Sumário. São três os fins principais que a Igreja tem em mira mandando celebrar a solenidade de todos os santos. Quer em primeiro lugar que honremos os seus filhos que já triunfam no céu, e especialmente àqueles que no correr do ano não tiveram uma festa própria. Para que as nossas homenagens nos aproveitem, ela quer em segundo lugar, que nos excitemos à prática do bem, pela esperança do céu. Finalmente quer a nossa boa Mãe aumentar a nossa confiança, dando-nos a entender que esses nossos bem-aventurados irmãos se empenham para nos obter os favores divinos. Que fins tão nobres e consoladores!Vidi turbam magnam, quam dinumerare nemo poterat, ex omnibus gentibus, et tribubus et populis et linguis — “Vi uma grande multidão, que ninguém poderia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7, 9)
Sumário. O santíssimo Rosário merece ser rezado com respeito e atenção, pois é uma devoção sublime e excelente sob todos os pontos de vista. Foi aprovada pela Igreja, enriquecida de indulgências pelos Sumos Pontífices, e glorificada por Deus com milagres estupendos. Por outro lado este saltério celeste, em razão das orações que o compõem, encerra tudo o que há de mais belo na Igreja católica. Em que estima tens tão precioso tesouro? Como é que costumas rezar o Rosário?Quasi rosa, plantata super rivos aquarum, fructificate — “Frutificai como rosal plantado sobre as correntes das águas” (Eclo 39, 17)
Por Dom Henrique Soares da Costa
Eis, caríssimos Irmãos, o sentido desta hodierna Solenidade: celebrar com a Igreja, celebrar como Igreja o Cristo, Pão vivo, Pão vivente, que nos dá a Vida divina, Vida que é o próprio Santo Espírito! Nunca esqueçamos: no santíssimo Sacramento da Eucaristia, o próprio Senhor Jesus Cristo, imolado e ressuscitado, está realmente presente nas aparências do pão e do vinho, cheio de Espírito Santo, Espírito de Ressurreição, a ponto de a Escritura exclamar:“Hoje a Igreja te convida:/ o Pão vivo que dá Vida/ vem com ela celebrar”.
Pois bem: quem comunga com o Corpo e Sangue do Senhor, recebe a Vida Eterna, isto é, o Espírito Santo, que nos cristifica, nos preparando para a Vida imperecível na Glória!“O Senhor é o Espírito!” (2Cor 3,17)
Por Dom Henrique Soares da Costa
Terminado o tempo pascal com a Solenidade de Pentecostes, a Liturgia celebra a Santíssima Trindade. Após proclamar nos santos mistérios que o Pai entregou o Filho por amor ao mundo na potência do Espírito Santo e, no mesmo Espírito Eterno, O ressuscitou dos mortos para nossa salvação, a Solenidade de agora é um modo que a Igreja encontra para louvar, engrandecer e adorar na proclamação exultante, o amor sem fim da Trindade Santa, o Deus Triuno que nos criou, que nos falou, que veio a nós, que nos reúne como Igreja, que em nós habita e que nos chama e nos conduz à comunhão com Ele por toda a Eternidade. Estejamos atentos: por confessar a fé na Santa Trindade, os cristãos têm um modo absolutamente original de compreender Deus. Os judeus sabem que Deus é um só: Aquele que os arrancou da terra do Egito, da casa da servidão. Ouvimos falar Dele na primeira leitura:“Reconhece hoje e grava em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além Dele”
Meditação para o Dia 08 de Dezembro
1. A pérola mais bela do colar da Santíssima Virgem é a sua conceição sem mancha, prerrogativa concedida unicamente a ela. O sangue destinado a correr nas veias de Deus mesmo não podia ser manchado em sua origem. Maria, que tinha de esmagar a cabeça da serpente, não podia, nem por um só instante, estar debaixo do poder desta. A Maria, que era cheia de graça, não podia faltar esse dom insigne, necessário à sua dignidade de Filha, Mãe e Esposa de Deus. Folgando em saudar Maria com as palavras da Igreja: "Toda és formosa e em ti não há mácula", procura ser-lhe semelhante em pureza.Hoje, nossos olhares, atenções, corações, voltam-se para o Santuário Nacional, Casa de Deus, só a Deus dedicada, em honra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida!“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Salve a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”
Por Dom Henrique Soares da Costa
Hoje celebramos a maior de todas as solenidades da Mãe de Deus: a sua Assunção gloriosa ao Céu. A oração inicial da Missa hodierna pediu:A Liturgia da Igreja, sempre tão sábia e tão sóbria, resumiu aqui o essencial desta solenidade santíssima. Com efeito, Deus elevou à glória do Céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria! Ela, uma simples criatura, ela, tão pequena, tão humilde, foi eleva a Deus, ao Céu, à plenitude em todo o seu ser, corpo e alma! Como isso é possível? Não é a morte o destino comum e final de tudo quanto vive? Isso dizem os pagãos, isso dizem os descrentes, os sábios segundo o mundo, aqueles que não têm esperança em Cristo Jesus, os que se conformam com a morte... Mas, nós, nós sabemos que não é assim! Nosso destino é a Vida, nosso ponto final é a Glória no Coração de Deus: glória no corpo, glória na alma, glória em tudo que somos! Foi isso que Deus nos preparou por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor – bendito seja Ele para sempre!“Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do Vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do Alto, a fim de participarmos da sua glória”
Meditação para o Dia 15 de Agosto
1. Os justos que morrem na graça de Deus com toda a razão esperam ouvir a doce palavra:Não obstante isso, também muitos deles sentem-se inquietados pela lembrança dos pecados e do bem omitido. Nada disso na Santíssima Virgem. Maria Santíssima, lançando um olhar retrospectivo aos 72 anos de sua vida, nada encontrou que a pudesse inquietar, nenhuma falta, nenhum momento mal empregado. Com quanta satisfação podia dizer:"Servo bom e fiel, entra no gozo de teu Senhor"
Que morte doce, única! Que é que tu tens feito para morrer feliz como Maria?"Está consumado!"
– Estas palavras que o missal propõe como antífona de entrada desta solenidade, resumem admiravelmente o significado de São Pedro e são Paulo. A Igreja chama a ambos de “corifeus”, isto é líderes, chefes, colunas. E eles o são. Primeiramente, porque são apóstolos. Isto é, são testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram, de tal modo que uma das características essenciais da Igreja de Cristo é ser “apostólica"."Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”