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Author page: Gabriel

Vigilância e Oração

Meditação para Dia 17 de Março

1. a) "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". Jesus, aflito até à morte, censura seus apóstolos. Com quanto amor, porém, e com quanta mansidão! Procedes assim? Censuras por aversão, ou por dever? b) Dos apóstolos, que, calados e humildes, aceitaram a merecida censura, aprende o que fazer em caso semelhante. Se fores censurado sem o mereceres, lembra-te que muitas vezes foste culpado, e não sofreste censura. Não será teu amor a Deus capaz de sofrer calado, ou, ao menos, de justificar-te calmamente, sem ofender?

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Amor que nos testemunhou Jesus Cristo instituindo a Santa Eucaristia para nutrir e consolar nossa alma

Capítulo XVII

Sciens Jesus quia venit hora ejus et transeat ex hoc mundo ad Patrem cum dilexisset suos qui erant in mundo, in finem dilexit eos - "Sabendo Jesus que era cliogada a sua hora de passar d'este mundo ao Pai, como tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim" (Jo 13, 1)

Accipite et comedite: hoc est corpus meumn - "Tomai e comei, este é o meu Corpo" (Mt 26, 26)

É no momento da morte quando urge separar-se das pessoas amadas, que cresce e redobra o afeto dos verdadeiros amigos; é então que mais que nunca procuram dar-lhe as ultimas lembranças do seu amor. Em todo o curso da sua vida mortal nunca Jesus cessara de nos dar testemunhos da sua ternura; por mil e mil maneiras nos mostrara quanto sabe amar-nos; mas chegada que foi a hora de voltar para o seu eterno Pai, não contente com o que por amor nosso já operara, não contente com derramar até à ultima gota de sangue, quis fazer mais ainda, quis deixar-nos mais extremosa prova do seu ardente amor para conosco. Prova mais extremosa!... Pois que! É possível dar mais que a vida para provar que se ama?... Ah! O que a nós é impossível, não o é à ternura de um Deus. Escutemos. Era numa quinta-feira à tarde. Jesus depois de haver comido a ultima páscoa com os seus apóstolos, acaba de lhes lavar os pés; eles estavam ainda todos fora de si a um tão inaudito exemplo de humildade do seu bom Mestre. Sem duvida guardavam um religioso silencio; sem duvida anteviam que algum grande mistério ia realizar-se; sem duvida, se eles estavam atentos, divisavam no rosto do Salva¬dor o que quer que é de maior, mais majestoso, mais divino ainda que de ordinário...

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Conforto para novos sofrimentos

Meditação para Dia 16 de Março

1. a) "Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava". É este o fruto da oração de Jesus. Sê fiel a Deus na provação. No auge da dor, quando mais o precisares, Deus te consolará. b) Quanta humildade a de Jesus! Em sua infância e durante sua vida aceitou, como se deles precisasse, os serviços e os cuidados por parte dos homens; agora aceita a consolação dum anjo. Se o Criador se deixa consolar pela criatura, rejeitarás orgulhoso o conselho e o auxílio de teus semelhantes ou súditos? Fica sabendo que nesta vida ninguém é seu próprio condutor.

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Do ardente desejo que teve Jesus de sofrer por nós

Capítulo XVI

Baptismo habeo baptisari, et quomodo coarctor un perficiatur? - "Eu tenho de ser batizado num batismo de sangue, e quão grande não é a minha angustia até que ele se conclua?" (Lc 22, 50)

Desiderio desideravi hoc pascha manducare vobiscum - "Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão." (Lc 22, 15)

Que enérgicas expressões! Oh! Como eles pintam ao vivo o incompreensível desejo que Jesus tinha de sofrer e imolar-se por nós! Bem se deixa ver que saem da abundância do coração daquele que disse:

“Eu vim trazer fogo à terra e que quero eu, senão que ele se acenda?”

Ó filhos de Adão, compreendestes esta palavra do vosso Deus:

“Eu vim trazer à terra o fogo do meu amor e o meu mais ardente desejo é ve-lo atear-se no coração de todos os homens?”...

Ó meu Jesus, que tão grandes bens pois cuidáveis vós poder ganhar do amor das criaturas que para o obter assim quisestes morrer e tanto ansiastes esse desejo da vossa morte?

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Jesus em agonia por ti

Meditação para Dia 15 de Março

1. "E posto em agonia, orava Jesus com maior insistência". Por um lado Jesus receava a paixão; por outro desejava-a, combatendo o próprio medo. Muitas vezes terás de lutar contra a lei da carne, para que prevaleça a do espírito. Toma Jesus por teu exemplo. Quanto maior forem tua aflição e confusão, mais ardentemente deves rezar. Como rezas? Quantas vezes? Pedes, nas horas de calma do espírito, a indispensável força para as horas de desgosto e tentações? Lembra-te, no combate, que Deus te vê. Testemunha de teu proceder, reservar-te-á a coroa, se fores bom combatente.

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Festa de São Clemente Maria Hofbauer

Quasi stella matutina in medio nebulae, et quasi luna plena in diebus suis lucet - “Brilha como a estrela da manhã no meio da névoa, e como a lua cheia nos dias de sua maior claridade” (Eclo 50,7)

Sumário. Consideremos as virtudes sublimes deste filho predileto de Santo Afonso. Ele tinha sempre a fé católica por seu único tesouro; firmíssima foi a sua esperança, e ardente a sua caridade, fecunda em obras santas. A estas virtudes teologais uniu o Santo as virtudes morais, de maneira que pode ser considerado modelo perfeito da perfeição cristã. Alegremo-nos com o Santo e agradeçamos a Deus em seu nome. Vendo-nos tão longe da sua perfeição, roguemos-lhe que nos alcance do Senhor a força para o imitarmos de hoje em diante, particularmente no seu amor para com Deus.

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Toda a vida do nosso Divino Salvador foi um martírio contínuo

Cristo, Homem das Dores (Carlo Dolci)

Capítulo XV

Viram dolorum - "Jesus foi um homem de dores" (Is 53, 3)

Sim, verdadeiramente Jesus foi um homem de dores; sua vida foi toda de sofrimentos interiores e exteriores; foi um martírio continuo, um martírio mil vezes mais cruel do que podemos imaginar. Que não teve ele de sofrer durante os nove meses que passou no casto seio de sua mãe? É certo que gozava de toda a sua razão e tinha o mais fino sentimento de todos os seus sofrimentos. Que horrorosa posição esta! Oh! sempre muito amor era preciso haver no coração deste bom Mestre, pois para no-lo testemunhar quis encerrar-se numa tão incomoda prisão! E em seu nascimento o que não sofreu? Ele a nascer num curral, ele exposto às injurias do tempo, ele a tremer de frio, ele a chorar. Por toda a parte o acompanham os sofrimentos, nem um instante o deixam. Se sai do presépio de Belém, é para derramar as primícias do seu sangue; mais tarde um pouco essa sua mesma pátria forçado se viu a deixar e fugir para terra estrangeira, afim de escapar ao furor de um rei ímpio e sanguinário. Por toda a sua vida terá que sofrer os incômodos da pobreza, e terminá-lo-á sim, terminará essa vida de angustias por uma cruel morte! Eis aqui pois, ó meu Jesus! o que por mim tendes sofrido; Ah! Bem justo é que por vosso amor também eu sofra alguma coisa. Fazei-me a graça, eu vos suplico, de sequer ao menos suportar com paciência e resignação as penas desta vida corruptível.

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Santa resignação

Meditação para Dia 14 de Março

1. Se Jesus tantas vezes, com santa impaciência, tinha predito e aguardado sua paixão, por que exclama agora no horto das Oliveiras:
"Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice?"
É porque tinha assumido toda a fragilidade da nossa natureza, que se assusta ante todo o sofrer. E que sofrimentos inauditos os que esperavam o Cordeiro Imaculado!... Mas Jesus acrescenta "se é possível", isto é, salvar o gênero humano sem tão grande sofrimento e terrível morte. Seu amor transluz de todas as palavras. Por mais que o assuste a paixão, prefere sofre-la a nos ver condenados para sempre. Tudo por nós! Tudo por ti!

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A parábola do Filho Pródigo

O Retorno do Filho Pródigo (Rembrandt 1667-70)

Capítulo XIV

Filius meus mortuus erat, et revixit, perierat, et inventus est - "Meu filho era morto, e reviveu; tinha- se perdido e achou-se" (Lc 15, 24)

Nesta parábola nos pôs Jesus diante dos olhos, de um lado o quadro dos nossos desvarios, do outro a viva imagem da ternura com que recebe o pecador arrependido, que vem lançar-se em seus braços. Meditemo-la, pois, atentamente; dela tiraremos nós numerosos motivos para mais e mais amarmos o nosso divino Mestre.

“Um homem teve dois filhos; e disse o mais moço deles a seu pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me toca. E ele repartiu entre ambos a fazenda”

Estranho modo de proceder este! E no entanto assim é que eu fiz, há já tantos anos. Apenas a razão me começava a distinguir o bem do mal, já eu dizia ao meu Deus: Senhor, dai-me sem demora a saúde, a ciência, as riquezas e a beleza, que eu tudo isto quero, não para vossa gloria, mas para ofender-vos, não para minha salvação, mas para minha ruína. Ó meu Deus, envergonhado o confesso, esta é a linguagem que usei, pelas minhas palavras talvez não, mas por minhas ações. Dignai-vos perdoar a minha loucura.

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Jesus triste até à morte

Meditação para Dia 13 de Março

1. a) Por excesso de amor Jesus sujeitou-se a sofrer tristeza e aflição mortais no monte das Oliveiras. Via diante de si todas as fases de sua paixão e morte, da qual se horrorizava sua natureza humana. b) Mais ainda, oprimia-o o peso dos pecados cometidos desde Adão até ao fim do mundo; pecados de omissão, de pensamentos, de palavras e obras; pecados sem número. Viu também os teus. Sofreu excessiva dor, prevendo, na ingratidão humana, a causa do desaproveitamento dos frutos da sua paixão.

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