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Tag: nossa senhora

A morte da Santíssima Virgem

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Porque foi a Santíssima Virgem sujeita à morte

Ainda que Deus preservou a Maria do pecado original, não quis preservá-la da morte do corpo, que é a pena deste pecado. Pelo contrário, quis que ela a sofresse, como os outros filhos de Adão, já para mostrar que a sentença de morte dada contra todos os homens é geral e irrevogável; já para que fosse mais semelhante a seu divino Filho, que sendo o Autor da vida, quis sujeitar-Se à morte; já, enfim, para nos dar o exemplo das virtudes que devemos praticar neste último momento. Por mais humilhante que seja a lei que nos condena à morte, Maria sujeita-se a ela com humildade profunda, com perfeita resignação, com inteira confiança na bondade de Deus e ardente desejo de se reunir ao objeto de todo o seu amor. Quão feliz não será também a nossa morte, se a aceitarmos com os mesmos afetos de humildade, confiança, obediência e amor!

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Socorros que os primeiros cristãos recebiam da Santíssima Virgem

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Maria era o seu conselho

O nosso adorável Salvador ausentando-Se da terra, quis deixar nela a Sua divina Mãe, para que pudesse servir de conselho à Igreja nascente, e para que os primeiros cristãos a ela recorressem nas suas dúvidas, e dela aprendessem a prática de todas as virtudes evangélicas. Os fiéis a consultavam como mestra e oráculo vivo da Igreja que constantemente se empenhava em dissipar as suas dúvidas, em instruí-los e comunicar-lhes os tesouros de sabedoria e ciência, que adquirira em suas conversações com o divino Filho. Em nossas dúvidas e perplexidades dirijamo-nos a Maria com viva confiança: peçamos-lhe que nos ilustre, que nos dirija, que nos conduza, e ela nos alcançará as luzes e graças de que carecemos.

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Gozo de Maria Santíssima na descida do Espírito Santo

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Como se preparou para O receber

Depois que Jesus Cristo subiu ao céu, elevando-Se por virtude própria à vista de Sua bendita Mãe e saudosos discípulos, recolheram-se todos ao cenáculo, e no silêncio do retiro se prepararam pelo exercício da oração para receberem o Espírito Santo, que o Divino Mestre lhes havia prometido enviar. Juntos todos no mesmo lugar, concordes de coração e vontade, formaram os votos mais ardentes para chamarem a si aquele divino Paráclito. Maria principalmente solicitava com maior eficácia a vinda deste Consolador divino, pelo fervor de suas súplicas, pureza de seus desejos e ânsias do seu amor. Imitemos tão excelentes disposições para receber o Deus da caridade, que se apraz em comunicar-Se às almas fervorosas que O buscam fora do tumulto do mundo, e Lhe dirigem ardentes e sinceros votos.

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Sentimento de Maria Santíssima na Ascensão de seu Filho

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Maria só desejava o céu

Transportemo-nos hoje ao monte das Oliveiras com a Santíssima Virgem e os discípulos de Jesus, e consideremos com os olhos da fé, o adorável Salvador, depois de ter lançado uma última benção sobre todo aquele santo ajuntamento, e dado a Sua divina Mãe as demonstrações da mais afetuosa ternura, elevar-Se ao céu, todo resplandecente de glória, e acompanhado de milhares de espíritos angélicos e de todos santos, que tirara lá do limbo. O nosso espírito, limitado como é, não pode compreender quais foram os afetos do Filho e da Mãe neste soleníssimo momento. Podemos todavia dizer que, se o corpo de Maria ficou na terra para cumprir a vontade de Deus, o seu espírito e coração subiram ao céu com Jesus Cristo. Imitemos os sentimentos de nossa divina Mãe. Seguindo o seu exemplo, olhemos paro a terra como para um lugar de desterro, suspiremos sem cessar pela celeste pátria. Contemplemos com fé viva as corôas imortais, que ali nos estão preparadas, e trabalhemos por merecê-las, caminhando pelos passos de Maria.

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Sobre a Aparição de Jesus a sua Mãe depois de ressuscitado

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Alegria de Maria vendo seu Filho ressuscitado

Consideremos o Salvador saindo do sepulcro, vencedor da morte e do inferno. Ainda que não consta expressamente do Evangelho, podemos contudo piamente crer que Sua divina Mãe foi a primeira pessoa a quem Jesus se mostrou neste estado glorioso. O respeito que tributava a esta augusta Mãe, o amor que lhe consagrava, a ternura de Maria para com seu divino Filho pareciam pedir tão honrosa distinção. Mais do que ninguém havia ela tomado parte nas dores da Sua Paixão; era justo, pois, que fosse a primeira que participasse da alegria do seu triunfo. Deste modo proporciona Deus os seus favores e consolações aos trabalhos que por Ele sofremos. Amemos o Salvador, compadeçamo-nos de Suas dores, levemos a Sua cruz, sigamo-lO até ao Calvário, e seremos como a Santíssima Virgem participantes da Sua alegria e triunfo.

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Dores de Maria Santíssima na Paixão e Morte de seu Divino Filho

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Acerbidade das penas de Maria

Consideremos que penetrantes e terríveis espadas de dor traspassaram o terno e sensibilíssimo coração de Maria, quando seu querido Filho se despediu dela para dar começo à Sua Paixão; quando O viu arrastado ignominiosamente pelas ruas de Jerusalém, pisado com pancadas, escarnecido, esbofeteado, coroado de espinhos e pregado na cruz entre dois facinorosos; quando O viu expirar e presenciou a lançada com que um soldado Lhe rompeu o peito para se certificar da Sua morte; quando recebeu nos braços o corpo morto e desfigurado do seu Jesus; e finalmente quando recolhido o cadáver ao sepulcro, ela ficou reduzida à mais amargosa soledade. Tudo o que sofreram os mártires todos juntos é muito pouco em comparação do que então sofreu a mais terna de todas as mães. Ah! Os nossos pecados são a causa das imensas dores desta santa Mãe, porque foram eles quem deu a morte a seu querido Filho. Detestemo-los, pois, de todo o coração, vamos ao pé da truz misturar as nossas lágrimas com as de Maria; peçamos-lhe que nos alcance uma viva contrição de todos os nossos pecados, e a graça de nunca mais os cometer.

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Maria Santíssima acompanha Jesus na vida evangélica

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Movendo-O a fazer o primeiro milagre público

Jesus Cristo Senhor Nosso, no princípio de Sua vida evangélica, foi convidado com sua Mãe e discípulos para umas núpcias em Caná de Galileia. A caridade foi o único motivo que obrigou o divino Mestre e Maria Santíssima a aceitarem o convite. Por certo que a Senhora preferiria ficar na casinha de Nazaré e gozar ali as doçuras da contemplação; mas sempre admirável em suas ações, sempre amável e indulgente, deixa este caro retiro, para não desgostar os esposos, e vai exercer a civilidade religiosa e manifestar sua terna bondade. Conhece então o embaraço em que vão achar-se os noivos, a confusão por que vão passar perante os convidados, e para os poupar diz para Jesus: Eles não tem vinho, e, cheia de confiança no Seu poder e bondade, diz aos serventes: Fazei tudo o que Ele vos disser; e o Salvador fez o milagre da conversão da água em vinho. Desta sorte o caritativo coração de Maria, sempre pronto a fazer bem, aproveita todas as ocasiões de ser útil ao próximo; não espera que lhe roguem, previne mesmo a súplica dobrando assim o merecimento do benefício! Imitemos a generosa caridade da nossa Mãe, sejamos misericordiosos, se queremos ser bem-aventurados.

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A vida oculta da Sagrada Família em Nazaré

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Vive na pobreza

Consideremos a Sagrada Família, composta de Jesus, de Maria e de José. Esta Santíssima Família tinha só a Deus por seu único bem, vivia na obscuridade, nos trabalhos, talvez em desprezo, e sem dúvida na pobreza. Mas quanto não era rica em graças e virtudes! Nunca houve família mais santa, mais respeitável, mais feliz nem mais digna da vassalagem dos anjos e dos homens. Não são os bens e as honras deste mundo, o que faz a verdadeira felicidade, mas sim a graça de Deus; a virtude e a santidade. Oh! Quanto é rico e ditoso aquele que ama a Deus, e só a Ele possui!

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Dor de Maria Santíssima na perda do Menino Jesus no Templo

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Motivos da dor da Virgem Mãe

A virtude da paciência é indispensável para a perfeição da alma. Tendo pois o Altíssimo, escolhido a Maria para exemplar de perfeição, quis que ela suportasse as mais as mais acerbas penas, angústias e dores, para que pudéssemos admirar e imitar nela a paciência mais heroica. Uma das mais agudas espadas que feriram esta virgem inocente foi quando, na volta da grande solenidade da Páscoa, se achou sem o seu divino Filho, que, sem ela o saber, ficara em Jerusalém. Este acontecimento foi como um raio do céu, que lhe traspassou o amante coração! Que tristes pensamentos combateram a sua alma! Que sentidas lágrimas derramariam os seus olhos! Admiremos os desígnios da Providência sujeitando a tão duras provações o Imaculado Coração de Maria, e persuadamo-nos de que por altíssimos fins o Senhor mortifica mais aquelas almas que mais queridas são ao Seu divino Coração.

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Fugida para o Egito

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Dor de Maria Santíssima

A triste profecia do velho Simeão não tardou a começar a realizar-se. O Deus Menino, vindo ao mundo para redenção de todos os homens, principiou logo a ser o alvo das perseguições dos ímpios. Apenas a sagrada Família volta de Jerusalém, um anjo aparece em sonho a São José, e lhe manda que tome o Menino e sua mãe e fuja para o Egito, porque Herodes procuraria este divino infante para Lhe dar a morte. No mesmo momento o Santo Patriarca levanta-se, comunica à santíssima esposa a ordem do céu e dispõe-se para fugir. Que golpe para o coração de Maria! Deixar imediatamente a pátria, mudar de terra e, com o tenro Menino nos braços, partir para um país remoto! Fugir do meio do povo de Deus para uma gente supersticiosa; de um país onde se conserva a religião verdadeira, para uma região cheia de templos dos demônios! Ver o seu Menino apenas nascido, já perseguido de morte por aqueles a quem vem trazer a vida abundante de todas as graças! Que amargosa dor para tão sensível mãe! Compadeçamo-nos do terno coração de Maria, tão profundamente ferido; procuremos consolá-lo, fugindo de todo o pecado e exercitando-nos em todas as virtudes.

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