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Author page: Gabriel

História da Igreja 1ª Época: Capítulo XVII

Origenes

Origenes

O célebre Origenes nasceu em Alexandria do Egito. Leonidas seu pai, cristão muito fervoroso, o educou com solicitude no santo temor de Deus, e desde a mais tenra idade o iniciou no estudo das divinas Escrituras. Tinha talvez dezessete anos quando seu pai, no império de Sétimio Severo, foi preso pela fé. Sabendo-o Origenes, queria a todo o custo ir ao martírio com ele, e era tal seu ardor, que sua mãe para impedir viu-se obrigada a esconder suas roupas, pondo-o assim na necessidade de desistir de seu propósito. Escreveu, não obstante, a seu pai uma carta formosíssima exortando-o a dar de bom grado sua vida pela fé, sem se deixar intimidar nem afligir-se por coisa alguma. Morto Leonidas, foram confiscados seus bens conforme costume, deixando sua família na miséria. Então Origenes, jovem como era, começou a dar lições de gramática e de literatura, para sustentar sua mãe e seus irmãos. Mais tarde o bispo de Alexandria ofereceu um campo vasto ao seu grande engenho, confiando-lhe a cadeira de Catequista naquela famosa escola do cristianismo, contando ele apenas dezoito anos.

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Jesus no Santíssimo Sacramento, modelo de obediência

Eucaristia

Humiliavit semetipsum, factus oboediens usque ad mortem - “(Jesus) se humilhou, feito obediente até à morte” (Fl 2, 8)

Sumário. São Paulo louva a obediência de Jesus Cristo, dizendo que obedeceu ao Pai Eterno até à morte. Mas no Santíssimo Sacramento vai mais longe, visto que quis fazer-se obediente até o fim do mundo e não somente ao Pai Eterno, senão a todos os sacerdotes da terra. Qualquer que seja o nosso estado, esforcemo-nos por imitar a obediência de Jesus, depositando em suas mãos a nossa vontade e pedindo-Lhe que disponha de nós conforme for do seu agrado. Animemo-nos à prática de tão bela virtude pela lembrança de que nunca uma pessoa obediente se condenou.

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História da Igreja 1ª Época: Capítulo XVI

maximino

Sexta perseguição

A tolerância de Alexandre para com os cristãos, foi um motivo para que Maximino, seu assassino e sucessor, os odiasse com mais escarnecimento. Com o fim de ter um pretexto para persegui-los, lhes atribuía a derrota de seus exércitos, a peste, a carestia, os terremotos e outras coisas que naqueles tempos desolavam o império romano, como se esses males fossem o efeito da cólera dos deuses pela tolerância que se tinha para com os fiéis de Cristo. Porém o fato que mais excitou a indignação do imperador, foi o santo valor de um de seus soldados. Quando Maximino foi proclamado imperador fez, conforme se costumava então alguns presentes a seus soldados. Todos os homens que compunham o exército, deviam aparecer perante ele, para receber aqueles dons, com uma coroa de louro na cabeça; mas um dos soldados, suspeitando que essa prática, naquelas circunstâncias, importava um sinal de idolatria, levou a coroa na mãos.

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Dano que causa aos religiosos a tibieza

Padre Orando

Qui spernit modica, paulatim decidet - “Quem despreza as coisas pequenas, pouco a pouco cairá” (Eclo 19, 1)

Sumário. São infelizes os religiosos que, sendo chamados à perfeição, fazem as pazes com as suas faltas. Nunca se santificarão e correm mesmo grande risco de se condenarem; porquanto o Senhor ameaça vomitá-los de sua boca e abandoná-los, permitindo que das faltas leves passem às faltas graves e à perda da graça divina e da vocação. Oh! Quantos destes infelizes estão agora queimando no inferno! Meu irmão, põe a mão na tua consciência. És tu porventura uma dessas almas tíbias e imperfeitas?

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História da Igreja 1ª Época: Capítulo XV

Papa São Urbano

São Urbano e Santa Cecilia

A São Calixto sucedeu São Urbano que pertencia a uma rica e nobre família romana. Desde simples sacerdote tinha trabalhado com zelo pela fé durante o pontificado de seus três antecessores. Acusaram-no várias vezes como cristão; levaram-no ao cárcere e perante os juízes; porém sempre venceu todos os sofrimentos, confessando intrepidamente a Jesus Cristo. Sua eleição para o pontificado teve lugar no ano 227. Enquanto se achava empenhado em ordenar a disciplina da Igreja, voltou a tomar vulto a perseguição de Alexandre Severo. Urbano prevendo o grave perigo que corria se continuasse cumprindo publicamente o sagrado ministério, escondeu-se nas catacumbas onde viveu ignorado dos perseguidores, porém conhecido dos Cristãos, que podiam recorrer a ele em todas as suas necessidades.

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A sentença da alma culpada no juízo particular

Juízo Particular

Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum, qui paratus est diabolô et angelis eius - “Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, que está aparelhado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25, 41)

Sumário. Desgraçada da alma cuja vida no juízo não for achada conforme à de Jesus Cristo! Sem demora, o divino Juiz pronunciará contra ela a sentença de condenação eterna – Aparta-te de mim, maldita, para ires arder eternamente no fogo. Meu irmão, agora vivemos em segurança e com indiferença ouvimos falar do juízo; mas quantos há que assim viveram e agora estão no inferno! E quem nos assegura que o mesmo não sucederá conosco? Se a morte nos surpreendesse na primeira noite, qual seria a nossa sentença?

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O desprezo do tempo e a hora da morte

Devemos saber como aproveitar o tempo

Vocavit adversum me tempus - “Chamou contra mim o tempo” (Lm 1, 15)

Sumário. Grande é a tristeza do viajante ao ver que errou o caminho quando já caiu a noite e não há tempo para reparar o engano. Incomparavelmente maior será, na hora da morte, a tua mágoa, meu irmão, se em via não tiveres aproveitado o tempo, ou, pior ainda, tivesses dele abusado para ofenderes ao Senhor. Como fui insensato! – dirias então chorando. – Ó vida perdida! Em tantos anos, com tão grandes graças podia santificar-me e não o fiz... De que servirão então estas lamentações, quando a cena já estiver no fim e se aproximar o grande momento de que depende a eternidade?

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A pesca milagrosa e o ministério apostólico

A pesca milagrosa

4º Domingo depois de Pentecostes

Noli timere: ex hoc iam homines eris capiens - “Não temas; já desde agora serás pescador de homens” (Lc 5, 10)

Sumário. Sob a figura da pesca milagrosa, é representada a pregação do Evangelho, pela qual o Senhor converte e santifica as almas por ele remidas. Os pescadores, porém, não são somente os pregadores, senão também todos os bons cristãos, que de qualquer modo se aplicam à salvação das almas. Seja, portanto, qual for o nosso estado, podemos exercer o ministério apostólico, ao menos pela oração e pelo bom exemplo. Roguemos sobretudo ao Senhor que envie à sua igreja operários zelosos: Mitte operarios in messem tuam.

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Do grande amor que nos tem Maria Santíssima

Virgem Maria e o Menino Jesus

Ego diligentes me diligo; et qui mane vigilant ad me, invenient me - “Eu amo os que me amam, e os que vigiam desde a manhã por me buscarem, me acharão” (Pv 8, 17)

Sumário. Se uma mãe não pode deixar de amar seus filhos, quanto mais não nos amará a Santíssima Virgem, que no Calvário, juntamente com Jesus Cristo, nos gerou para a vida da graça, entre as mais acerbas dores? Ah! Se fosse reunido em um só o amor que todas as mães têm a seus filhos, não igualaria o amor que Maria tem a uma só alma. É justo portanto que ao amor da divina Mãe corresponda o nosso. Sim, minha santa Mãe, depois de Deus, amo-vos de todo o coração mais que a mim mesmo, e pronto estou a fazer tudo por vosso amor.

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O misterioso e fecundo Espírito Santo

Este texto é do grande teólogo São Basílio Magno, Bispo do século IV, que muitíssimo ajudou a Igreja a compreender a divindade do Espírito Santo. A cada trecho, encontramos a observação de Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares.
Qual é o homem que, ao ouvir os nomes com os quais é designado o Espírito Santo, não eleva seu ânimo e o seu pensamento para a natureza divina? É chamado Espírito de Deus, Espírito da verdade que procede do Pai, Espírito de retidão, Espírito principal, e como nome próprio e peculiar, Espírito Santo.
Comentário de Dom Henrique: A palavra “espírito”, “pneuma” em grego, ar, sopro, vento, indica movimento, liberdade, mistério. O “Espírito” evoca o misterioso, o invisível, o incontrolável, soberano e surpreendente em Deus. Afirmar que este Espírito é Santo é afirmar que Ele é divino, pois só Deus é Santo! Interessante o título de “Espírito Principal” significando que o Espírito é “princípio” de todos os bens, de todos dons e carismas. É com este título que o Espírito é invocado sobre o que vai ser ordenado Bispo na Igreja: o Espírito de principalidade, que faz do Bispo "príncipe" [princeps], isto é, princípio na sua Igreja diocesana seja da distribuição dos ministérios e atividades como no discernimento dos carismas: este é o seu serviço episcopal, a ser realizado com o mesmo Espírito Daquele que veio para servir e não ser servido - portanto, nada a ver com o sentido de "príncipe" enquanto pompa ou poder político.

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