Meditação para a Décima Oitava Terça-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
As nossas meditações precedentes têm tido por objeto expurgar o nosso coração de todo o apego à criatura; é tempo agora de procurar enchê-lo do amor divino. E por esta razão que consideraremos o que é o amor divino; e veremos que consiste: 1.° Em amar a Deus, por ser quem é; 2.° Em amá-lO sobre todas as coisas; 3.° Em amá-lO com todas as nossas forças. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De multiplicarmos o mais possível as aspirações de amor para com Deus, a fim de Lhe pedirmos a graça de O amar cada vez mais; 2.° De praticarmos todas as nossas ações por amor. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Santo Agostinho:"Ó fogo, que sempre ardes, abrasa-me para que te ame de todo o meu coração" - O ignis qui semper ardes, accende me, ut totus diligate! (Santo Agostinho, Confissões livro 10, 9, et Solil, 29)