“Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito... Ali se tornou um povo grande, forte e numeroso. Os egípcios nos oprimiram. Clamamos ao Senhor... e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão... E o Senhor nos tirou do Egito... E conduziu-nos a este lugar e nos deu esta terra... Por isso eu trago os primeiros frutos da terra que tu me deste, Senhor”.
1. Em que, então, se avantaja o judeu? Ou qual é a utilidade da circuncisão? 2. Muita, em todos os aspectos. Principalmente porque lhes foram confiados os oráculos de Deus. 3. Mas então! Se alguns deles não foram fiéis, acaso a sua infidelidade destruirá a fidelidade de Deus? 4. De modo algum. Porque Deus há de ser reconhecido como veraz, e todo homem como mentiroso, segundo está escrito: Assim, serás reconhecido justo nas tuas palavras e vencerás, quando julgares (Sl 50,6). 5. Portanto, se a nossa injustiça realça a justiça de Deus, que diremos então? Para falar como os homens: não é injusto Deus quando descarrega a sua cólera? 6. Certo que não! De outra maneira, como julgaria Deus o mundo? 7. Mas, se a verdade de Deus brilha ainda mais para a sua glória por minha mentira, por que serei eu ainda julgado pecador? 8. Então, por que não faríamos o mal para que dele venha o bem, expressão que os caluniadores, falsamente, nos atribuem? É justo que estes tais sejam condenados. 9. E então? Avantajamo-nos a eles? De maneira alguma. Pois já demonstramos que judeus e gregos estão todos sob o domínio do pecado, como está escrito: 10. Não há nenhum justo, não há sequer um. 11. Não há um só que tenha inteligência, um só que busque a Deus. 12. Extraviaram-se todos e todos se perverteram. Não há quem faça o bem, não há sequer um (Sl 13,lss). 13. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas enganam; veneno de áspide está debaixo dos seus lábios (Sl 5,10; 139,4). 14. A sua boca está cheia de maldição e amargar (Sl 9,28). 15. Os seus pés são velozes para derramar sangue. 16. Há destruição e ruína nos seus caminhos, 17. e não conhecem o caminho da paz (Is 59,7s). 18. Não há temor a Deus diante dos seus olhos (Sl 35,2). 19. Ora, sabemos que tudo o que diz a lei, di-lo aos que estão sujeitos à lei, para que toda boca fique fechada e que o mundo inteiro seja reconhecido culpado diante de Deus: 20. Porquanto pela observância da lei nenhum homem será justificado diante dele, porque a lei se limita a dar o conhecimento do pecado. 21. Mas, agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela lei e pelos profetas. 22. Esta é a a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis (pois não há distinção; 23. com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus), 24. e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo. 25. Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim, ele manifesta a sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecados anteriores. 26. Assim, digo eu, ele manifesta a sua justiça no tempo presente, exercendo a justiça e justificando aquele que tem fé em Jesus. 27. Onde está, portanto, o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela das obras? Não, mas pela lei da fé. 28. Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei. 29. Ou Deus só o é dos judeus? Não é também Deus dos pagãos? Sim, ele o é também dos pagãos. 30. Porque não há mais que um só Deus, o qual justificará pela fé os circuncisos e, também pela fé, os incircuncisos. 31. Destruímos então a lei pela fé? De modo algum. Pelo contrário, damos-lhe toda a sua força. (Fonte: Bíblia Católica Online)
“Não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos se salvos” (At 4,12).Esta é a fé ensinada por Cristo nosso Senhor, é a fé dos Apóstolos, é a constante, perene e imutável fé da Mãe católica! Crer firmemente nesta certeza, anunciá-la com convicção é dever de todo cristão:
“Eu não me envergonho do Evangelho: ele é força de Deus para a salvação de todo aquele que crê!” (Rm 1,16)
18. A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade.
19. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência.
20. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar.
21. Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato.
22. Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos.
23. Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis.
24. Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos.
25. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!
26. Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza.
27. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario.
28. Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno.
29. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.
30. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais.
31. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.
32. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.
(Fonte: Bíblia Católica Online)
“Somos embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em Nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus O fez pecado por nós, para que Nele nós nos tornemos justiça de Deus. Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, pois Ele diz: ‘No momento favorável, Eu te ouvi e, no dia da salvação, Eu te socorri’. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação”. (2 Cor 5, 20 – 6,2)
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Logo no início deste tempo sagrado, a Palavra de Deus põe diante de nós duas realidades fundamentais deste caminho quaresmal: Primeiro, o Senhor: Ele nos ama, exorta-nos, ainda crê em nós, por nós espera e Se ocupa de nós, apesar de nossas infidelidades e pecados – pecados por fraqueza e pecados por pura malícia!- O que é a Quaresma e quando ela começa?
- Por que 40 Dias de Quaresma?
- Qual o Sentido da Quaresma?
- O que devemos fazer na Quaresma? Quais são as práticas Quaresmais?
- Como é a Liturgia durante a Quaresma?
- Ficha de Vivência Quaresmal
- Dicas e Sugestões de Penitências para a Quaresma
- Livros recomendados para Quaresma
- Mensagens dos Santos Padres para a Quaresma
- Retiro Quaresmal de 2019
- Retiro Quaresmal de 2018
- Oração para bem viver a Quaresma
- Ladainha da Quaresma
O que é a Quaresma e quando ela começa?
A Quaresma é um período de 40 dias de penitência e de combate espiritual. A característica fundamental e indispensável da Quaresma é a renúncia de alimentos e o jejum! Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, prolongando-se até a Quinta-feira Santa, antes da Missa na Ceia do Senhor. A penitência prolonga-se até o Sábado Santo, perfazendo exatos 40 dias penitenciais, excetuados os domingos. Trata-se de um tempo privilegiado de conversão, combate espiritual, jejum e escuta da Palavra de Deus.Por que 40 Dias de Quaresma?
O número de quarenta dias é importante, pois tem toda uma significação bíblica: a preparação para o encontro com Deus:- Os quarenta dias do Dilúvio,
- Os quarenta dias de Moisés no Monte Sinai,
- Os quarenta anos de Israel no deserto,
- Os quarenta dias do caminho de Elias até o Horeb/Sinai
- E, sobretudo, os quarenta dias do Senhor Jesus no deserto, preparando Sua vida pública.