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Author page: Gabriel

Breve método de Meditação. Primeiro ponto da Preparação: Pôr-se na Presença de Deus

Pássaros voando

Parte II Capítulo II

Poderá ser, Filotéia, que não saibas como se faz a oração mental; pois, infelizmente, poucos o sabem nos nossos tempos. Por isso torna-se necessário que resuma aqui em algumas regras um método proveitoso, deixando para os bons livros dedicados a esta matéria e principalmente para a prática a tua instrução mais completa. A primeira regra tem em vista a preparação, que consiste nestes três pontos: pôr-se na presença de Deus, pedir-lhe o auxílio de suas luzes e inspirações, propor-se o mistério que se quer meditar.

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Segundo ponto da Preparação: a Invocação

Papa Francisco rezando na presença de Deus

Parte II Capítulo III

A invocação se faz do modo seguinte: tua alma, sentindo a Deus presente, deve compenetrar-se de um profundo respeito e reputar-se absolutamente indigna de Sua presença; todavia, sabendo que Ele te vê, deves pedir-Lhe a graça de O glorificar nesta meditação. Se quiseres, poderás servir-te de algumas palavras, breves mas ardentes, como estas, que são do profeta-rei: Nunca me arremesses de tua presença, ó meu Deus, e não tires de mim o teu Espírito Santo. Esclarece tua face sobre a terra. Dá-me entendimento e observarei a tua lei e a guardarei de todo o meu coração.

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Trabalhar, Sofrer, Morrer!

Meditação para o Dia 26 de Janeiro

Nas horas de angústia, nos momentos tristes e amargos da vida, quando as tribulações e a adversidade nos visitam com todo o seu doloroso cortejo, ah! Quanto nos custou a resignação e conformidade com a Santíssima Vontade de Deus! Paciência! Paciência! Trabalhar, sofrer, morrer, eis a lei de que ninguém se pode isentar, a condição de todos os mortais. Paciência! Paciência!

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Necessidade da Fé para contemplar com fruto o Mistério da Encarnação

Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo

Invenietis infantem pannis involutum, et positum in praesepio - “Achareis um menino envolto em panos, e posto em uma manjedoura” (Lc 2, 12)

Sumário. Quem entra sem fé na Gruta de Belém, terá apenas sentimentos de piedade ao ver um menino tão tenro em tamanha pobreza; mas, quem entra com fé, não poderá deixar de amar a Jesus reduzido por nosso amor a tal estado. Avivemos, pois, a nossa fé e consideremos o excesso de amor de um Deus em se mostrar a nós feito criança, envolta em panos, tiritando de frio, necessitado de todas as coisas. E para que? Para ganhar o amor dos homens, suas criaturas.

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A Necessidade da Oração

Parte II Capítulo I

1. A oração, fazendo o nosso espírito penetrar na plena luz da divindade e expondo a nossa vontade abertamente aos ardores do amor divino, é o meio mais eficaz de dissipar as trevas de erros e ignorância que obscurecem a nossa mente e de purificar o nosso coração de todos os seus afetos desordenados. É ela a água da graça, que lava a nossa alma de suas iniquidades, alivia os nossos corações, opressos pela sede das paixões e nutre as primeiras raízes que a virtude vai lançando, que são os bons desejos. 2. Mas o que muito em particular te aconselho é a oração de espírito e de coração e, sobretudo, a que se ocupa da vida e Paixão de Nosso Senhor: contemplando-O, sempre de novo, pela meditação assídua, tua alma há de por fim encher-se dEle e tu conformarás a tua vida interior e exterior com a Sua. Ele é a luz do mundo; é nEle, por Ele e para Ele que devemos ser iluminados.

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O Apóstolo de Jesus Crucificado

Meditação para o Dia 25 de Janeiro

São Paulo é o Apóstolo da Cruz. Só quis conhecer e pregar Jesus Cristo crucificado. Por isso foi o Vaso de eleição para levar o nome de Jesus aos gentios.

"E eu lhe farei ver, disse o Senhor a Ananias, como é preciso sofrer pelo meu nome” (1)

O grande Apóstolo se gloriava nas suas dores, nas suas fraquezas, para ter a força Divina. "Libenter gloriabor in infirmitatibus meis ut maneat in me virtus Christi". E não temia nem os ultrajes, nem as injúrias, perseguições, desprezos, açoites, por amor de Jesus Cristo, com quem vivia tão estreitamente unido, até à identificação, essa sublime identificação de que ele se fez o arauto.

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Necessidade de Purificar a Alma mesmo das Imperfeições Naturais

O vício da Ira

Capítulo XXIV

Possuímos ainda, Filotéia, algumas imperfeições naturais, que, embora se originem dos próprios pecados, não são pecados mortais nem veniais: chamam-se imperfeições, e os atos resultantes daí tem o nome de defeitos ou faltas. Santa Paula, por exemplo, como nos conta São Jerônimo, era de natureza tão dada a melancolia, que, a morte de seu marido e seus filhos, pensava morrer de tristeza. Era isso uma grande imperfeição, mas não um pecado, porque era contra a sua vontade. Existem algumas pessoas que são ele um espírito leviano e outras de um caráter ríspido; muitas há de um ânimo indócil e difícil de aceder aos conselhos e as palavras de amigos; outras que tem a bílis fácil de inflamar-se, e muitas outras que possuem um coração por demais terno e suscetível a amizades humanas. Numa palavra: quase que não existe pessoa alguma em que não se note uma imperfeição semelhante.

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Por que a Doença?

Meditação para o Dia 24 de Janeiro

Primeiro, porque Deus a permitiu, e tudo que Deus permite, estejamos bem certos disto, é para nosso bem. Depois, como a saúde, a doença é também um dom de Deus. Nosso Senhor nô-la dá para provar nossa virtude e corrigir-nos de nossos defeitos; para mostrar-nos a nossa fraqueza e os desabusar; para desapegar-nos do amor às coisas terrenas e dos prazeres sensuais; para amortecer o ardor impetuoso e diminuir as forças da carne, nosso grande inimigo; para nos lembrar que estamos aqui no exílio e que o Céu é a nossa verdadeira pátria; para dar-nos, enfim, todas as vantagens que se recolhem dessa provação, quando se aceita com gratidão, como um favor especial (1).

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Necessidade de Purificar a Alma das Coisas Inúteis e Perigosas

O Teatro, por Henry Tenré
O Teatro, por Henry Tenré

Capítulo XXIII

Os jogos, os bailes, os festins, os teatros e tudo aquilo, enfim, que se pode chamar pompa do século, de si mesmos e de sua natureza não são de modo algum coisas más, mas sim indiferentes, que podem ser usadas tanto bem como mal. Contudo, sempre são coisas perigosas e mais ainda o é afeiçoar-se a elas. É por esta razão que te digo, Filotéia, que, embora não seja pecado um jogo comedido, uma dança modesta, vestir-se rica e elegantemente, sem ares de sensualidade, um teatro honesto tanto quanto a composição como quanto a representação, um bom jantar, sem intemperança, contudo, a afeição que se poderia adquirir a estas coisas seria inteiramente contrária a devoção, muito nociva a alma e de grande perigo para a salvação. Ah! Que grande perda encher o coração de tantas inclinações vãs e loucas, que o tornam insensível para as impressões da graça e de tal modo tomam posse dele que não lhe deixam nem energia nem gosto para as coisas sérias e santas!

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A Humilhação

Meditação para o Dia 23 de Janeiro

A humilhação revolta. É o que fere mais dolorosamente o nosso amor-próprio. Esmaga-nos e, quando nos bate, precisamos coragem e muita virtude para sofrê-la em silêncio. E, sem a humilhação, ninguém pode saber se é realmente humilde.

“A humilhação, diz São Bernardo, leva-nos à humildade, assim como a paciência, à paz, e o estudo à ciência. Quereis experimentar se a vossa humildade é verdadeira, até onde vai, se adianta ou recua? As humilhações vos fornecerão o meio” (1)

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