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Author page: Gabriel

Do sagrado Viático

Sagrado Viático

Ambulavit in fortitudine cibi illius... usque ad montem Dei - “Com o vigor daquela comida caminhou... até o monte de Deus” (3 Rs 9, 8)

Sumário. Considera, meu irmão, que mais cedo ou mais tarde te acharás nas angústias terríveis da morte. Feliz de ti se tiveres sido devoto a Jesus sacramentado! Acedendo a teu desejo, virá então a visitar-te em tua casa, e não somente para te assistir e defender, senão ainda para te alimentar com a sua carne, e servir-te de guia no caminho do céu. Para obteres tão preciosa graça, renova muitas vezes o protesto de querer receber os sacramentos na vida e na morte. Quando comungares, faze-o por modo de Viatico, e recomenda cada dia a Deus os pobres moribundos.

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Felicidade eterna do céu

Todos os Santos

Beati qui habitant in domo tua, Domine; in saecula saculorum laudabunt te - “Bem-aventurados, Senhor, os que moram na tua casa; pelos séculos dos séculos te louvarão” (Sl 83, 5)

Sumário. No céu a alma verá Deus face a face, conhecerá todas as disposições admiráveis da divina Providência para sua salvação e verá que o Senhor a abraça e a abraça sempre como filha querida; pelo que a alma se embriagará de tal amor, que não pensará mais senão em amar seu Deus. Será esta a sua eterna ocupação: amar o bem infinito que possui, louvá-Lo e bendizê-Lo. Quando nos sentirmos oprimidos pelas cruzes, levantemos os olhos ao céu, e lembremo-nos de que nos está reservada sorte igual, se ficarmos fiéis a Deus.

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Deus é Misericordioso, mas também Justo

Cristo, Rei do Universo

Misericordia enim et ira ab illo cito proximant, et in peccatores respicit ira illius - “A sua misericórdia e a usa ira chegam rapidamente, e em sua ira olha para os pecadores” (Eclo 5, 7)

Sumário. De dois modos o demônio engana os homens e arrasta muitos consigo ao inferno. Depois do pecado arrasta-os ao desespero, por meio da justiça divina; e antes do pecado excita-os a cometê-lo pela esperança da divina misericórdia. Se quisermos desfazer a arte do inimigo, façamos o contrário: depois do pecado, confiemos na misericórdia divina, mas, antes do pecado, temamos a sua justiça inexorável. Como poderia confiar na misericórdia de Deus quem abusa da mesma misericórdia para o ofender?

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Morte do justo

Morte de São Francisco, por Dominico Bruschi
Morte de São Francisco, por Dominico Bruschi

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO VIII

Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum ejus. - "É preciosa na presença de Deus a morte de seus Santos" (Sl 115, 15)

PONTO I

Considerada a morte à luz deste mundo, nos espanta e inspira temor; mas, segundo a luz da fé, é desejável e consoladora. Parece terrível aos pecadores; mas aos olhos dos justos se apresenta amável e preciosa.

"Preciosa, — disse São Bernardo — porque é o termo dos trabalhos, a coroa da vitória, a porta da vida”.

E, na verdade, a morte é termo de penas e trabalhos. O homem nascido de mulher vive curto tempo e está sujeito a muitas misérias (Jó 14,1). Eis aí o que é a nossa vida, curta e cheia de misérias, enfermidades, inquietações e sofrimentos. Os mundanos, desejosos de longa vida — diz Sêneca — que procuram senão mais prolongado tormento? (Ep 101). Que é continuar a viver — exclama Santo Agostinho — senão continuar a sofrer? A vida presente — disse Santo Ambrósio — não nos foi dada para repousar, mas para trabalhar, e, por meio destes trabalhos, merecer a vida eterna (Serm. 45). Com razão, afirma Tertuliano que Deus abrevia o tormento de alguém, quando lhe abrevia a vida. Ainda que a morte tenha sido imposta por castigo do pecado, são tantas as misérias desta vida, que, como disse Santo Ambrósio — mais parece alívio o morrer do que castigo.

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Do amor que Deus nos mostrou

Jesus, o Bom Pastor: Com amor eterno te amei

Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos - “Amemos portanto a Deus, porque Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19)

Sumário. São inúmeras as provas de amor que o Senhor nos deu. Amou-nos desde a eternidade, tirou-nos do nada com preferência a tantos outros, e, o que mais é, fez-nos nascer num país católico e no seio da Igreja verdadeira. Quantos milhões de homens vivem privados dos sacramentos, da pregação, dos bons exemplos e de tantos outros meios de salvação! A nós Deus quis dar todos estes meios de perfeição, sem mérito algum da nossa parte; prevendo mesmo todos os nossos deméritos. Porque então correspondemos tão mal ao amor de Deus? Porque não o amamos de todo o coração?

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O Moço de Naim e a lembrança da Morte

Jesus ressuscita o filho de Naim

15º Domingo depois de Pentecostes

Defunctus efferebatur, filius unicus matris suae - “Levavam à sepultura um defunto, filho único de sua mãe” (Lc 7, 12)

Sumário. Que verdade tão importante nos é lembrada pelo Evangelho de hoje! O filho da viúva de Naim era novo, herdeiro único de seu pai, consolação única de sua mãe, amado de seus concidadãos, que por isso acompanhavam o cortejo fúnebre. Provavelmente não pensara que a morte viria surpreendê-lo em tais circunstâncias; mas, assim mesmo colheu-o. Nada, pois, mais certo do que a morte, mas nada mais incerto do que a hora da morte. Ah! Se pensássemos muitas vezes nesta grande máxima, não pecaríamos nunca, e estaríamos sempre preparados para morrer.

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Sentimentos de um moribundo não acostumado a pensar na morte

Leito de Morte

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO VII

Disponde domui tuae, quia morieris tu, et non vives. - "Dispõe de tua casa, porque morrerás e não viverás" (Is 38, 1)

PONTO I

Imagina que te achas junto a um enfermo a quem restam poucas horas de vida... Pobre enfermo! Considera como o oprimem e angustiam as dores, os desfalecimentos, a asfixia e falta de respiração, o suor frio e o entorpecimento até ao ponto de quase não ouvir, quase não compreender e quase não falar... Entretanto, a sua maior desgraça consiste em que, estando próximo à morte, em vez de pensar na alma e de preparar as contas para a eternidade, só pensa nos médicos, nos remédios, para se livrar da doença que o vai vitimando. Não são capazes de pensar em outra coisa que em si mesmos, disse São Lourenço Justiniano, falando dos moribundos desta espécie... Mas, certamente, os parentes e amigos lhe manifestarão o perigoso estado em que se acha?... Não; não há entre todos eles nenhum que se atreva a lhe falar na morte e adverti-lo de que deve receber os santos sacramentos. Todos se escusam de lhe falar para não molestá-lo. Ó meu Deus, dou-vos graças mil porque na hora da morte fazeis que seja assistido pelos queridos confrades de minha congregação, os quais, sem outro interesse que o de minha salvação, me ajudarão a todos a bem morrer.

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Meditação para o 22º Domingo do Tempo Comum

Virtude da Humildade

Leituras do dia

1ª Leitura - Eclo 3,19-21.30-31 Salmo - 67 2ª Leitura - Hb 12,18-19.22-24a

Evangelho - Lc 14,1.7-14

— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. — Glória a vós, Senhor.

Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: "Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado". E disse também a quem o tinha convidado: "Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos".

— Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.

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Morte do pecador

Dureza de Coração

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CONSIDERAÇÃO VI

Angustia superveniente, pacem requirent, et non erit; conturbatio super conturbationem veniet - "Sobrevindo a aflição, procurarão a paz e a não encontrarão; virá confusão sobre confusão" (Ez 7, 25-26)

PONTO I

Os pecadores afastam a lembrança e o pensamento da morte, e procuram a paz (ainda que jamais a encontrem), vivendo em pecado. Quando, porém, se virem em face da eternidade e nas agonias da morte, já não poderão escapar aos tormentos de sua má consciência, nem encontrar a paz que procuram. Pois, como pode encontrá-la uma alma carregada de culpas, que, como víboras, a mordem? Que paz poderão gozar pensando que em breve deverão comparecer ante Cristo Jesus, cuja lei e amizade desprezaram até então?

“Confusão sobre confusão” (Ez 7,26).

O anúncio da morte próxima, a ideia de se separar para sempre de todas as coisas do mundo, os remorsos da consciência, o tempo perdido, o tempo que falta, o rigor do juízo de Deus, a eternidade infeliz que espera o pecador, todas estas coisas produzirão perturbação terrível que acabrunha e confunde o espírito e aumenta a desconfiança. E neste estado de confusão e desespero, o moribundo passará à outra vida. Abraão, confiando na palavra divina, esperou em Deus contra toda a esperança humana, e por este motivo foi insigne o seu merecimento (Rm 4,18). Mas os pecadores, por desdita sua, iludem-se quando esperam, não só contra a esperança, mas também contra a fé, quando desprezam as ameaças que Deus faz aos obstinados. Receiam a morte infeliz; mas não temem levar a vida má.

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Martírio de Maria Santíssima ao pé da Cruz

Maria aos pés da Cruz

Stabat autem iuxta crucem Iesu mater eius - “Estava ao pé da cruz de Jesus, sua Mãe" (Jo 19, 25)

Sumário. Do martírio de Maria sobre o Calvário, não é necessário dizer outra coisa senão o que diz São João: contempla-a vizinha à cruz à vista de Jesus moribundo, e depois, vê se há dor semelhante a sua dor. O que mais atormentou a nossa Mãe dolorosa, foi o ver que ela mesma com sua presença aumentava as aflições do Filho e que para grande parte dos homens o sangue divino seria causa de maior condenação. Se Jesus e Maria, apesar de inocentes, sofreram tanto por nosso amor, a nós, que merecemos mil infernos, não desagrade sofrer alguma coisa por amor deles e em satisfação por nossos pecados.

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