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Tag: juízo particular

Depois da Morte…

Cemitério de São Patrício, em Londres
Cemitério de São Patrício, em Londres (St. Patrick's Cemetery)

Com a morte tudo se acaba?

Meditação para o dia 03 de Novembro

Sim, é verdade, com a morte tudo se acaba. Lá se vão as riquezas, as honras, o luxo, as glórias terrenas e até nosso pobre corpo tão miserável se transforma num monturo asqueroso e horrível. Vamos ao pó donde viemos. Tu és pó e em pó te hás de tornar. Seremos quanto ao corpo, nada, pó, um punhado de lodo. Todavia, temos uma alma imortal, criada à imagem e semelhança de Deus, e esta não se acaba. É espiritual. Separa-se do corpo que ela vivificou, mas não morre. A morte não é mais do que a separação da alma do corpo. Então nem tudo se acaba na morte. Fica o principal, a alma. Fica tudo — uma alma remida pelo Sangue de um Deus. Não somos um bruto que nasce, cresce, morre e desaparece num monturo para sempre. Um amigo de Sócrates, o célebre filósofo grego condenado à morte, perguntou-lhe antes que o veneno da cicuta arrebatasse a preciosa vida:

— Tem algum deseja para que o cumpramos? Porventura alguma disposição sobre o enterro?

— Que querem? Meu amigo, pensam então em me sepultar? Podem enterrar meu corpo, mas a mim não poderão sepultar.

Resposta de um pagão consciente da sua imortalidade.

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O Juízo Particular

Meditação para o Dia 22 de Maio

1. Apenas chegado à eternidade, intensa luz sobre ti se derramará. Verás tudo assim, como é na realidade e como o devias ter visto antes. Abrir-se-á, para teu julgamento, não o código do mundo, mas o do Supremo Juiz, cujas máximas, em tua vida, nem sempre quiseste ter por norma. Estarás sozinho à face de Deus, qual segundo Isaac, como que amarrado. Gritarás por socorro? Quem te ouvirá?... Escaparás? O braço de Deus é onipotente... Pedirás perdão? O Juiz é inexorável... Recorrerás a Maria? Ao Anjo da Guarda? Acabou-se o tempo de misericórdia... Grande Deus! Que será de ti?

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Do juízo particular

O Juízo Particular

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXIV

Omnes nos manifestari oportet ante tribunal Christi - "Porque é necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo" (2 Cor 5, 10)

PONTO I

Consideremos o comparecimento do réu, a acusação, o exame e a sentença deste juízo. Primeiramente, quanto ao comparecimento da alma perante o juiz, dizem comumente os teólogos que o juízo particular se efetua no mesmo instante em que o homem expira, que no próprio lugar onde a alma se separa do corpo é julgada por Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual não delega seu poder, mas vem ele mesmo julgar esta causa.

“Na hora que não cuidais, virá o Filho do homem” (Lc 12,40).

“Virá com amor para os fiéis — disse Santo Agostinho — e com terror para os ímpios”.

Qual não será o espanto daquele que, vendo pela primeira vez o seu Redentor, vir também a indignação divina!
“Quem poderá subsistir ante a face de sua indignação?” (Na 1,6)
Meditando nisto, o Padre Luís de la Puente estremecia de tal modo, que a cela em que se achava tremia com ele. O venerável Padre Juvenal Ancina se converteu ao ouvir cantar o Dies irae, porque, considerando o terror que se apodera da alma quando se apresentar em juízo, resolveu deixar o mundo, o que efetivamente fez.

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A alma culpada diante do Juiz Divino

Jesus Cristo, Pantokrator

Omnes nos manifestari oportet ante tribunal Christi - “Todos nós devemos manifestar-nos diante do tribunal de Cristo” (2 Cor 5, 10)

Sumário. Têm-se visto criminosos banhados em suor frio, na presença de um juiz terrestre. Que maior terror não deve sentir o pecador diante do tribunal de Jesus Cristo? Ó céus! Verá acima de si o Juiz irritado, por baixo o inferno aberto, a um lado os pecados que o acusam, ao outro os demônios armados para o seu suplício. O Bem-aventurado Juvenal Ancina, impressionado por esta grande verdade, resolveu deixar o mundo e fez-se religioso. Meu irmão, o que farás? Continuarás a viver em teu estado de tibieza?

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A sentença da alma culpada no juízo particular

Juízo Particular

Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum, qui paratus est diabolô et angelis eius - “Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, que está aparelhado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25, 41)

Sumário. Desgraçada da alma cuja vida no juízo não for achada conforme à de Jesus Cristo! Sem demora, o divino Juiz pronunciará contra ela a sentença de condenação eterna – Aparta-te de mim, maldita, para ires arder eternamente no fogo. Meu irmão, agora vivemos em segurança e com indiferença ouvimos falar do juízo; mas quantos há que assim viveram e agora estão no inferno! E quem nos assegura que o mesmo não sucederá conosco? Se a morte nos surpreendesse na primeira noite, qual seria a nossa sentença?

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Acusação da alma no juízo particular

suspiro

Quid faciam, cum surrexerit ad iudicandum Deus? Et cum quaesierit, quid respondebo illi? - “Que farei quando Deus se levantar para me julgar? E quando me perguntar, que lhe responderei?” (Jó 31, 14)

Sumário. Logo que o homem expira, assentar-se-á contra ele o juízo. Virão depois os acusadores, particularmente o demônio, que o tentou durante a vida e o Anjo da guarda, cujas inspirações desprezou. Jesus Cristo mesmo, que a tudo esteve presente, será, ao mesmo tempo, testemunha e juiz. Dize-me: que responderemos a tais acusadores se tivermos a desgraça de morrer em pecado?... E se a morte nos colhesse nesta noite, qual seria a nossa sentença?

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