Uma das grandes preocupações dos papas do último século foi alertar a sociedade para o equilíbrio de uma necessária "hierarquia dos valores", a fim de lembrar o homem de sua grande nobreza enquanto "imago Dei — imagem de Deus" (Gn 1, 27) e de sua altíssima vocação para a eternidade. Era sobretudo o progresso técnico e científico que inquietava o espírito dos Sumos Pontífices. E não porque a Igreja Católica fosse contrária ao desenvolvimento dos povos ou à descoberta de novas ferramentas para integrar os homens. Como ensinou o Concílio Vaticano I, "a Igreja, longe de opor-se ao estudo das artes e das disciplinas humanas, favorece-as e promove-as de muitos modos" [1]. Não existe contradição entre a fé e a razão.Os cristãos devem ser homens de Deus e mostrar à sociedade que só o progresso material não é capaz de salvar a alma humana.