Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Tag: prudência

Da prudência nas ações

Livro I. AVISOS ÚTEIS PARA A VIDA ESPIRITUAL

Capítulo IV

1. Não se há de dar crédito a toda palavra nem a qualquer impressão, mas cautelosa e naturalmente se deve, diante de Deus, ponderar as coisas. Mas, ai! Que mais facilmente acreditamos e dizemos dos outros o mal que o bem, tal é a nossa fraqueza. As almas perfeitas, porém, não crêem levianamente em qualquer coisa que se lhes conta, pois conhecem a fraqueza humana inclinada ao mal e fácil de pecar por palavras.

Read more

Os desposórios de Maria Santíssima

Compre o livro Flores a Maria!

Conveniência de Maria Santíssima ter um esposo

Transportemo-nos hoje em espírito ao templo de Jerusalém para presenciarmos um espetáculo em que a Virgem Maria não se mostra menos admirável, nem nos oferece instruções menos úteis, do que na sua Apresentação. Entrava nos desígnios de Deus que esta Virgem incomparável, escolhida desde toda a eternidade para ser Mãe do divino Redentor dos homens, mostrasse em sua pessoa o modelo completo de todas as virtudes nas diferentes condições da vida. Foi, portanto, sábia disposições da Providência que Maria, havendo de conceber milagrosamente e dar à luz, sem quebra de sua integridade, o Verbo Encarnado, tivesse uma testemunha e guarda, fiel de sua pureza, e fosse ao mesmo tempo o pai putativo e aio do Homem-Deus. Admiremos os segredos da divina sabedoria! Quão perfeita e retamente ordenados são todos os seus planos! Como ela sabe dispor tudo com força e suavidade para o complemento dos Seus desígnios!

Read more

Quando se pode Jogar ou Dançar

Parte III Capítulo XXXIV

Para que um jogo ou uma dança sejam lícitos, é necessário que nós nos sirvamos desses divertimentos por deleite, e não por inclinação; por pouco tempo e não até nos estafarmos; raramente e não como uma ocupação diária. Mas em que ocasião é lícito jogar-se e dançar-se? As ocasiões próprias dum jogo ou duma dança inócua não são raras. Menos frequentes, porém, são as dos jogos proibidos, censuráveis e mais perigosos. Numa palavra: joga e dança, observando as condições que te indiquei, todas as vezes que a prudência e a discrição te aconselharem a ter esta condescendência para com a sociedade em que estiveres; porque a condescendência, sendo um ato de caridade, torna as coisas indiferentes boas e até pode permitir certas perigosas, chega mesmo a tirar a malícia ele algumas que de algum modo são más, como nos jogos de azar, que, sendo em si repreensíveis, tornam-se as vezes lícitos, se partilhados por uma justa complacência para com o próximo.

Read more

Os Bailes e outros Divertimentos Permitidos, mas Perigosos

Parte III Capítulo XXXIII

As danças e os bailes são coisas de si inofensivas; mas os costumes de nossos dias tão afeitos estão ao mal, por diversas circunstâncias, que a alma corre grandes perigos nestes divertimentos. Dança-se a noite e nas trevas, que as melhores iluminações não conseguem dissipar de todo, e quão fácil é que debaixo do manto da escuridão se façam tantas coisas perigosas num divertimento como este, que é tão propício ao mal. Fica-se aí até alta hora da noite, perdendo-se a manhã seguinte e conseguintemente o serviço de Deus. Numa palavra, é uma loucura fazer da noite dia e do dia noite, e trocar os exercícios de piedade por vãos prazeres. Todo baile está cheio de vaidade e emulação e a vaidade é uma disposição muito favorável as paixões desregradas e aos amores perigosos e desonestos, que são as consequências ordinárias dessas reuniões.

Read more

Os Jogos Proibidos

Parte III Capítulo XXXII

Os jogos de dados, de cartas e outros semelhantes, em que a vitória depende principalmente do acaso, não só são divertimentos perigosos, como a dança, mas são mesmo por sua natureza absolutamente maus e repreensíveis; por esta razão os proíbem as leis eclesiásticas e as leis civis de muitos países. Dirás talvez: mas que mal há nisso? Eu respondo que, sendo a sorte e não a habilidade do jogador que decide, ganhando muitas vezes o menos industrioso, este procedimento é contrário a razão; nem podes dizer que foi este o ajuste, porque isto só serve para justificar que o vencedor não injuria os outros, mas não tira a desonestidade da convenção e do próprio jogo; o ganho, que deve ser um prêmio da habilidade, torna-se um premio da sorte, que não depende de nós e nada merece.

Read more

Os Divertimentos; em primeiro lugar os Honestos e Lícitos

Parte III Capítulo XXXI

A necessidade dum divertimento honesto, para dar uma certa expansão ao espírito e alívio ao corpo, é universalmente reconhecida. Conta o beato Cassiano que um caçador, encontrando São João Evangelista a brincar com uma perdiz que segurava em suas mãos, lhe perguntou como um homem como ele podia perder tempo com um divertimento semelhante; o santo por sua vez perguntou ao caçador por que ele não tinha sempre o seu arcó esticado, ao que este respondeu que, se fizesse assim, o arco perderia toda a força. Retorquiu então o santo apóstolo: Não há, pois, que admirar que de agora um pouco de descanso ao meu espírito, para o tornar capaz de prosseguir em suas contemplações. Não há duvidar: muito defeituosa é aquela severidade de alguns espíritos rudes, que nunca querem permitir um pouco de repouso nem para si nem para os outros.

Read more

As Conversas e, em primeiro lugar, como se há de falar de Deus

Parte III Capítulo XXVI

Um dos meios mais triviais que tem os médicos para conhecer o estado de saúde de uma pessoa é a inspeção da língua; e eu posso afirmar que as nossas palavras são o indício mais certo do bom ou do mau estado da alma. Nosso Senhor disse:

Por vossas palavras sereis justificados e por vossas palavras sereis condenados

Muitas vezes e espontaneamente movemos a mão para o lugar em que sentimos uma dor e movemos a língua, a todo o amor que sentimos no coração. Se amas a Deus, Filotéia, falarás frequentemente de Deus nas tuas conversas íntimas com as pessoas de casa, com teus amigos e vizinhos:

A boca do justo, diz a Escritura, meditará sabedoria e a sua língua falará prudência.

Read more

A Decência dos Vestidos

Parte III Capítulo XXV

São Paulo quer que as mulheres cristãs (o que há de entender-se também dos homens) se vistam segundo as regras da decência, deixando de todo excesso e imodéstia em seus ornatos. Ora, a decência dos vestidos e ornatos depende da matéria, da forma e do asseio. O asseio deve ser geral e contínuo, de sorte que evitemos toda mancha ou coisa semelhante que possa ofender os olhos; esta limpeza exterior considera-se como um indício da pureza da alma, a ponto de o mesmo Deus exigir dos seus ministros dos altares uma pureza e honestidade perfeita quanto ao corpo. No tocante a matéria e a forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação as circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões. É uso geral vestir-se melhor nos dias de festa, a proporção de sua solenidade, ao passo que no tempo da penitencia, como na Quaresma, se escusa muita coisa. Os dias de casamento e os de luto tem igualmente grande diferença e regras peculiares. Achando-se na corte de um príncipe, o vestuário terá mais dignidade e esplendor do que quando se está em casa.

Read more

O Espírito de Pobreza unido à posse de Riquezas

Parte III Capítulo XIV

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Malditos, pois, são os ricos de espírito, porque deles é a miséria do inferno. Rico de espírito é todo aquele que tem o espírito em suas riquezas ou a ideia das riquezas em seu espírito; pobre de espírito é todo aquele que nenhuma riqueza tem em seu espírito nem tem o seu espírito nas riquezas. Os alciões fabricam seus ninhos dum modo admirável; a sua forma é semelhante a uma maçã, apenas com uma pequena abertura em cima; colocam-nos a beira do mar e tão firmes e impenetráveis são que, subindo as vagas a praia, nenhuma gota d'água pode entrar, porque se conservam boiando e flutuando com as ondas; permanecem no meio do mar, sobre o mar e senhores do mar.

Read more

Festa dos Magos do Oriente

Meditação para Dia 06 de Janeiro

1. a) O brilho desusado duma estrela, singular fenômeno predito, anuncia aos magos o nascimento do Messias. Deixaram tudo; família e pátria, negócios e interesses, comodidades e ocupações. Puseram-se em caminho desconhecido, tendo por guia a estrela. Quanta fé!... Qual estrela certa chama-te a palavra de Jesus Cristo e a da Igreja. Obedeces?

Read more