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Author page: Gabriel

Maria Santíssima, modelo de Oração

Maria, modelo de Oração

Oportet semper orare et non deficere - “Importa orar sempre e não cessar de o fazer” (Lc 18, 1)

Sumário. Desde o instante em que a Santíssima Virgem recebeu a vida, e com esta o uso perfeito da razão, começou também a orar e nunca mais deixou de orar até ao seu último suspiro. Se Maria, tão santa e imaculada, foi tão amante da oração, quanto mais nós a devemos amar, que estamos tão propensos ao mal e temos inimigos tão fortes que combater? À imitação de nossa querida Mãe, habitemos com os nossos afetos no céu, nunca percamos de vista a eternidade e seja a oração o nosso único ornato.

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Sexta palavra de Jesus Cristo na Cruz

"Tudo está consumado" - Sexta palavra de Jesus na Cruz

Cum ergo accepisset Jesus acetum, dixit: Consummatum est - “Jesus, havendo tomado o vinagre, disse: Tudo está consumado” (Jo 9, 30)

Sumário. Consideremos como Jesus moribundo, antes de expirar, percorreu em espírito toda a sua vida. Viu todos os seus trabalhos penosos, as suas dores, as ignomínias suportadas e tudo isso ofereceu-o de novo a seu eterno Pai para a salvação do mundo. Em seguida, virando-se para nós, disse: Tudo está consumado. — Foi como se dissesse: “Ó homens, nada mais tenho a fazer para ser amado por vós; tempo é que afinal resolvais amar-me.” Amemos, portanto, a Jesus e provemos-Lhe nosso amor fazendo e sofrendo alguma coisa por seu amor, assim como Ele fez e sofreu tanto por nosso amor.

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Vida infeliz dos pecadores e vida ditosa do que ama a Deus

"Meu Deus, meu tudo!" (São Francisco de Assis)
"Meu Deus, meu tudo!" (São Francisco de Assis)

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXI

Non est pax impiis, dicit Dominus - "Não há paz para os ímpios, disse o Senhor" (Is 58, 24)

Pax multa diligentibus legem tuam - "Muita paz para os que amam tua lei" (Sl 118, 65)

PONTO I

Nesta vida, todos os homens se esforçam para conseguir a paz. Trabalham o comerciante, o soldado, o advogado, porque pensam que, realizando tal negócio, obtendo tal promoção, ganhando tal demanda, alcançarão os favores da fortuna e poderão gozar da paz. Mas, ó pobres mundanos, que procurais a paz no mundo, que não a pode dar! Deus somente no-la pode dar. Dá a teus servos, — diz a Igreja em suas preces, — aquela paz que o mundo não pode dar. Não, não pode o mundo com todos os seus bens satisfazer o coração humano, porque o homem não foi criado para essa espécie de bens, mas unicamente para Deus; de modo que somente em Deus pode encontrar felicidade e repouso. O ser irracional, criado para gozos materiais, procura e encontra a paz nos bens terrestres. Dai a um jumento um feixe de capim, dai a um cão um pedaço de carne, e ficarão satisfeitos, sem desejar mais coisa alguma. Mas a alma, criada para amar a Deus e unir-se a ele, não encontra paz nos deleites sensuais; só Deus a pode fazer plenamente feliz. Aquele rico de que fala São Lucas tinha obtido de seus campos abundantíssima colheita, e dizia de si para consigo:
“Minha alma, agora possuis bens abundantes, armazenados para muitos anos; descansa, come, bebe...” (Lc 12,19)
Mas este rico infeliz foi chamado louco, e com toda a razão, diz São Basílio.
“Desgraçado — exclama o Santo. Acaso, te equiparas a um animal e pretendes contentar tua alma com beber e comer e com os deleites sensuais?"

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O que tenha de fazer a alma na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento

Santo Sacramento de Amor

Delectare in Domino, et dabit tibi petitiones cordis tui - “Deleita-te no Senhor, e te outorgará as petições do teu coração” (Sl 36, 4)

Sumário. Estas palavras ensinam-nos como temos de nos haver na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Diante do tabernáculo, agradeçamos ao Senhor os muitos benefícios que nos fez, especialmente o querer Ele ficar conosco sobre o altar; amemo-Lo com todas as nossas forças e ofereçamo-nos a Ele sem reserva. Afinal supliquemos a Jesus Cristo as graças de que necessitamos, principalmente o aumento do amor e a união à sua vontade divina. Oh! Se nós soubéssemos aproveitar bem da companhia de nosso divino amante, em breve seríamos todos santos.

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Loucura do Pecador

Soberba, mosaico da Basílica de Notre Dame
Soberba, mosaico da Basílica de Notre Dame

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XX

Sapientia enim hujus mundi stultitta est apud Deum - "A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus" (1 Cor 3, 19)

PONTO I

O bem-aventurado João d’Ávila dizia que neste mundo deveria haver dois grandes cárceres: um para aqueles que não têm fé, e outro para aqueles que, tendo-a, vivem em pecado e afastados de Deus. A estes, acrescentava, conviria o hospício de loucos. Mas a maior desdita destes miseráveis consiste em que, não obstante sua cegueira e insensatez, julgam ser sábios e prudentes. E pior é que seu número é infinito (Ecl 1,15). Há quem enlouqueça pelas honras; outros, pelos prazeres; não poucos, pelas futilidades da terra. E se atrevem a considerar loucos os santos, que desprezam os bens mesquinhos do mundo para conquistar a salvação eterna e o Sumo Bem, que é Deus. A seus olhos é loucura sofrer desprezos e perdoar ofensas; loucura, o privar-se dos prazeres sensuais e preferir a mortificação; loucura, renunciar às honras e às riquezas, e amar a solidão, a vida humilde e oculta. Não consideram, no entanto, que a essa sua sabedoria mundana Deus chama necessidade:
“A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1Cor 3,19)
Ah!... Virá o dia em que confessarão e reconhecerão a sua demência... Quando, porém? Quando já não houver remédio possível e tenham que exclamar desesperados: “Desgraçados de nós, que reputávamos loucura a vida dos santos! Agora compreendemos que os loucos fomos nós. Eles já se contam no número feliz dos filhos de Deus e compartilham a sorte dos bem-aventurados, que durará eternamente e os fará felizes para sempre... ao passo que nós ficamos escravos do demônio, condenados a arder neste cárcere de tormentos por toda a eternidade!... Enganamo-nos, pois, querendo cerrar os olhos à luz divina (Sb 5,6), e nossa maior desventura é sabermos que o nosso erro não tem nem terá remédio enquanto Deus for Deus.

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Para a Salvação é necessário o sacrifício da vontade própria

Sacrifício de Isaac (Caravaggio)
Sacrifício de Isaac (Caravaggio)

Qui facit voluntatem Patris mei, qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum - “O que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse entrará no reino dos céus” (Mt 7, 10)

Sumário. O que faz a vontade de Deus, entrará no céu; o que não a faz, não entrará. Se portanto quisermos ser salvos, renunciemos à nossa vontade própria, e entregando-a sem reserva a Deus, digamos frequentes vezes cada dia: Senhor, ensinai-me a cumprir a vossa vontade santíssima; protesto não querer senão o que quereis Vós. Para que estejamos sempre dispostos a cumprir a vontade divina, é utilíssimo que desde de manhã nos representemos as contrariedades que nos possam suceder durante o dia.

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Do bem inefável que é a graça divina e do grande mal que é a inimizade com Deus

"Caríssimos, não descuidemos de nossa salvação. Sabei que se alguém se entrega a Deus de todo o coração, Deus tem piedade dele e lhe concede o Espírito de conversão." (Santo Antônio Abade)
"Caríssimos, não descuidemos de nossa salvação. Sabei que se alguém se entrega a Deus de todo o coração, Deus tem piedade dele e lhe concede o Espírito de conversão." (Santo Antônio Abade)

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XIX

Nescit homo pretium ejus - "Não compreende o homem o seu preço" (Jo 28, 13)

PONTO I

Diz o Senhor que aquele que sabe distinguir o precioso do vil é semelhante a Deus, que reprova o mal e escolhe o bem (Jr 15,19). Vejamos quão grande é a graça divina, e que mal mesmo é a inimizade com Deus. Os homens não conhecem o valor da graça divina (Jo 28,13). Por isso é que trocam por ninharia, um fumo sutil, um punhado de terra, um deleite irracional. E, todavia, ela é um tesouro de valor infinito, que nos torna dignos da amizade de Deus (Sb 7,14); de modo que a alma no estado da graça é amiga do Senhor. Os pagãos, privados da luz da fé, julgavam impossível que a criatura pudesse manter relações de amizade com Deus; e, falando segundo o ditame de seu coração, não deixavam de ter razão, pois que a amizade — conforme diz São Jerônimo — torna os amigos iguais. Deus, contudo, declarou repetidas vezes que, por meio de sua graça, podemos tornar-nos seus amigos se observarmos e cumprirmos sua lei (Jo 15,14). Exclama São Gregório:
“Ó bondade de Deus! Não merecemos sequer ser chamados servos seus, e ele se digna chamar-nos seus amigos”.
Quanto se julgaria feliz aquele que tivesse a dita de ser amigo de seu rei! Mas, se a um vassalo fora temeridade pretender a amizade de seu príncipe, não obsta que uma alma aspire à amizade de Deus. Refere Santo Agostinho que, achando-se dois cortesãos num mosteiro, um deles começou a ler a vida de Santo Antônio Abade e, à medida em que ia lendo, seu coração se desprendia de tal modo dos afetos mundanos, que falou a seu companheiro nestes termos:
“Amigo, que é que procuramos?... Servindo ao imperador, que mais poderemos pretender do que conseguir sua amizade? E, mesmo que a tanto chegássemos, exporíamos a grande perigo a salvação eterna. Com grande dificuldade lograríamos ser amigos de César, enquanto desde já, se o quiser, posso ser amigo de Deus”.

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Em que consiste a felicidade dos bem-aventurados no céu

Entrada do Céu

Intra in gaudium Domini tui - “Entra no gozo de teu Senhor” (Mt 25, 21)

Sumário. Os bem-aventurados contemplando a Deus face a face e conhecendo as suas infinitas perfeições, amam-No imensamente mais que a si próprios e não desejam outra coisa senão verem-No feliz. Sabendo, além disso, que o seu Senhor goza e gozará eternamente uma felicidade infinita, acham nisto a sua complacência e o seu gozo e é este gozo de Deus que constitui o seu verdadeiro paraíso. Habituemo-nos a fazer muitas vezes atos de amor perfeito a Deus, alegremo-nos com o Senhor pela sua felicidade infinita, e assim começaremos a exercer na terra o ofício dos bem-aventurados no céu.

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Remorso do condenado por causa do bem que perdeu

Desespero (pintura de Vitoria Duarte)
Desespero (pintura de Vitoria Duarte)

Perditio tua, Israel; tantummodo in me auxilium tuum - “A tua perdição, ó Israel, toda vem de ti; só em mim está o teu auxílio” (Os 13, 9)

Sumário. O que mais atormenta o réprobo no inferno é o ver que perdeu o céu e o Bem supremo, que é Deus; e perdeu-O não por qualquer acidente ou por malevolência d´outrem, mas por sua própria culpa. Meu irmão, se no passado nós também tivemos a insensatez de renunciar por malícia própria ao paraíso, remediemo-lo enquanto houver tempo, antes que tenhamos de chorar eternamente a nossa desgraça. Talvez seja este o último apelo que Deus nos dirige.

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O tributo de Cesar e a obrigação de amar a Deus

Fidelidade à Deus: dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus

22º Domingo depois de Pentecostes

Reddite quae sunt Caesaris Caesari, et quae sunt Dei Deo - “Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21)

Sumário. Para convencer os fariseus da obrigação de pagarem tributo a Cesar, o divino Redentor mostrou-lhes a imagem estampada na moeda com que costumavam pagar o tributo. Lancemos nós também um olhar sobre nós mesmos: consideremos que fomos criados por Deus à sua imagem e semelhança; lembremo-nos mais que no santo batismo nos foi impresso o caráter indelével de discípulos de Jesus Cristo, e facilmente chegaremos a esta bela conclusão: Dai a Deus o que é de Deus.

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