A novena a Santa Escolástica inicia-se em 01 de fevereiro e deve ser rezada por nove dias consecutivos, encerrando-se em 09 de fevereiro, comemorando a festa no dia 10.
Santa Escolástica, irmã de São Bento, dedicou-se à vida monástica e fundou a Ordem das Beneditinas. Conhecida por sua devoção e força espiritual, protagonizou um famoso episódio em que sua oração trouxe uma tempestade para prolongar uma conversa com o irmão. Faleceu em 543, sendo lembrada por sua fé inabalável e pelos milagres atribuídos às suas relíquias. Quer saber mais sobre sua vida e legado? Continue a leitura!
Como rezar esta Novena a Santa Escolástica?
- Inicia-se com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
- Reza-se a oração inicial e a final durante 9 dias;
- Finaliza-se com o Sinal da Cruz.
Oração inicial da Novena a Santa Escolástica
Benigníssima advogada minha, Santa Escolástica, esposa muito amada de Jesus, vossa piedade infunde segura confiança em minha devoção, por isso recorro ao vosso poderoso patrocínio, para através dele merecer o divino agrado. Bem sabeis minha aflição e necessidade, e assim vos rogo, amantíssima protetora minha, interponhais vossa proteção para com nosso Deus e Senhor, e me alcanceis de sua infinita bondade, se for para maior glória de Deus, que eu obtenha o que desejo e peço (nesta Novena)… Alcançai-me esta graça de Jesus vosso divino Esposo, e senão, dirigi-lhe minha petição, e pede-lhe para mim o que for de seu maior agrado, honra vossa e bem de minha alma. Amém.
Oração final da novena
Santa Escolástica, fiel serva do Senhor, rogai por nós, para que possamos seguir os caminhos da santidade e experimentar a alegria da comunhão com Deus. Concedei-nos a graça de vivermos segundo a vontade do Pai Celestial, assim como vós vivestes. Que a vossa intercessão nos fortaleça em nossa fé e nos conduza sempre mais perto de Deus. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Sumário da Novena
- 1º Dia da Novena
- 2º Dia da Novena
- 3º Dia da Novena
- 4º Dia da Novena
- 5º Dia da Novena
- 6º Dia da Novena
- 7º Dia da Novena
- 8º Dia da Novena
- 9º Dia da Novena
1º dia da Novena a Santa Escolástica
No primeiro dia desta novena, meditamos sobre a infância de Santa Escolástica, marcada por sua consagração a Deus desde tenra idade. Que possamos aprender com sua pureza de coração e disposição para seguir os caminhos do Senhor desde cedo.
2º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste segundo dia de novena, reflitamos sobre a juventude de Santa Escolástica e sua decisão de seguir os passos de seu irmão, São Bento, na vida monástica. Que sua coragem e determinação inspirem nossa própria jornada de fé e entrega a Deus.
3º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste terceiro dia, refletimos sobre a fundação do mosteiro feminino por Santa Escolástica, seguindo a Regra de São Bento. Que sua generosidade e compromisso com a vida religiosa nos inspirem a vivermos nossas vocações com zelo e dedicação.
4º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste dia, meditamos sobre a profunda união espiritual entre Santa Escolástica e São Bento, manifestada em seus colóquios espirituais. Que sua comunhão com Deus e com seu irmão nos inspire a cultivar relacionamentos fraternos e espirituais em nossa própria jornada de fé.
5º dia da Novena a Santa Escolástica
Hoje refletimos sobre o milagre da chuva, onde Santa Escolástica, com sua fé ardente, alcançou a intervenção divina. Que sua confiança ilimitada na providência de Deus nos inspire a persistir na oração e na confiança mesmo diante das dificuldades.
6º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste dia, contemplamos a partida de Santa Escolástica deste mundo para a vida eterna, onde sua alma ascendida em forma de pomba testemunhou sua união com Deus. Que sua passagem nos lembre da brevidade da vida terrena e da importância de vivermos em constante preparação para a eternidade.
7º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste sétimo dia, refletimos sobre o legado de Santa Escolástica, que continua a inspirar gerações com sua vida de santidade e amor a Deus. Que seu exemplo nos motive a vivermos uma vida de compromisso e fidelidade ao Evangelho, deixando um impacto positivo no mundo ao nosso redor.
8º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste dia, meditamos sobre a confiança e a esperança que Santa Escolástica tinha na providência divina. Mesmo diante das adversidades, ela confiava plenamente no amor e na misericórdia de Deus. Que sua fé inabalável nos inspire a confiar sempre na bondade do Senhor, mesmo nos momentos de dificuldade e incerteza.
9º dia da Novena a Santa Escolástica
Neste último dia da novena, recordemos os feitos de Santa Escolástica, especialmente seu amor ardente por Deus e sua confiança na providência divina. Que sua vida nos ensine a abandonar-nos nos braços do Pai Celestial.
Voltar para a página de Novenas Católicas
Quem foi Santa Escolástica?
Por Pe. João Baptista Lehmann
Escolástica irmã de São Bento, grande fundador das ordens monásticas no Ocidente, nasceu em Espoleto na Itália e teve, como seu irmão, uma educação primorosa, herança preciosíssima de seus pães piedosos e tementes a Deus. Modelo de donzela cristã, Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivadora da oração, temente a Deus e inimiga do espírito do mundo e de suas vaidades.
Igual ao irmão, nutria o desejo de dedicar sua vida exclusivamente ao serviço de Deus. São Bento tinha fundado o mosteiro no monte Cassino e em sua companhia viviam já muitos religiosos, que observavam a regra que Bento lhes dera. A ele se dirigiu Escolástica, com o pedido de lhe indicar o caminho a tomar para realizar seu plano. São Bento mandou constituir uma pequena cela perto do mosteiro e deu-lhe uma norma de vida em seus traços principais igual à dos monges. À eremita associaram-se, pouco a pouco, muitas pessoas do seu sexo, e a construção dum grande convento impôs-se como necessária. É esta a história da fundação da Ordem das Beneditinas, que teve uma aceitação tão simpática em todo o mundo, chegando a contar 14.000 mosteiros. Escolástica foi a primeira Superiora geral. Nesta qualidade não só trabalhou para a sua santificação, mas zelou também pela fiel observação da regra em todos os mosteiros.
Os conventos da sua Ordem observavam rigorosamente a clausura, sendo proibida a entrada a homens. Só uma vez no ano visitava seu irmão. O lugar onde realizavam seu encontro era em uma casa nas proximidades do monte Cassino, em companhia de alguns religiosos.
Em uma destas visitas, quando tinham já tomado a refeição da tarde, e São Bento se aprontava para voltar a seu mosteiro, Escolástica disse-lhe:
«Peço-te, meu irmão, que te detenhas esta noite aqui, para que possamos conversar sobre as coisas celestes»
São Bento, não querendo passar a noite fora do mosteiro, não a quis atender. Escolástica pôs as mãos sobre a mesa, inclinou a cabeça sobre elas e nesta posição pediu a Deus que lhe proporcionasse o consolo de conversas sobre coisas religiosas com seu irmão até o dia seguinte.
Eis que inesperadamente enuviou-se o céu, desabou forte tempestade, e a chuva caiu em tanta quantidade, que São Bento e seus companheiros se viram obrigados a ficar. Embora o Santo reconhecesse a intervenção de Deus no efeito da oração de sua Irmã, em tom de repreensão, disse-lhe:
«Deus te perdoe, minha irmã, o que fizeste»
Escolástica, porém, respondeu:
«Eu te pedi, e não quiseste atender-me; dirigi-me a Deus e fui ouvida»
Tendo ambos passado a noite toda em piedosos colóquios, no dia seguinte se separaram e – para sempre. Três dias depois Escolástica trocou esta pátria provisória com a eterna, entregando sua alma a Deus. São Bento viu a alma de sua irmã qual uma pomba subir ao céu. O corpo de Escolástica foi transportado para o mosteiro de São Bento e sepultado no tumulo que o santo abade tinha mandado preparar para si. Escolástica morreu em 543, tendo a idade de 6o anos. No século sétimo suas relíquias com as de seu santo irmão foram levadas para Mans na França. Uma donzela que tinha morrido naquela ocasião, voltou à vida quando se lhe impuseram as relíquias da Santa.
Terminemos os traços biográficos de Santa Escolástica com a referência duma prática por ela usada, quando se achava em grandes tribulações: era fixar seu olhar no Crucifixo. Este olhar trazia-lhe consolo e coragem para vencer todas as dificuldades.
«Um único olhar sobre a imagem do Crucificado – confessou ela mesma – tira de mim toda a aflição e suaviza o meu sofrimento»