A embriaguez é um pecado
Cuidai, disse Jesus Cristo, de que não se ofusquem vossos corações na libertinagem e na embriaguez:
Attendite vobis, ne gaventur corda vestra in crápula et ebrietate (Lc 21, 34). Quando a embriaguez chega a alcançar a
perda voluntária da razão, comete-se
pecado mortal. Segundo Santo Agostinho, aquele que se esforça para embriagar a alguém, fazendo-o beber em demasia, dar-lhe-ia menos prejuízo matando-o a punhaladas do que
matando sua alma com a embriaguez
[1]. Não aceites os convites dos bêbados, dizem os Provérbios:
Noli esse in conviviis potatorum (Pr 23, 20). Porque aqueles que se entregam ao vinho serão afastados da herança de seus pais, acrescentam os Provérbios (Pr 23, 24). O vinho introduz-se suavemente; porém, ao final,
morde como a serpente, e derrama seu veneno como o basilisco:
Vinum ingreditur blande; sed in novíssimo mordebit ut coluber (Pr 23, 31-32). O vinho e as mulheres fazem os sábios apostatarem, diz o Eclesiástico:
Vinum et mulieres apostatare faciunt sapientes (Eclo 19, 2).