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Tag: curiosidade

Curiosidade

Curiosidade, Tesouros de Cornélio à Lápide

Devastações produzidas pela curiosidade

Eva percebeu, diz a Escritura, que a fruta proibida era boa para comer, bela para a vista, e de aspecto deleitável; colheu o fruto, comeu-o, e deu também dele a seu marido, que igualmente comeu: Vidit mulier quod bonum esset lignum ad vencendum, et pulchrum oculis, aspectuque delectabile; et tulit de fructu illius, et comedit; deditque viro suo, qui comedit (Gn 3, 6). E os olhos de ambos abriram- se; e reconheceram que estavam nus: Et aperti sunt oculi amborum, cumque cognovissent se esse nudos (Gn 3, 7). Ó Eva, diz São Bernardo, conformai-vos com a ordem que recebestes; aguardai o cumprimento da promessa que vos foi feita; evitai aquilo que vos está proibido; não percais as prerrogativas que vos foram concedidas: Serva, o Eva, commissum; expecta promissum; cave prohibitum; ne perdas concessum (De Grad. Humil.). Porque olhais tão atentamente aquilo que deve ser vossa morte? Quid tuam mortem tam intente intuearis? Porque desejais espargir com tanta frequência vossos olhos sobre esta fruta? Quid illo tam crebro vagantia lumina jacis? Porque vos agrada considerar aquilo que não vos está permitido comer? Quid spectare libet quod manducare non licet? Faço uso de minha vista, dizeis, e não de minha mão; não me está proibido olhar, mas tão apenas comer.

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Primeiro remédio para os extravios da Imaginação

Meditação para a Décima Sétima Segunda-feira depois de Pentecostes. Primeiro remédio para os extravios da Imaginação

Meditação para a Décima Sétima Segunda-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre o primeiro remédio que se deve aplicar aos extravios da imaginação, o qual consiste em reprimir o desejo de ver, de conhecer e de ouvir tudo. Para nos decidirmos a isto, provaremos: 1.° A influência da curiosidade sobre os extravios da imaginação; 2.° A necessidade e a maneira de a corrigir. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De sermos mais modestos nas vistas e mais reservados nas perguntas acerca do que não precisamos de saber; 2.° Se nos derem notícias sem as pedirmos, e as recebermos com moderação, quase com indiferença, sem essa avidez que perturba o interior. O nosso ramalhete espiritual será o conselho do Espírito Santo:

"Tende cobro em vós, e ouvi com atenção o que vos disserem" - Cave tibi, et attende diligentur auditui tuo (Ecl 13, 16)

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