Motivos da dor da Virgem Mãe
A virtude da paciência é indispensável para a perfeição da alma. Tendo pois o Altíssimo, escolhido a Maria para exemplar de perfeição, quis que ela suportasse as mais as mais acerbas penas, angústias e dores, para que pudéssemos admirar e imitar nela a paciência mais heroica. Uma das mais agudas espadas que feriram esta virgem inocente foi quando, na volta da grande solenidade da Páscoa, se achou sem o seu divino Filho, que, sem ela o saber, ficara em Jerusalém. Este acontecimento foi como um raio do céu, que lhe traspassou o amante coração! Que tristes pensamentos combateram a sua alma! Que sentidas lágrimas derramariam os seus olhos! Admiremos os desígnios da Providência sujeitando a tão duras provações o Imaculado Coração de Maria, e persuadamo-nos de que por altíssimos fins o Senhor mortifica mais aquelas almas que mais queridas são ao Seu divino Coração.Meditação para a Oitava Quinta-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Meditaremos sobre o preço do tempo e o modo de fazer bom uso dele. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De poupar todos os minutos, empregando-os sempre utilmente; 2.° De evitar as conversações ou leituras frívolas e outras maneiras de esperdiçar o tempo. O nosso ramilhete espiritual será a palavra do Espírito Santo:"Meu filho, aproveita o tempo" - Fili, conserva tempus (Ecl 4, 23)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 8, 1-10
1Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2«Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm que comer. 3Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e alguns vieram de longe.» 4Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui no deserto?» 5Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.» 6Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à multidão. 7Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os distribuíssem igualmente. 8Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras. 9Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os 10e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de Dalmanuta.
Meditação para a Terceira Terça-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
O culto de latria, que tributamos a Deus pelo Santo Sacrifício, e ao qual devemos unir-nos, junta à suma estima e ao profundo respeito para com Deus uma completa submissão ao Seu supremo domínio. Veremos, portanto: 1.° Como Jesus, no Santo Sacrifício tributa esta submissão a Seu Pai; 2.º Como nós mesmos devemos ser em tudo perfeitamente submissos ao supremo domínio de Deus. — Tomaremos depois a resolução: 1.º De nos conservarmos sempre em uma humildade e amorosa submissão a todas as ordens da Providência; 2.º De sacrificarmos com alegria, até nas coisas que nos custam mais, a nossa própria vontade ao supremo domínio e à vontade de Deus. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do grande sacerdote Eli, sabendo da morte de seus dois filhos e do desastre do seu povo:"Deus é o Senhor: faça o que for agradável a seus olhos" - Dominus est: quod bonum est in oculis suis faciat (1Sm 3, 18)