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Author page: Gabriel

O que faz o réprobo no Inferno

O réprobo no inferno, vendo-se oprimido pelos seus tormentos inefáveis e desesperando de jamais remediar os seus males, será devorado por um ódio contínuo de Deus e amaldiçoará todos os benefícios que dele recebeu

Peccator videbit et irascetur, dentibus suis fremet et tabescet; desiderium peccatorum peribit - “Vê-lo-á o pecador e se indignará; rangerá os dentes e se consumirá; o desejo dos pecadores perecerá” (Sl 111, 10)

Sumário. O réprobo no inferno, vendo-se oprimido pelos seus tormentos inefáveis e desesperando de jamais remediar os seus males, será devorado por um ódio contínuo de Deus e amaldiçoará todos os benefícios que dele recebeu. Assim como amaldiçoa a Deus, amaldiçoará também todos os Anjos e Santos, e especialmente à divina Mãe, cuja intercessão não quis aproveitar. Ah, meu Jesus! Seja cortada antes a minha língua; protesto que nunca Vos quero amaldiçoar, mas sim louvar-Vos para sempre no paraíso.

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Da glória

Glória da Santíssima Trindade

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CONSIDERAÇÃO XXIX

Tristitia vestra vertetur in gaudium - "Vossa tristeza há de converter-se em alegria" (Jo 16, 20)

PONTO I

Procuremos sofrer com paciência as aflições da vida presente, oferecendo-as a Deus, em união com as dores que Jesus Cristo sofreu por nosso amor e alentando-nos com a esperança da glória. Esses trabalhos, penas, angústias, perseguições e temores hão de acabar um dia e, se nos salvarmos, serão para nós motivos de gozo e alegria inefável no reino dos bem-aventurados. É o próprio Senhor que nos anima e consola:
“Vossa tristeza há de converter-se em alegria” (Jo 16,20)
Meditemos, portanto, sobre a felicidade da glória... Mas que diremos desta felicidade, quando nem os Santos mais inspirados souberam dar uma ideia acertada das delícias que Deus reserva aos que o amam?... David apenas soube dizer que a glória é o bem infinitamente desejável... (Sl 83,2). E tu, insigne São Paulo, que tiveste a dita de ser arrebatado ao céu, dize-nos alguma coisa ao menos do que viste ali!... Não, — respondeu o grande Apóstolo, — o que vi não é possível exprimir. Tão sublimes são as delícias da glória, que não pode compreendê-las quem não as desfruta (2Cor 12,9). Tudo o que posso dizer, é que ninguém nesta terra viu, nem ouviu, nem compreendeu as belezas, as harmonias e os prazeres que Deus preparou para aqueles que o amam (1Cor 2,9).

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É preciso estarmos sempre prontos para morrer

São Francisco de Assis
São Francisco de Assis

Et vos estote parati; quia, qua hora non putatis, Filius hominis veniet - “Vós outros, pois, estai preparados; porque na hora em que menos cuideis, virá o Filho do homem” (Lc 12, 40)

Sumário. Não nos diz o Senhor que nos preparemos quando chegue a morte, mas que estejamos preparados. Porque, como ensina a fé e a razão confirma, na perturbação e confusão da morte será quase impossível por em ordem uma consciência perturbada. Quantos pensavam que se poderiam converter nesse momento e estão agora ardendo no inferno? Dize-me, meu irmão: se a morte te viesse surpreender na primeira noite, estarias bem preparado? Procura fazer agora o que então quiseras ter feito.

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A Intolerância Católica

Cardeal Pie

LOUIS-ÉDOUARD CARDEAL PIE

Bispo de Poitiers

Sermão pregado na Catedral de Chartres (excertos); 1841

Meus irmãos (...), Nosso século clama: “tolerância, tolerância”. Tem-se como certo que um padre deve ser tolerante, que a religião deve ser tolerante. Meus irmãos, não há nada que valha mais que a franqueza, e eu aqui estou para vos dizer, sem disfarce, que no mundo inteiro só existe uma sociedade que possui a verdade e que esta sociedade deve ser necessariamente intolerante. Mas antes de entrar no mérito, distinguindo as coisas, convenhamos sobre o sentido das palavras para bem nos entendermos. Assim não nos confundiremos. A tolerância pode ser civil ou teológica. A primeira não nos diz respeito, e não darei senão uma pequena palavra sobre ela: se a lei tolerante quer dizer que a sociedade permite todas as religiões porque, a seus olhos, elas são todas igualmente boas ou porque as autoridades se consideram incompetentes para tomar partido neste assunto, tal lei é ímpia e ateia. Ela exprime não a tolerância civil como a seguir indicaremos, mas a tolerância dogmática que, por uma neutralidade criminosa, justifica nos indivíduos a mais absoluta indiferença religiosa. Ao contrário, se, reconhecendo que uma só religião é boa, a lei suporta e permite que as demais possam exercer-se por amor à tranquilidade pública, esta lei poderá ser sábia e necessária se assim o pedirem as circunstâncias, como outros observaram antes de mim (...).

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Remorsos do condenado

Remorso

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CONSIDERAÇÃO XXVIII

Vermis eorum non moritur - "O seu verme não morre" (Mc 9, 47)

PONTO I

Este verme que não morre nunca significa, segundo São Tomás, o remorso de consciência dos réprobos, o qual há de atormentá-los eternamente no inferno. Muitos serão os remorsos com que a consciência roerá o coração dos condenados. Mas há três que principalmente os atormentarão, a saber: o pensar no nada das coisas pelo qual o réprobo se condenou, no pouco que tinha a fazer para salvar-se e no grande Bem que perdeu. Depois que Esaú tinha comido o prato de lentilhas, preço do seu direito de primogenitura, ficou tão magoado por ter consentido na perda que, conforme a Escritura, pôs-se a rugir... (Gn 27,34). Que gemidos e clamores soltarão os réprobos ao ponderar que, por prazeres fugidios e envenenados, perderam um reino eterno de felicidade, e se veem condenados para sempre a contínua e interminável morte! Chorarão mais amargamente que Jônatas, sentenciado a morrer por ordem de Saul, seu pai, sem ter cometido outro delito do que provar um pouco de mel (1Rs 14,43). Que pesar sofrerá o condenado ao recordar-se da causa de sua ruína!... Sonho de um instante nos parece nossa vida passada. O que hão de parecer ao réprobo os cinquenta ou sessenta anos de sua vida terrena, quando se encontra na eternidade, onde, depois de terem decorrido cem ou mil milhões de anos, vir que então aquela sua vida está começando? E, além disso, os cinquenta anos de vida na terra são, acaso, cinquenta anos de prazer? O pecador que vive sem Deus goza sempre de doçuras em seu pecado? Um momento só dura o prazer culpável; no demais, para quem vive separado de Deus, é tempo de penas e aflições... Que serão, portanto, para o infeliz réprobo esses breves momentos de deleite? Que lhe parecerá, particularmente, o último pecado pelo qual se condenou?...
“Por um vil prazer que durou apenas um instante e que como o fumo se dissipou, exclamará, hei de arder nestas chamas, desesperado e abandonado, enquanto Deus for Deus, por toda a eternidade!”

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Loucura dos Pecadores

Esta vida é passageira, loucura ganharmos esta vida sendo que por Deus fomos criados e para Ele devemos retornar

Melior est puer pauper et sapiens rege sene et stulto, qui nescit praevidere in posterum - “Melhor é um moço pobre e sábio, do que um rei velho e insensato, que não sabe prever nada para o futuro” (Ecl 4, 13)

Sumário. Pobres pecadores! Trabalham, afadigam-se para adquirir as ciências humanas ou a arte de granjearem os bens da vida presente, que em breve acaba, e não cuidam dos bens da outra vida, que nunca termina; ou, antes, renunciam a eles por uma satisfação passageira. Não sejamos tão loucos. Lembremo-nos que o Senhor nos pôs neste mundo tão somente para merecermos a vida eterna, e digamos muitas vezes conosco: Para que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a alma? Perdida a alma, tudo está perdido.

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A barca na tempestade e o grande meio para não naufragar

Cristo e os Discípulos na Tempestade

4º Domingo que sobrou depois da Epifania

Accesserunt ad eum discipuli eius, et suscitaverunt eum dicentes: Domine, salva nos, perimus - “Chegaram-se (a Jesus) os seus discípulos, e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, perecemos” (Mt 8, 25)

Sumário. Pela barca do Evangelho é figurada a nossa alma, que continuamente está em perigo pelas tempestades que contra ela levantam seus inimigos espirituais. O meio principal para sermos vencedores é o de que se serviram os apóstolos; isto é, recorrermos a nosso Mestre e dizer-lhe: Senhor, salvai-nos, porque, se não, perecemos. Ao mesmo tempo, porém, devemos fazer o que está ao nosso alcance; especialmente confessarmo-nos com frequência, fugirmos das ocasiões perigosas, e reprimirmos as paixões desde que comecem a mostrar-se.

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Da eternidade do Inferno

Assim como o sal conserva o alimento, o fogo do inferno não só atormenta os condenados, mas, ao mesmo tempo, tem a propriedade do sal, conservando-lhes a vida.

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CONSIDERAÇÃO XXVII

Et ibunt hi in supplicium aeternum - "E estes irão para o suplício eterno" (Mt 25, 46)

PONTO I

Se o inferno não fosse eterno, não seria inferno. A pena que dura pouco, não é grande pena. Se a um doente se rompe um abscesso ou queima uma ferida, não deixará de sentir dor vivíssima; como, porém, esta dor passa em breve não se pode considerá-la como tormento grave. Seria, porém, grande suplício, se a intervenção cirúrgica perdurasse semanas ou meses. Quando a dor é intensa, ainda que seja breve, torna-se insuportável. E não apenas as dores, até os prazeres e as diversões, prolongando-se em demasia, um teatro, um concerto, continuando, sem interrupção, durante muitas horas, causaria tédio insofrível. E se durassem um mês, um ano? Que será, pois, no inferno, onde não é música, nem teatro que sempre se ouve, nem leve dor que se padece, nem ligeira ferida ou superficial queimadura de ferro candente que atormenta, mas o conjunto de todos os males, de todas as dores não em tempo limitado, mas por toda a eternidade? (Ap 20,10). Esta eternidade é de fé; não é simples opinião, mas sim verdade revelada por Deus em muitos lugares da Sagrada Escritura.
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno. — E irão estes ao suplício eterno. — Pagarão a pena de eterna perdição. Todos serão assolados pelo fogo” (Mt 25,41.46; 2Ts 1,8; Mc 9,48)
Assim como o sal conserva o alimento, o fogo do inferno não só atormenta os condenados, mas, ao mesmo tempo, tem a propriedade do sal, conservando-lhes a vida.
“Ali o fogo consome de tal modo — disse São Bernardo — que conserva sempre”.

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Das penas do inferno

A queda do Pecador (Peter Paul Rubens, por votla de 1620)
A queda do Pecador (Peter Paul Rubens, por votla de 1620)

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CONSIDERAÇÃO XXVI

Et ibunt in supplicium aeternum - "E irão estes ao suplício eterno" (Mt 25, 46)

PONTO I

O pecador comete dois males quando peca: aparta-se de Deus, Sumo Bem, e se entrega às criaturas.
“Dois males fez meu povo: abandonaram-me a mim, que sou fonte de água viva, e cavaram para si cisternas rotas, que não podem reter a água” (Jr 2,13)
Em vista de o pecador se ter dado às criaturas com ofensa a Deus, será justamente atormentado no inferno por essas mesmas criaturas, pelo fogo e pelos demônios: esta é a pena do sentido. Como, porém, sua maior culpa, na qual consiste a maldade do pecado, é a separação de Deus, o maior suplício do inferno é a pena do dano ou da privação da visão de Deus, perda irreparável. Consideremos, em primeiro lugar, a pena do sentido. É de fé que existe inferno. No centro da terra se encontra esse cárcere, destinado ao castigo dos que se revoltaram contra Deus.

Que é, pois, o inferno?

O lugar de tormentos (Lc 16,28), como o chamou o mau rico; lugar de tormentos, onde todos os sentidos e todas as faculdades do condenado hão de ter o seu castigo próprio, e onde aquele sentido que mais tiver servido para ofender a Deus mais acentuadamente será atormentado (Sb 11,17; Ap 18,7). A vista padecerá o tormento das trevas (Jó 10,21). Digno de profunda compaixão seria um infeliz encerrado em tenebroso e acanhado calabouço, durante quarenta ou cinquenta anos de sua vida. Pois o inferno é cárcere fechado por completo e escuro, onde nunca penetrará raio de sol nem qualquer outra luz (Sl 48,20). O fogo que aqui na terra ilumina, não será luminoso no inferno.

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Prática da Devoção à Maria Santíssima

Maria, Mãe de Deus

Venerunt mihi omnia bona pariter cum illa - “Todos os bens me vieram juntamente com ela” (Sb 7, 11)

Sumário. Para que os nossos obséquios agradem à Mãe de Deus e nos façam dignos de seu patrocínio, duas coisas são necessárias: primeiro, devemos tributá-los com coração puro ou ao menos com o desejo de nos emendarmos; segundo, devemos ser constantes. Ah, quantos dos que estão agora no inferno, teriam sido santos, se tivessem perseverado nos seus obséquios à Santa Virgem! Lancemos um olhar sobre nós mesmos. Com que coração oferecemos a Maria as nossas homenagens? Qual é a nossa perseverança em oferecê-las?

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