O EGOÍSMO é uma mentira em ação: supõe que os caprichos, paixões e desejos instintivos têm precedência sobre a lei moral, a fraternidade dos outros seres humanos e a vontade do próprio Deus. O egoísta é como um pêndulo que pugna pelos seus direitos contra os do relógio ou como uma nuvem em rebelião contra o céu, ou como um braço, que teima ignorar o corpo de que faz parte. Fazendo apenas o que os seus desejos interesseiros reclamam, o egoísta acaba por odiar tudo o que faz. É como uma criança da escola progressiva, que se lamenta:
«Mas tenho de fazer sempre aquilo que quero?»