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Author page: Gabriel

Quarto Mistério Doloroso: Jesus com a Cruz aos Ombros

Meditação para 24 de Outubro: Quarto Mistério Doloroso: Jesus com a Cruz aos Ombros Evangelho de São Mateus 27, 32-33; São Marcos 15, 21-22; São Lucas 23, 26-32; São João 19, 17
Carregando a sua cruz encaminhou-se Jesus para o lugar chamado Calvário, em Hebreu, Gólgota. Ao sair da cidade encontraram eles um homem de Cirene que por ali passava de volta do seu campo, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo e o constrangeram a carregar a cruz atrás de Jesus. Acompanhava-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que, batendo nos peitos o lamentavam. Mas Jesus, voltando-se para elas disse: “Não choreis por mim, mas chorai por vós e por vossos filhos, porque tempo virá em que se há de dizer: felizes as estéreis, as entranhas que não geraram e os seios que não amamentaram. Então começarão a dizer às montanhas: — caí sobre nós; e aos outeiros: ocultai-nos. Porque se o lenho verde é assim tratado que há de ser do seco?” Conduziram também com Ele dois outros malfeitores para serem mortos.
Esmagado sob o peso da cruz, Nosso Divino Redentor atravessa as ruas de Jerusalém entre as multidões que o insultam, e seguido de assassinos e ladrões arrancados à prisão para o suplício e a morte. Quanta humilhação e vergonha! Nas estações da Via-Sacra, três vezes contemplamos Nosso Senhor caído por terra. Tão esmagador era o peso da cruz e tanto sangue lhe corria das chagas abertas! Temeram que expirasse, antes da morte ignominiosa do Calvário, e obrigaram o Cireneu a ajudá-lo a carregar a Cruz. E nesta via dolorosa, nesta hora de opróbrios e amarguras, surge entre a multidão uma mulher — Maria Santíssima. Vai ao encontro de seu Filho amado e o abraça, e segue com Ele até o Calvário! Ao contemplarmos este mistério do Rosário lembremos a cena do encontro de Maria com seu Divino Filho, unamo-nos às dores de Nossa Mãe Santíssima e recitaremos melhor nosso Rosário! As quedas de Jesus nos consolam e servem de tremenda lição. Uma lição de sangue e de dores. Mostram-nos como somos fracos, e como tantas vezes, recaímos no pecado, voltamos às mesmas vergonhosas misérias que nos humilham.

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A Presença de Deus, dever de Gratidão

Meditação para a Décima Nona Quinta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Consideraremos: 1.° O exercício da presença de Deus como um dever de gratidão; 2.° O esquecimento de Deus como uma horrível ingratidão. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nos servirmos da vista de todas as coisas criadas para nos elevarmos a Deus e conversarmos com Ele; 2.° De acompanharmos todas as nossas ações do espírito de gratidão, que elas são capazes de nos inspirar. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de São João Clímaco:

"Cada criatura é uma escada para nos elevarmos a Deus" - Omnis creatura est scala ad Deum

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Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos

Meditação para 23 de Outubro: Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos O Evangelho de São Mateus 27, 27-30
Os soldados do governador, Conduzindo Jesus ao Pretório, reuniram em torno dele toda a corte, e despojando-o das suas vestes, o cobriram com um manto de púrpura. Depois entrelaçando uma coroa de espinhos a puseram sobre a cabeça, e na mão direita uma cana. Ajoelhando-se diante dEle, o escarneciam os soldados, dizendo: “Deus te salve, rei dos Judeus!” E lhe davam bofetadas, e cuspiam-lhe na face, e tomando a cana, batiam-lhe na cabeça.
Depois da flagelação, a coroação de espinhos. Ainda não bastavam os açoites. A crueldade dos inimigos de Jesus prepara-Lhe uma coroa de agudos e penetrantes espinhos que ferem a Sacrossanta cabeça do Redentor. E batem com a cana para que mais fundo penetrem os espinhos. Terrível suplício! Jesus se vê abandonado e entregue às zombarias e insultos dos inimigos. Batem-Lhe na face e zombam da sua realeza dizendo:
— Deus te salve, Rei dos Judeus!

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Respeito devido à Presença de Deus

Meditação para a Décima Nona Quarta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Consideraremos o exercício da presença de Deus, não somente como uma pratica preciosa ao cristão, mas como um dever de religião; e para bem compreender este dever, veremos: 1.° Que somos obrigados a conservar-nos habitualmente na presença de Deus; 2.° Que somos obrigados a conservar-nos na presença de Deus com sumo respeito, tanto exterior como interior. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De respeitarmos em todo o lugar e tempo a presença de Deus, e de não fazermos diante dEle o que não ousaríamos fazer diante de uma pessoa venerável; 2.° De recitarmos muitas vezes atos de adoração de Deus presente. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Jacó:

"Em verdade que o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia" - Vere Dominus est in loco isto, et ego nesciebam (Gn 28, 16)

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Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação

Meditação para 22 de Outubro: Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação A Flagelação de Jesus

Diz simplesmente o Evangelho:

"Pilatos, pois, tomou então a Jesus e O mandou flagelar" (São João 19,1 — São Mateus 27 — São Marcos 15).

A flagelação era um horrível tormento e, de todos, o mais humilhante, depois da crucifixão, suplício de escravos. Embora o Evangelho seja lacônico em tratar da flagelação de Jesus, podemos afirmar com certeza ter sido um suplício dos mais horrorosos da Paixão. A lei dos judeus ordenava não passasse de quarenta golpes. Para Nosso Senhor, entretanto, não havia mais lei, nem medida, nem número. Fora entregue à ira dos carrascos. Batem furiosamente sobre o corpo santíssimo do Redentor e O ferem da cabeça aos pés. Rasgam-Lhe as carnes e o sangue corre até o chão. Golpes sobre golpes e sobre as feridas já abertas. Jesus é uma chaga viva. Ninguém o reconhece. É a figura de um leproso de chagas abertas: Vidimus eum quasi leprosum, dizia o profeta.

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A Presença de Deus

Meditação para a Décima Nona Terça-feira depois de Pentecostes. A Presença de Deus

Meditação para a Décima Nona Terça-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos, durante toda esta semana, sobre o quarto efeito do amor divino, que é andar na presença de Deus; e consideraremos: 1.° O que é o exercício da presença de Deus; 2.° Quanto um cristão deve prezar este exercício. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nos entregarmos seriamente à vida contemplativa e de união com Deus; 2.° De nos conservarmos nessa pureza do coração e de consciência sem a qual a união com Deus é impossível. O nosso ramalhete espiritual será a sexta bem-aventurança:

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" - Beati mundo corde, quoniam ipsi Deum videbunt (Mt 5, 8)

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Primeiro Mistério Doloroso: Agonia de Jesus

Meditação para 21 de Outubro: Primeiro Mistério Doloroso: Agonia de Jesus

A Agonia de Jesus no Horto

Evangelho de São Mateus: 26, 30-46; São Marcos: 14, 26-42; São Lucas: 22, 39-46; São João: 18, 1
Depois destas palavras, tendo recitado o hino de ação de graças, saiu Jesus com os discípulos para além da torrente de Cedron. Dirigindo-se para o monte das oliveiras, segundo costumava, chegaram a um lugar chamado Getsêmani, onde havia um jardim onde entrou com seus discípulos. Chegando a esse lugar disse-lhes Jesus: “Sentai-vos aqui enquanto eu vou ali fazer oração. Orai também para que não entreis em tentação”. Depois, tomando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, começou a sentir pavor e angustia, e caiu em tristeza e abatimento. — Minha alma está triste até a morte, lhes disse Ele, Ficai aqui e velai comigo. Adiantando-se um pouco afastou-se deles à distancia de um tiro de pedra, prostrando-se com a face no chão, e começou a orar para que se fosse possível, se afastasse dele aquela hora. Meu Pai, meu Pai, dizia Ele, se é possível, afaste-se de mim este cálice; todavia faça-se a vossa vontade e não a minha. Voltando aos discípulos, encontrou-os dormindo, acabrunhados pela tristeza, e disse a Pedro: “Simão, tu dormes? Assim não pudeste vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai para não entrardes em tentação, porque o espírito está sempre pronto mas a carne é fraca” Afastou-se de novo e orou pela segunda vez, dizendo: “Meu Pai, se não pode passar este cálice, sem que eu beba, faça-se a vossa vontade” Voltou ainda e encontrou-os outra vez dormindo, porque tinham os olhos pesados; e não sabiam o que lhes responder. Tendo-os deixado foi de novo, e orou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. E tendo caído em agonia, multiplicava as orações. Sobreveio-lhe, então, um suor como de gotas de sangue que corriam até o chão. Mas apareceu um Anjo do céu e o confortou. Levantando então da oração, pela terceira vez voltou aos seus discípulos e lhes disse: “Dorme agora e descansai. Eis que chegou a hora e o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos e vamos: — Está próximo aquele que me há de entregar”.

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A Conformidade com a Vontade de Deus

Meditação para a Décima Nona Segunda-feira depois de Pentecostes. A Conformidade com a Vontade de Deus

Meditação para a Décima Nona Segunda-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Prosseguiremos as nossas meditações sobre a conformidade com a vontade de Deus; e veremos: 1.° Que esta perfeita conformidade é o segredo da felicidade, até mesmo neste mundo; 2.º Que fora disto não há senão desgraça. — Tomaremos a resolução: 1.° De seguirmos unicamente a vontade de Deus, tanto na prosperidade como na adversidade, e de nunca nos deixarmos perturbar seja pelo que for; 2.º De pormos a nossa alegria em ser guiados em todas as coisas pela vontade divina, como o menino pela mão de sua mãe. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Salmista:

"Tomastes-me pela minha mão, Senhor, e me conduzistes segundo a vossa vontade" - Tenuisti manum dexteram meam, (Domine), et in voluntate tua deduxiste me (Sl 72, 24)

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Quinto Mistério Gozoso: Encontro de Jesus no Templo

Meditação para 20 de Outubro: Quinto Mistério Gozoso: Encontro de Jesus no Templo Evangelho segundo São Lucas 2, 41-52
Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém por ocasião da festa da Páscoa. Chegando, pois, o Menino aos doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume, no dia desta solenidade. Voltando eles para Nazaré depois de terminada a festa, o Menino Jesus se deixou ficar em Jerusalém sem que os pais o percebessem. Pensando que Ele estivesse com alguém da comitiva, caminharam um dia inteiro e o procuraram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém a fim de procurá-lo. E aconteceu que ao terceiro dia o foram encontrar no templo, sentado entre os Doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam se admiravam da sua sabedoria e das suas respostas. Vendo-o, se admiraram, e sua mãe disse: “Meu filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procuramos aflitos. Mas Jesus lhes respondeu: “Porque me procuráveis? Não sabeis que me devo ocupar nas coisas que são do serviço de meu Pai?” E eles não compreenderam o que lhes dizia Jesus. Descendo com eles veio Jesus a Nazaré e lhes era submisso. Sua Mãe conservava todas estas coisas no coração, e Jesus progredia em sabedoria, idade e em graça diante de Deus e dos homens.
Grande foi a dor de Maria ao perder seu Divino Filho. Há quem diga, escreve Santo Afonso, que esta dor foi uma das maiores, senão a maior. E a razão é que nas outras dores, Maria tinha Jesus consigo. Padeceu na fuga para o Egito e pela profecia de Simeão no Templo, mas sempre tinha Jesus, e, com Jesus. Agora porém sofre sem Jesus e sem saber onde Ele se encontra.

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Pensamento do Inferno

Meditação para o 19º Domingo depois do Pentecostes. Pensamento do Inferno

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 22, 1-14

Naquele tempo, 1tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: 2«O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. 3Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. 4De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ 5Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. 6Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. 7O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. 8Disse, depois, aos servos: ‘O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. 9Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ 10Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. 12E disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. 13O rei disse, então, aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ 14Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»

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