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Tag: desespero

Desesperação

Desesperação, Tesouros de Cornélio à Lápide

Causas da desesperação

Os motivos que alegamos para deixar-nos levar pelo desespero são os seguintes: 1.° Que são demasiado grandes nossos pecados para esperar misericórdia. Assim foi a desesperação de Caim: Minha maldade - disse o primeiro dos desesperados - é tão grande, que não posso esperar perdão: Major est iniquitas mea, quam ut veniam merear (Gn 4, 13); 2.° Enumeramos as faltas de que nos fizemos culpáveis; 3.° Pomos, na frente, a força do costume, que nos impede de esperar quando, na verdade, nós os podemos corrigir; Há também outras causas do desespero: 4.° Os escrúpulos; 5.° A falta de confiança em Deus; 6.° A astúcia do demônio para fazer com que o homem peque, ocultando-lhe a fealdade do pecado, e tratando de apresentá-lo pleno de doçuras e encantos. E logo, quando triunfou, a fim de deter o pecador no caminho do mal, o demônio apresenta-lhe mil obstáculos que lhe impedem de levantar-se daquela queda; 7.° As grandes tentações; 8.° O tédio; e 9.° A adversidade. Porém, todos esses motivos de desesperação estão mal fundados e são enganosos, porque não há nenhum crime que não possa ser perdoado mediante um sincero arrependimento e uma verdadeira penitência.

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Hoje estarás Comigo no Paraíso

Meditação para o Dia 23 de Junho

“Ora, um daqueles ladrões, que estavam dependurados, blasfemava contra Ele,dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Mas o outro, respondendo o repreendia, dizendo: Nem ainda tu temes a Deus estando no mesmo suplício? E nós temos o castigo que merecem as nossas obras; mas este nenhum mal fez. E dizia a Jesus: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. E Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (1)

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Não está Morta, mas Dorme!

Meditação para o Dia 11 de Junho

“Falando-lhe ainda, veio um príncipe da sinagoga, dizendo-lhe: Morreu a tua filha, para que afadigas mais o Mestre? Não queiras incomodá-lO. Mas Jesus, tendo ouvido o que diziam, disse ao príncipe da sinagoga, ao pai da menina: Não temas; crê somente e será salva. E não consentiu que alguém O seguisse senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Chegando, pois, à casa do príncipe da sinagoga, vê os tocadores de flauta e uma turba de povo fazendo barulho, e todos chorando e fazendo grandes prantos. Havendo, pois, entrado, disse-lhes: Para que vos turbais e estais chorando? Não choreis, retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme” (1)

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Meditação sobre o Inferno

Inferno, por Giovanni da Modena. Pintura de 1410, presente na Basílica de São Petrônio

Capítulo XV

PREPARAÇÃO

1. Põe-te na presença de Deus. 2. Pede a Deus que te inspire. 3. Imagina uma cidade envolta em trevas, toda ardendo em chamas de enxofre e pez, que levantam uma fumaça horrível, e toda cheia de habitantes desesperados, que dela não podem sair nem morrer...

CONSIDERAÇÃO

I. Os condenados estão no abismo do inferno, como desventurados habitantes dessa cidade de horrores. Padecem dores incalculáveis em todos os seus sentidos e em todo o corpo; pois, assim como empregaram todo o seu ser para pecar, sofrerão também em todo ele as penas devidas ao pecado. Deste modo, sofrerão os olhos por seus olhares pecaminosos, vendo perto de si os demônios em mil figuras hediondas e contemplando o inferno inteiro. Aí só se ouvirão lamentos, desesperos, blasfêmias, palavras diabólicas, para punir por estes tormentos os pecados cometidos por meio dos ouvidos. E de modo análogo acontecerá aos demais sentidos.

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