experimentado. Esse guia, achamo-lo nesta frase do Símbolo dos Apóstolos que vamos agora comentar: “Creio na Santa Igreja Católica”. Escutai, só, atentamente, quando na missa solene se canta o Credo, com que transporte, com que alegria, com que convicção, com que ufania o coro canta em tom de triunfo: “Unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam” – “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”. Qual é pois a causa desse entusiasmo, dessa alegria, dessa ufania e dessa convicção? Que é essa Igreja Católica à qual pertenço por uma graça particular de Deus? Que me dá ela? Por que me posso ufanar dela? Quais são seus méritos?... Outras tantas questões a que responderemos minuciosamente. Não trataremos resumidamente este assunto, mas lhe consagraremos vinte instruções, procurando focalizar do melhor modo a Igreja Católica. E, quando tivermos considerado a fundo esse gigantesco edifício, dos nossos lábios escapará, com alegre ufania e num grito de gratidão, esta profissão: “Credo unam, sanctam, catholicam et apostolicam Ecclesiam”.

História da Igreja 1ª Época: Capítulo X

Quarta perseguição

Esta perseguição se atribui em grande parte às calúnias que se espalharam contra os cristãos. Cometeram-se nela tais violências que muitas vezes os próprios verdugos se horrorizavam da atrocidade dos tormentos com que os martirizavam, e com grande repugnância cumpriam o bárbaro ofício que se lhes confiava. Governava então a Igreja Pio I que, depois de ter empregado os nove anos do seu pontificado em combater as heresias, em animar os mártires e promover as necessidades da cristandade, fez-se credor da palma do martírio. Cortaram-lhe a cabeça no ano 167. Conta-se entre os mais célebres mártires desta perseguição um jovenzinho chamado Germânico que animava os outros com o seu exemplo. Antes de expô-lo às feras tentou o juiz seduzi-lo; porém o magnânimo menino disse que preferia antes perder mil vidas, que conservar uma à custa de sua inocência; e dirigindo-se para um leão que se arrojava contra ele, terminou sua vida na boca daquele furioso animal apressurando-se a sair deste mundo para chegar o quanto antes ao Céu.
Papa São Pio I
Papa São Pio I

História da Igreja 1ª Época: Capítulo IX

Santo Alexandre 1º em presença de Aureliano

A Santo Anacleto sucedeu o Papa São Evaristo, natural de Belém, que ocupou o trono pontifício cerca de nove anos, sendo martirizado no ano de 121. A este sucedeu Santo Alexandre que, ainda muito jovem, pregava com tal eficácia que chegou a converter o prefeito de Roma, chamado Hermetes, sua família e 1250 criados seus. Chegada a notícia aos ouvidos do imperador, este irritou-se muitíssimo com ele, e desde a cidade de Selêucia, onde se achava então, mandou a Roma o conde Aureliano para que condenasse à morte todos os cristãos que descobrisse. Os primeiros encarcerados foram o prefeito e o Pontífice. Fizeram-lhes minuciosíssimos, longos e violentos interrogatórios; experimentou-se o cárcere, a fome, a sede, o ferro e o fogo, porém em vão; antes a pregação e os milagres que em todas as partes fazia o santo Pontífice contribuíam para trazer novas almas à fé.
Papa Santo Alexandre I
Papa Santo Alexandre I

História da Igreja 1ª Época: Capítulo VIII

Santo Anacleto

No pontificado de Santo Anacleto sucessor de São Clemente, continuavam os estragos da perseguição. O imperador, muito ligado à idolatria, ocupava-se ele próprio, de vez em quando a interrogar os cristãos, com o fim de confundi-los, e os ameaçava com os mais horríveis tormentos e com a morte mais dolorosa para faze-los prevaricar. Em tão difíceis circunstâncias São Anacleto empregou os maiores esforços já para que permanecessem firmes na fé os condenados ao martírio, já para refutar as heresias e preparar missionários para enviar em propaganda do Evangelho. Entre as coisas que fez, conta-se a de ter escolhido um lugar particular no Vaticano, perto do túmulo de São Pedro, que destinou para sepultura dos Papas, fez além disso edificar uma capela sobre o túmulo dos Príncipe dos Apóstolos com esta inscrição: In memoriam Beati Petri construxit. Esta pequena Igreja, ampliada mais tarde, é o famoso templo de São Pedro no Vaticano. Santo Anacleto depois de doze anos de pontificado, terminou seus dias com o martírio. Cortaram-lhe a cabeça por ter ficado firme na fé, no ano 112.
Papa São Anacleto
Papa São Anacleto

História da Igreja 1ª Época: Capítulo VII

São Cleto, Segunda Perseguição

Os cristãos gozavam de alguma tranquilidade no reinado de Tito e de Vespasiano, posto que ainda não tivessem sido revogados os sangrentos decretos de Nero pelos quais todo aquele que tinha alguma autoridade podia perseguir, a seu capricho, os fiéis de Jesus Cristo. Domiciano, a quem a história apelida de segundo Nero, ordenou que vigorassem novamente, e com maior rigor as leis de perseguição. No seu reinado São Cleto governou a Igreja doze anos. Este Pontífice nasceu em Roma, e ali o instruiu São Pedro na fé; trabalhou muito durante o pontificado deste e o de São Lino. Entre as obras que se lhe atribuem, acha-se a divisão da cidade de Roma em 25 quartéis ou seções; em cada uma das seções estabeleceu um sacerdote ou na sua falta um diácono, para que cuidasse das necessidades espirituais e temporais dos fiéis. Achava-se ocupado em propagar o Evangelho dentro e fora da cidade de Roma, quando Domiciano ordenou que se buscasse o chefe dos cristãos e que se lhe desse a morte. A impaciência do tirano em dar-lhe a morte poupo-lhe muitos e grandes suplícios; martirizaram-no no ano de 93. Autores dignos de fé dizem que São Cleto foi o primeiro que usou a fórmula: <<Saúde e benção apostólica>>, com que os Papas soem começar suas cartas.