

“E lhes estava sujeito” (Lc. 2, 51)
"Na plenitude dos santos está minha morada" (Eclo 24, 16)
"Nada mais triste – escreveu Frederico Ozanan – nada mais desolador do que o vácuo aberto pela morte em redor de nós. Conheci esse tormento depois da morte de minha mãe, porém, durou pouco. Não tardaram a vir outros momentos, em que cheguei a compreender que não estava só e que algo, de uma suavidade infinita, passou-se dentro de mim. Era uma confiança que não me havia abandonado. Era uma presença benfazeja, embora invisível. Era como se uma alma estremecida me acariciasse, de passagem, com a ponta de suas asas. E, assim como outrora, eu reconhecia agora os passos, a voz, a respiração de minha mãe.
“Um terço aos pés do Sacrário – dizia uma santa alma – me consola mais do que tudo neste mundo”
“Surpreendo-me, às vezes, a dizer à Santíssima Virgem: – Ó minha Mãe querida, sabeis que me julgo mais feliz do que Vós? Eu Vos tenho por Mãe, e Vós não tendes uma Santíssima Virgem para amar!... Verdade é que sois a Mãe de Jesus, mas Vós me destes Jesus e Ele, na cruz, Vos deu a nós como nossa Mãe. E por isso somos mais ricos do que Vós! Outrora, na Vossa humildade, queríeis ser a pequenina escrava da Mãe de Deus. E eu, pobre criaturinha, sou, não vossa escrava, mas vossa filha! Sois a Mãe de Jesus e sois minha Mãe!” (1)
O Apóstolo nos aconselha a alegria santa, no Senhor. É a alegria que nos vem da meditação da misericórdia Divina, do Céu que esperamos, das magníficas recompensas que Nosso Senhor reserva aos eleitos. É a única verdadeira alegria que podemos gozar neste vale de lágrimas em que vivemos.Et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo - “E me alegrei em Deus, meu Salvador” (1)
Filhos de Nossa Senhora, eternas crianças, à caça das borboletas de nossas ilusões, tantas vezes caímos e nos ferimos nas pedras do caminho da vida! Nessas ocasiões, façamos como as criancinhas e gritemos:“Mamãe!”
“Mamãe, Mãe do Céu, meu Refúgio, valei-me!”
Só a imensidade e as agitações do oceano lhe podem servir de pálida imagem. Comentando as palavras do profeta, exclama um Autor piedoso:"Cui comparabo te vel cui assimilabo te, filia Ierusalem?"
“Virgem bendita, assim como a amargura do mar excede a todas as amarguras, assim a tua dor excede a todas as dores”