História Eclesiástica: 2ª Época
Desde a conversão de Constantino no ano 312, até a origem do maometismo no ano 622. (abrange um período de 310 anos.)
Constantino, o Grande
Era filho de Constantino Cloro e de Santa Helena. Após a morte de seu pai, que dominava a Grã-Bretanha e as Gálias na qualidade de Cesar, foi proclamado imperador por seus soldados. Conquanto não se achasse ainda instruído na fé, amava os cristãos, e dando-lhe estes provas de sua fidelidade em várias ocasiões, ordenou que cessasse a perseguição na Grã-Bretanha e nas Gálias onde ele governava, e que dali em diante os cristãos fossem tratados como os demais cidadãos. Conseguiu este imperador grandes vitórias entre as quais ocupa o primeiro lugar a que obteve contra Maxêncio, filho de Maximiano e seu sucessor no trono. Pelos vícios da avareza e da crápula se tinha tornado Maxêncio desagradável a todos os bons, de modo que de todas as partes chamavam a Constantino para livra-los daquele tirano. Constantino não titubeou em tomar as armas para combater contra o inimigo da humanidade e da religião. Foram formidáveis os preparativos de guerra que se fizeram de ambas as partes. Maxêncio, segundo dizem os historiadores, tinha cento e sessenta mil homens a pé e dezoito mil a cavalo, ao passo que Constantino não tinha mais do que quarenta mil. A desigualdade da força atemorizou algum tanto a Constantino: mas Deus serviu-se disso para apartá-lo do culto dos deuses impotentes, tirá-lo daquele perigo e trazê-lo ao conhecimento do verdadeiro Deus.