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Tag: mistério da encarnação

Maria e José sem cômodo decente

Meditação para o Dia 23 de Dezembro

1. Em toda a cidade de Belém não havia um único lugar para Maria, José o Deus Infante a nascer. Uma pobre e rude gruta, estábulo de animais, serviu de refúgio ao Criador do céu e da terra, à sua Mãe puríssima e a seu casto Pai nutrício. Eis como Deus permite serem tratados aqueles que lhe são mais caros no céu e na terra! Sofrimentos e desgostos, aos olhos de Deus, são graças de valor incalculável; aproveita-os, em santa resignação, quando Deus com eles te favorecer. Consolar-te-á o exemplo de Jesus, Maria e José em Belém e o pensamento na eterna retribuição pela mão generosa de Deus.

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Repelidos em Belém

Meditação para o Dia 22 de Dezembro

1. "Veio para o que era seu e os seus não o receberam". Assim se tratou a Jesus, já antes que Ele nascesse. Os esposos mais santos que houve e haverá na terra são repelidos de todas as casas. Para todos e para tudo há lugar, menos para eles. Assim, em vão pede Jesus entrada num coração que já está ocupado por outrem: pelas vaidades do mundo, por paixões, más inclinações não combatidas, etc. Não é recebido porque vem tarde. Em tal coração foi hospedado antes o demônio; este entrou já pelo pecado original, e, expulso, procura logo voltar. Quem reina em ti?

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A Viagem a Belém

Meditação para o Dia 21 de Dezembro

1. "E iam todos para se alistar, cada um à sua cidade. E subiu também José... a Belém... para se alistar com sua esposa Maria". A Providência Divina serviu-se do decreto desse recenseamento para dar cumprimento à profecia de Miquéias, de que o Messias nasceria em Belém, fazendo que os próprios documentos coligidos pelos historiadores profanos registrassem o nascimento de Jesus e atestassem não ser Ele um mito. A fé não tem nada a recear dos resultados da ciência. Vê também, nesta viagem a Belém, quão grande a obediência de José e de Maria! Quão grande a humildade do Verbo Encarnado!

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Pobreza e Sofrimentos do Redentor

Meditação para o Dia 20 de Dezembro

1. "Sendo rico, fez-se pobre por vós, para que vós, por sua pobreza, fôsseis ricos". Podia muito bem possuir riquezas Aquele que tão magníficas deu ao céu e à terra; buscou, porém, a pobreza no seio da Sua Mãe. Ali, de nada dispondo, exulta com o pensamento de que nascerá pobre, viverá pobre e pobre morrerá; que depois de nascido não poderá, sem auxílio de uma criatura Sua, nem se alimentar, nem se vestir, nem ao menos prover a nenhuma das necessidades da vida. O Criador, o Altíssimo, o Juiz supremo em tanta dependência! E tu nada sabes sofrer por amor a Ele?

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Jesus Oculto a Todos

Meditação para o Dia 19 de Dezembro

1. A vida de Jesus no seio de Sua Mãe foi uma vida de santa solidão. Na fraqueza duma criança Ele esconde Sua onipotência, Sua sabedoria, Sua divindade. Não é, pois, exagerado consagrares a Jesus algumas horas, não persistires sempre em teu direito, e ocultares por amor a Ele o que talvez tenhas de apreciável. Ninguém, senão a Santíssima Virgem, sabia da voluntária solidão de Jesus. Ele ensina-te a não procurares ver tudo e ser visto por todos, mas a recolheres-te e conservares-te oculto, tendo somente a Deus por testemunha do bem que fazes.

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Festa da Expectação do Nascimento

Meditação para o Dia 18 de Dezembro

1. A Santíssima Virgem teve o mais vivo desejo de ver nascido e de tomar em seus braços Aquele a quem milagrosamente concebera. Tens tão vivo desejo da Santa Comunhão, na qual tão estreitamente te unes a Deus? Faltando agora poucos dias para o Natal, prepara-te com verdadeiro fervor para receber o Senhor, que há de vir espiritualmente, e, se o quiseres, também sacramentalmente ao teu coração. À tua preparação corresponderá a paz prometida ao número as outras graças.

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Maria e seu Divino Filho

Meditação para o Dia 17 de Dezembro

1. Sem dores e desgostos conservou a Santíssima Virgem em seu seio puríssimo a Jesus por nove meses. Era natural: tudo o que cordial e sinceramente amamos, nenhum incômodo nos causa. Quanto maior for teu amor para com Deus, tanto mais facilmente vencerás os obstáculos: a indolência, o orgulho, o amor próprio. Se qualquer coisa leve te afasta do cumprimento de tuas obrigações e da prática das virtudes, é certo que o teu amor a Deus ainda não é real, nem muito grande.

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Aprecias a Encarnação de Jesus?

Meditação para o Dia 16 de Dezembro

1. Para melhor reconheceres o infinito amor que Deus mostrou, mandando Seu Filho ao mundo, supõe que O tenha enviado por causa de um homem só, único habitante da terra. Por amor deste, Deus apesar de ofendido, assumiu a natureza humana, rabalhou dezenas de anos em humilde oficina, andou pregando por toda parte, sofreu, morreu e instituiu o Santíssimo Sacramento. Não ficas pasmo ante essa prova do imenso amor de Deus para com Sua criatura e ante a malícia desta quando O paga com negra ingratidão? A sentença será contra ti mesmo, pois, por ti veio Jesus à terra, por ti trabalhou, ensinou e sofreu, por ti morreu, por ti está no Santíssimo Sacramento.

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Jesus Cristo desceu do céu à terra, não por necessidade ou próprio interesse, mas por nosso amor

Capítulo VI

Per viscera misericordiae Dei nostri in quibus visitavit nos oriens ex alto - "Pelas entranhas de misericórdia do nosso Deus: com que lá do alto nos visitou este sol no Oriente" (Lc 1, 78)

Se o filho de Deus desceu do céu à terra para remir-nos, nem a necessidade, nem o próprio interesse o impeliu, que sua glória e felicidade são de todo independentes, não do homem somente, mas ainda de todas as criaturas. "Ele é o Senhor", diz o Salmista, "e não precisa dos nossos bens". Quem o forçou a vir foram as entranhas da sua misericórdia, foi a compaixão das nossas misérias, foi o desejo de nos querer provar seu amor, trazendo um remédio eficaz para todos os males. E é isto o que canta a Santa Igreja, ao oferecer o Santo Sacrifício, dizendo:

"Jesus Cristo desceu do céu por nós outros e por nossa salvação"

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Amor que Deus mostrou aos homens no mistério da Encarnação

Apparuit gratia Dei Salvatoris nostri omnibus hominibus - “A graça de Deus nosso Salvador apareceu a todos os homens” (Tt 2, 11)

Sumário. Embora a graça, isto é, o amor de Deus para com os homens, tenha sempre sido o mesmo, todavia não se manifestou sempre de igual maneira. Apareceu em toda a sua grandeza na obra da Encarnação, quando o Verbo Eterno se fez criança, gemendo e tremendo de frio, começando assim a satisfazer pelas penas que nós tínhamos merecido. Mas se este amor tão excessivo do Filho de Deus se manifestou a todos os homens, como é que nem todos o querem reconhecer e preferem as trevas do pecado à luz da graça celeste?

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