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Author page: Gabriel

Em que consiste a felicidade dos bem-aventurados no céu

Entrada do Céu

Intra in gaudium Domini tui - “Entra no gozo de teu Senhor” (Mt 25, 21)

Sumário. Os bem-aventurados contemplando a Deus face a face e conhecendo as suas infinitas perfeições, amam-No imensamente mais que a si próprios e não desejam outra coisa senão verem-No feliz. Sabendo, além disso, que o seu Senhor goza e gozará eternamente uma felicidade infinita, acham nisto a sua complacência e o seu gozo e é este gozo de Deus que constitui o seu verdadeiro paraíso. Habituemo-nos a fazer muitas vezes atos de amor perfeito a Deus, alegremo-nos com o Senhor pela sua felicidade infinita, e assim começaremos a exercer na terra o ofício dos bem-aventurados no céu.

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Remorso do condenado por causa do bem que perdeu

Desespero (pintura de Vitoria Duarte)
Desespero (pintura de Vitoria Duarte)

Perditio tua, Israel; tantummodo in me auxilium tuum - “A tua perdição, ó Israel, toda vem de ti; só em mim está o teu auxílio” (Os 13, 9)

Sumário. O que mais atormenta o réprobo no inferno é o ver que perdeu o céu e o Bem supremo, que é Deus; e perdeu-O não por qualquer acidente ou por malevolência d´outrem, mas por sua própria culpa. Meu irmão, se no passado nós também tivemos a insensatez de renunciar por malícia própria ao paraíso, remediemo-lo enquanto houver tempo, antes que tenhamos de chorar eternamente a nossa desgraça. Talvez seja este o último apelo que Deus nos dirige.

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O tributo de Cesar e a obrigação de amar a Deus

Fidelidade à Deus: dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus

22º Domingo depois de Pentecostes

Reddite quae sunt Caesaris Caesari, et quae sunt Dei Deo - “Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21)

Sumário. Para convencer os fariseus da obrigação de pagarem tributo a Cesar, o divino Redentor mostrou-lhes a imagem estampada na moeda com que costumavam pagar o tributo. Lancemos nós também um olhar sobre nós mesmos: consideremos que fomos criados por Deus à sua imagem e semelhança; lembremo-nos mais que no santo batismo nos foi impresso o caráter indelével de discípulos de Jesus Cristo, e facilmente chegaremos a esta bela conclusão: Dai a Deus o que é de Deus.

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Necessidade que temos da intercessão de Maria Santíssima para nossa salvação

Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças

Gens et regnum, quod non servierit tibi, peribit - ““A gente e o reino que te não servir, perecerá” (Is 60, 12)

Sumário. Para a salvação, a graça divina é indispensável. Verdade é que esta graça nos foi merecida por Jesus Cristo, o Medianeiro de justiça; mas a dispensadora da graça é Maria Santíssima, por ser Mãe de Deus. É por isso que o demônio tanto esforço faz para arrancar da alma a devoção à Santa Virgem. O espírito maligno sabe que obstruído este canal de graças, tudo está perdido. Examinemo-nos, pois, se temos devoção verdadeira à divina Mãe e, descobrindo que nos temos relaxado, retomemos o nosso primeiro fervor.

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Sobre a conversão

O Sermão da Montanha (Carl Heinrich) Por Dom Henrique Soares da Costa Segundo os Evangelhos, Jesus nosso Senhor anunciou e trouxe a este mundo o Reinado do Pai, convidando Seus ouvintes à conversão. Esta, a conversão, é uma ideia central do cristianismo. Mas, que significa, realmente, converter-se? Mudar de rumo, mudar de atitude, de modo de ver, sentir, pensar, agir... Mas, gostaria de colocar outra questão: Qual o critério da conversão? Em outras palavras: se para alguém converter-se, deve mudar de uma atitude para outra, qual o critério de tal mudança? Como saber o que mudar e para qual direção apontar? Uma vez mais: qual o critério?

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Quinta palavra de Jesus Cristo na Cruz

Quinta Palavra de Jesus na Cruz: Tenho Sede

Sciens Jesus quia omnia consummata sunt, ut consummaretur Scriptura, dixit: Sitio - “Sabendo Jesus que tudo estava cumprido, para se cumprir ainda a escritura, disse: Tenho sede” (Jo 19, 28)

Sumário. É dupla a sede que sofre Jesus moribundo: a sede corporal, causada pelo cansaço das caminhadas, pela tristeza interior e pelo muito sangue derramado. Outra sede espiritual, isso é, o desejo da salvação eterna de todos os homens, que O faz anelar maiores tormentos, se for preciso. Ah! Se nos lembrássemos sempre desta dúplice sede do Senhor, não procuraríamos delicadezas supérfluas e esforçar-nos-íamos por reconduzir as almas a Deus. Longe de nos queixarmos das tribulações, desejá-las-íamos maiores por amor de Jesus Cristo.

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Felicidade dos religiosos em morarem junto com Jesus no Santíssimo Sacramento

Adoração Eucarística por uma Irmã Religiosa

Beati qui habitant in domo tua, Domine; in saecula saeculorum laudabunt te - “Bem-aventurados, Senhor, os que moram em tua casa; pelos séculos te louvarão” (Sl 83, 5)

Sumário. Se os mundanos estimam tanto serem chamados pelos reis para habitarem nos seus palácios, quanto mais os religiosos devem estimar o habitarem continuamente com o Rei do céu em sua casa? Meu irmão, já estás morando muito tempo com Jesus Cristo debaixo do mesmo teto; mas que fruto tiraste até agora de sua presença?... Procura ao menos aproveitá-la para o futuro, demorando-te o mais possível a seus pés, expandindo ali os teus afetos, as tuas aflições, os teus desejos de amá-Lo de todo o coração e de O contemplar um dia no céu.

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O Grande Segredo da Morte

Eis o segredo da morte: tudo não passa de fumaça, lodo e miséria

O mors, bonum est iudicium tuum homini indigenti - “Ó morte, é bom o teu juízo para o homem necessitado” (Eclo 41, 3)

Sumário. Durante a vida, as paixões fazem que os bens terrestres pareçam de modo muito diferente do que são; a morte, porém, mostra-os na sua verdade: fumaça, lodo e miséria. Meu Deus! Para que servirão as riquezas, quando não nos restar senão uma simples mortalha? Para que servirão honras e dignidades, quando não tivermos nada senão um cortejo fúnebre? Para que servirá a beleza do corpo, quando nada mais nos ficar senão vermes e podridão? Que grande segredo é o da morte! Como seria bem regrada a nossa vida se o soubéssemos aproveitar bem!

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Ele em tudo, Ele é tudo!

São Paulino de Nola

Das Cartas de São Paulino de Nola (355-431), bispo

Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1,8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (2Ts 1,10; Sl 67,36). Em Abel foi assassinado pelo irmão; em Noé foi ridicularizado pelo filho; em Abraão conheceu o exílio; em Isaac foi oferecido em sacrifício; em Jacó foi reduzido a servo; em José foi vendido; em Moisés foi abandonado e rejeitado; nos profetas foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires foi torturado e assassinado.

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Fins da Oração Mental

"Quem reza se salva, quem não reza se condena" (Santo Afonso)
"Quem reza se salva, quem não reza se condena" (Santo Afonso)

In meditatione mea exardescet ignis - “Na minha meditação se acenderá o fogo” (Sl 38, 4)

Sumário. Para fazer bem a oração mental e tirar proveito dela, é preciso conhecer os seus fins, que são principalmente três: primeiro, a união mais íntima com Deus; segundo, a obtenção das graças necessárias; terceiro, o conhecimento da Santíssima vontade de Deus e a força para executá-la plenamente. Enganam-se, pois, aqueles que deixam de fazer meditação, porque nela não acham consolações ou doçuras. Lembremo-nos bem, que o que não faz oração mental, dificilmente perseverará na graça de Deus e dificilmente se salva.

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