POR detrás de toda a tentativa de «se escapar», feito o dano, está a esperança de que nunca se será descoberto. Se há apenas uma inspeção aos livros, pode estar-se razoavelmente certo de que não se descobrirá o roubo; mas se há uma segunda inspeção por um guarda-livros superior, ser-se-á menos tentado a cometer o crime. Nada leva tanto ao mal como a crença de que este mundo é tudo, e de que, para além dele, não há um julgamento ulterior sobre o modo como vivemos e pensamos. Se este mundo é tudo, por que não tirar então dele o maior proveito possível, custe o que custar, contanto que se fique impune?