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Espiritualidade

Espiritualidade

Quão útil é meditar na Paixão de Jesus Cristo

Paixão de Cristo (por PauloDuqueFrade)
Paixão de Cristo (por PauloDuqueFrade)

Recogitate eum qui talem sustinuit a peccatoribus adversus semetipsum contradictionem, ut ne fatigemini, animis vestris deficientes - “Não deixeis de pensar naquele que dos pecadores suportou contra si uma tal contradição; para que não vos fatigueis, desfalecendo em vossos ânimos” (Hb 12, 3)

Sumário. Não há meio mais eficaz para alcançar a salvação eterna do que a lembrança quotidiana dos sofrimentos de Jesus Cristo: tem mais valor uma lágrima derramada pela recordação da Paixão do Senhor, do que um ano de jejum a pão e água. Foi nesta meditação que os santos acharam coragem e força para suportar as tribulações, os tormentos e a morte. Se queremos progredir na virtude, lancemos cada dia ao menos um olhar sobre a Paixão do Redentor, contemplando especialmente a pobreza, os desprezos e as dores.

A santa comunhão nos faz perseverar na graça divina

Criança recebendo a Sagrada Comunhão das mãos do Papa Emérito Bento XVI
Criança recebendo a Sagrada Comunhão das mãos do Papa Emérito Bento XVI

Qui manducat meam carnem, et bibit meum sanguinem, habet vitam aeternam - “Quem come minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna” (Jo 6, 55)

Sumário. Como o pão terrestre sustenta a vida do corpo, assim o pão celeste da santíssima Eucaristia sustenta a vida da alma, fazendo-a perseverar na graça de Deus. Mais, é este o efeito principal do Santíssimo Sacramento: alimentar a caridade e comunicar à alma grande vigor para progredir na perfeição e resistir a todos os inimigos. Se, pois, desejas a graça preciosa da perseverança, resolve comungar frequentes vezes com as devidas disposições e nunca deixar de fazê-lo por qualquer negócio terrestre. Que negócio pode haver mais importante do que o da salvação eterna?

Para se santificar a alma deve dar-se toda e sem reserva a Deus

São João da Cruz
São João da Cruz

Dilectus meus mihi, et ego illi - “Meu amado é para mim, e eu para ele” (Ct 2, 16)

Sumário. Certas almas são chamadas por Deus a uma alta perfeição; mas porque elas não lhe dão o coração todo e conservam afeição às coisas da terra, não se fazem, nem se farão jamais santas. Mais, correm grande risco de se perderem eternamente. Deves, pois, meu Irmão, desapegar-te de todas as criaturas e dar-te todo a Deus, sem reserva. Para alcançarmos um fim tão sublime, roguemos sempre ao Senhor que nos abrase com seu santo amor, porque este consumirá em nós todo o afeto menos puro.

Da pureza de intenção

Pureza (por Jan lawnikanis)
Pureza (por Jan lawnikanis)

Omne, quodcumque facitis in verbo aut in opere, omnia in nomine Domini Iesu Christi, gratias agentes Deo et Patri per ipsum - “Tudo quanto fizerdes por palavra ou por obra, tudo seja em nome do Senhor Jesus Cristo, rendendo graças por Ele a Deus Pai” (Cl 3, 17)

Sumário. Nunca deixemos de dirigir de manhã a Deus todas as ações do dia; e procuremos renovar a boa intenção ao menos no começo das ações principais. É certo que as ações, boas em si mesmas, porém feitas para granjear louvores humanos, para satisfazer ao amor próprio ou por qualquer motivo humano, são como que postas num saco furado. Ao contrário, a pureza de intenção faz preciosas as ações mais insignificantes, porquanto toda obra feita para Deus é verdadeiro ato de amor divino.

Devemos morrer

Morte (por Jonathan Herbert)
Morte (por Jonathan Herbert)

Statutum est hominibus semel mori, post hoc autem iudicium - “Está decretado aos homens que morram uma vez e que depois se siga o juízo” (Hb 9, 27)

Sumário. Meu irmão, por muitos anos que tenhas a viver, sabe que para todos os homens já está escrita a sentença de morte. O que sucedeu a nossos antecessores, suceder-nos-á também. Cedo ou tarde devemos morrer, e depois da morte espera-nos um juízo inexorável e uma eternidade ou de gozos infindos no paraíso, ou de tormentos indizíveis no inferno. Que insensatez seria, pois, a nossa, se para buscarmos uma fortuna que em breve se extingue, nos descuidarmos da eternidade!

A ovelha perdida e o Pastor divino

Jesus Divino Pastor

3º Domingo depois de Pentecostes

Congratulamini mibi, quia inveni ovem meam, quae perierat - “Congratulai-vos comigo, porque achei a ovelha que se tinha perdido” (Lc 15, 6)

Sumário. No Evangelho de hoje, Jesus Cristo representa-nos a sua misericórdia para com os pecadores. Com efeito, nós éramos como que ovelhas desgarradas: cada um ia errando por seu caminho. O divino Pastor, porém, solicito por nós, desceu do céu à terra, para nos reconduzir ao aprisco. Oh! que festa houve então no paraíso! Mas a festa se torna em luto, cada vez que pecamos ou caímos novamente do fervor na tibieza. Como, pois, teremos a triste coragem de fazê-lo?

Coração de Maria, imagem fiel do Coração de Jesus

Imaculado Coração de Maria, imagem fiel do Sagrado Coração de Jesus

Mater eius conservabat omnia verba haec in corde suo - “Sua Mãe conservava todas estas palavras em seu coração” (Lc 2, 51)

Sumário. Todas as qualidades que nos dias anteriores contemplamos no Coração de Jesus acham-se, com as devidas proporções, também no Coração de Maria, sua Mãe. Durante os trinta anos que a Virgem Santíssima conviveu com Jesus, não fez senão estudar continuamente no livro do Coração do Filho. Se, pois, amamos deveras a Maria e queremos ser seus dignos filhos, estudemos igualmente o Coração de Jesus e aprendamos de Nossa Senhora a praticarmos a humildade e o amor para com Deus e para com o próximo.

Festa do Sagrado Coração de Jesus

Sacratíssimo Coração de Jesus

Filios enutrivi et exaltavi; ipsi autem spreverunt me - “Criei uns filhos e engrandeci-os; eles, porém, me desprezaram” (Is 1, 2)

Sumário. Os homens prometem facilmente, mas depois faltam muitas vezes à palavra, ou porque enganaram prometendo ou porque não a podem ou não a querem guardar. Não faz assim Jesus Cristo, que, sendo Deus todo poderoso, não pode enganar nem mudar. Quanto melhor é, pois, ter que tratar com este Coração divino do que com os homens! Ponhamos, porém, a mão na consciência: somos nós fiéis a Deus, assim como ele nos é fiel? Quantas vezes temos já prometido amá-Lo e depois o temos traído!

Certeza da Morte

Ampulheta

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO IV

Statutum est hominibus semel mori - "Foi estabelecido aos homens morrer uma só vez" (Hb 9, 27)

PONTO I

A sentença de morte foi escrita para todo o gênero humano: é Homem, deves morrer. Dizia Santo Agostinho:
"Só a morte é certa; os demais bens e males nossos são incertos"
É incerto se o recém-nascido será rico ou pobre, se terá boa ou má saúde, se morrerá moço ou velho. Tudo isto é incerto, mas é indubitavelmente certo que deve morrer.