
Hoje levantamo-nos uma hora mais cedo; tratava-se de fazer uma excursão a um monte vizinho, que proporcionava uma esplêndida vista das vizinhanças. Quem tinha os pés doloridos ficou no acampamento; os outros nós pusemos a caminho, de bom humor, às 7 horas. Depois de uma marcha de cerca de hora e meia, através duma floresta magnífica, chegamos a uma clareira, coberta de árvores tombadas. Um mês atrás, um tufão assolara a região e derrubara muitas árvores seculares. O professor mandou fazer alto, para que o grupo pudesse descansar e tomar o lanche. Ainda não eram 9 horas, mas fazia bem tomar um pouco de fôlego. Inúmeras folhas caídas cobriam o solo e os galhos secos das árvores abatidas estalavam sob o peso dos rapazes empoleirados.
“Quantos mortos jazem aqui em redor de nós!”, começou o professor. “Quantos gigantes da floresta terão baqueado assim, com as tempestades, através dos milênios, corroídos pela idade. Estamos parados num grande cemitério. Que pensam vocês? Que foi feito dos milhões e miIhões de folhas caídas no outono? Pois, se os troncos, galhos e folhas se amontoassem, resultaria um montão a sufocar qualquer vida. Onde foram parar? Carlos, remexe um pouco o chão com a vara.”
Quatro ou cinco lançaram mão de seus bordões. Uma camada amarelo-cinzenta de folhas bolorentas, meio apodrecidas, apareceu.