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Author page: Gabriel

Morte do justo

Morte de São Francisco, por Dominico Bruschi
Morte de São Francisco, por Dominico Bruschi

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO VIII

Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum ejus. - "É preciosa na presença de Deus a morte de seus Santos" (Sl 115, 15)

PONTO I

Considerada a morte à luz deste mundo, nos espanta e inspira temor; mas, segundo a luz da fé, é desejável e consoladora. Parece terrível aos pecadores; mas aos olhos dos justos se apresenta amável e preciosa.

"Preciosa, — disse São Bernardo — porque é o termo dos trabalhos, a coroa da vitória, a porta da vida”.

E, na verdade, a morte é termo de penas e trabalhos. O homem nascido de mulher vive curto tempo e está sujeito a muitas misérias (Jó 14,1). Eis aí o que é a nossa vida, curta e cheia de misérias, enfermidades, inquietações e sofrimentos. Os mundanos, desejosos de longa vida — diz Sêneca — que procuram senão mais prolongado tormento? (Ep 101). Que é continuar a viver — exclama Santo Agostinho — senão continuar a sofrer? A vida presente — disse Santo Ambrósio — não nos foi dada para repousar, mas para trabalhar, e, por meio destes trabalhos, merecer a vida eterna (Serm. 45). Com razão, afirma Tertuliano que Deus abrevia o tormento de alguém, quando lhe abrevia a vida. Ainda que a morte tenha sido imposta por castigo do pecado, são tantas as misérias desta vida, que, como disse Santo Ambrósio — mais parece alívio o morrer do que castigo.

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Do amor que Deus nos mostrou

Jesus, o Bom Pastor: Com amor eterno te amei

Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos - “Amemos portanto a Deus, porque Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19)

Sumário. São inúmeras as provas de amor que o Senhor nos deu. Amou-nos desde a eternidade, tirou-nos do nada com preferência a tantos outros, e, o que mais é, fez-nos nascer num país católico e no seio da Igreja verdadeira. Quantos milhões de homens vivem privados dos sacramentos, da pregação, dos bons exemplos e de tantos outros meios de salvação! A nós Deus quis dar todos estes meios de perfeição, sem mérito algum da nossa parte; prevendo mesmo todos os nossos deméritos. Porque então correspondemos tão mal ao amor de Deus? Porque não o amamos de todo o coração?

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O Moço de Naim e a lembrança da Morte

Jesus ressuscita o filho de Naim

15º Domingo depois de Pentecostes

Defunctus efferebatur, filius unicus matris suae - “Levavam à sepultura um defunto, filho único de sua mãe” (Lc 7, 12)

Sumário. Que verdade tão importante nos é lembrada pelo Evangelho de hoje! O filho da viúva de Naim era novo, herdeiro único de seu pai, consolação única de sua mãe, amado de seus concidadãos, que por isso acompanhavam o cortejo fúnebre. Provavelmente não pensara que a morte viria surpreendê-lo em tais circunstâncias; mas, assim mesmo colheu-o. Nada, pois, mais certo do que a morte, mas nada mais incerto do que a hora da morte. Ah! Se pensássemos muitas vezes nesta grande máxima, não pecaríamos nunca, e estaríamos sempre preparados para morrer.

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Sentimentos de um moribundo não acostumado a pensar na morte

Leito de Morte

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO VII

Disponde domui tuae, quia morieris tu, et non vives. - "Dispõe de tua casa, porque morrerás e não viverás" (Is 38, 1)

PONTO I

Imagina que te achas junto a um enfermo a quem restam poucas horas de vida... Pobre enfermo! Considera como o oprimem e angustiam as dores, os desfalecimentos, a asfixia e falta de respiração, o suor frio e o entorpecimento até ao ponto de quase não ouvir, quase não compreender e quase não falar... Entretanto, a sua maior desgraça consiste em que, estando próximo à morte, em vez de pensar na alma e de preparar as contas para a eternidade, só pensa nos médicos, nos remédios, para se livrar da doença que o vai vitimando. Não são capazes de pensar em outra coisa que em si mesmos, disse São Lourenço Justiniano, falando dos moribundos desta espécie... Mas, certamente, os parentes e amigos lhe manifestarão o perigoso estado em que se acha?... Não; não há entre todos eles nenhum que se atreva a lhe falar na morte e adverti-lo de que deve receber os santos sacramentos. Todos se escusam de lhe falar para não molestá-lo. Ó meu Deus, dou-vos graças mil porque na hora da morte fazeis que seja assistido pelos queridos confrades de minha congregação, os quais, sem outro interesse que o de minha salvação, me ajudarão a todos a bem morrer.

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Meditação para o 22º Domingo do Tempo Comum

Virtude da Humildade

Leituras do dia

1ª Leitura - Eclo 3,19-21.30-31 Salmo - 67 2ª Leitura - Hb 12,18-19.22-24a

Evangelho - Lc 14,1.7-14

— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. — Glória a vós, Senhor.

Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: "Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado". E disse também a quem o tinha convidado: "Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos".

— Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.

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Morte do pecador

Dureza de Coração

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO VI

Angustia superveniente, pacem requirent, et non erit; conturbatio super conturbationem veniet - "Sobrevindo a aflição, procurarão a paz e a não encontrarão; virá confusão sobre confusão" (Ez 7, 25-26)

PONTO I

Os pecadores afastam a lembrança e o pensamento da morte, e procuram a paz (ainda que jamais a encontrem), vivendo em pecado. Quando, porém, se virem em face da eternidade e nas agonias da morte, já não poderão escapar aos tormentos de sua má consciência, nem encontrar a paz que procuram. Pois, como pode encontrá-la uma alma carregada de culpas, que, como víboras, a mordem? Que paz poderão gozar pensando que em breve deverão comparecer ante Cristo Jesus, cuja lei e amizade desprezaram até então?

“Confusão sobre confusão” (Ez 7,26).

O anúncio da morte próxima, a ideia de se separar para sempre de todas as coisas do mundo, os remorsos da consciência, o tempo perdido, o tempo que falta, o rigor do juízo de Deus, a eternidade infeliz que espera o pecador, todas estas coisas produzirão perturbação terrível que acabrunha e confunde o espírito e aumenta a desconfiança. E neste estado de confusão e desespero, o moribundo passará à outra vida. Abraão, confiando na palavra divina, esperou em Deus contra toda a esperança humana, e por este motivo foi insigne o seu merecimento (Rm 4,18). Mas os pecadores, por desdita sua, iludem-se quando esperam, não só contra a esperança, mas também contra a fé, quando desprezam as ameaças que Deus faz aos obstinados. Receiam a morte infeliz; mas não temem levar a vida má.

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Martírio de Maria Santíssima ao pé da Cruz

Maria aos pés da Cruz

Stabat autem iuxta crucem Iesu mater eius - “Estava ao pé da cruz de Jesus, sua Mãe" (Jo 19, 25)

Sumário. Do martírio de Maria sobre o Calvário, não é necessário dizer outra coisa senão o que diz São João: contempla-a vizinha à cruz à vista de Jesus moribundo, e depois, vê se há dor semelhante a sua dor. O que mais atormentou a nossa Mãe dolorosa, foi o ver que ela mesma com sua presença aumentava as aflições do Filho e que para grande parte dos homens o sangue divino seria causa de maior condenação. Se Jesus e Maria, apesar de inocentes, sofreram tanto por nosso amor, a nós, que merecemos mil infernos, não desagrade sofrer alguma coisa por amor deles e em satisfação por nossos pecados.

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A Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras

Santo Padre Pio de Pietrelcina

Retirado de um caderno de meditações do Santo Padre Pio

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus. Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim. Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado. O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!... Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus. Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono. Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele! Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!

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Jesus tratado como o último dos homens

Jesus desprezado

Vidimus eum... despectum et novissimum virorum - “Vimo-Lo... feito um objeto de desprezo e o último dos homens" (Is 53, 3)

Sumário. Considera a grande maravilha que se viu um dia na terra: o Filho de Deus, feito homem por amor dos homens, foi desprezado por estes mesmos homens, como se fosse o mais vil de todos, e tratado como doido, bêbado, blasfemador e réu de mil mortes. Meu irmão, representemo-nos bem vivamente o nosso maltratado Senhor: demos-Lhe graças pelo muito que por nós sofreu, consolemo-Lo com nosso arrependimento das injúrias que Lhe fizemos, e digamos-Lhe que por seu amor queremos de hoje em diante suportar com resignação as dores, as humilhações e os desprezos.

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O Respeito Humano

Respeito Humano Cônego Júlio Antônio dos Santos O Crucifixo, meu livro de estudos - 1950

O que vem a ser o Respeito Humano?

É a vergonha daquele que não se atreve a manifestar os seus sentimentos religiosos e piedosos, porque com isso é escarnecido, insultado, perseguido.

I – NATUREZA DO RESPEITO HUMANO

O respeito humano é o respeito pelas coisas humanas colocado acima do respeito pelas coisas de Deus; é a estima pelo homem preferida à estima por Deus. O respeito divino coloca-nos na presença de Deus a quem devemos conhecer, amar e servir porque é nosso Criador, Senhor, Juiz e Remunerador. O respeito humano é a negação de tudo isto. Transfere sacrilegamente para o homem os direitos e a honra que são reservados a Deus. O homem é considerado como senhor e juiz, e, por isso, toda a vida exterior é para lhe agradar.

II – ASPECTOS DIVERSOS DO RESPEITO HUMANO

O respeito humano reveste tantas formas quantos são os nossos deveres

1.º Omissão do bem
O respeito humano impede a prática sincera e fiel da nossa fé. Fechamos a boca quando é preciso falar e paralisa os nossos esforços quando é preciso agir. Sabemos que a Santa Missa é uma fonte de graças desde que assistamos a ela com edificação; todavia, na assistência à Missa, não estamos com a devida atenção e fervor, porque não queremos dar nas vistas com a nossa devoção.

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