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Author page: Gabriel

Zelo pela salvação das almas

Meditação para Dia 08 de Março

1. Quanto mais vale a alma do que o corpo, tanto mais o amor verdadeiro olha para o bem espiritual do próximo que para a sua felicidade material. Será suficiente não fazer mal e não matar a ninguém? Se visses alguém submergir nas ondas, quando te fosse possível socorrê-lo, ficarias indiferente? Muitos se perdem, porque, alegando incômodos ou pouca esperança de melhoramento, ninguém lhes mostra o perigo em que estão. O amor verdadeiro achará sempre um acertado meio aconselhado pela prudência e pelo zelo cristão. Não sejas, pois, indiferente quanto ao bem-estar espiritual de teu próximo.

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Encarnação do Verbo

Capítulo VIII

Et verbum caro factum est - "E o Verbo se fez carne" (Jo 1, 14)

Preenchidos eram os tempos, e Deus ia manifestar aos homens toda a plenitude de seu amor, para com eles. O Redentor tanto tempo desejado, tão ardentemente pedido, tão impacientemente esperado; esse Redentor, objeto de tantos votos e suspiros ia aparecer. Tudo era disposto para a encarnação do Verbo. O Anjo Gabriel é enviado à terra pelo Rei dos reis. Com a rapidez do relâmpago corta os ares, dirige-se a uma pequena cidade da Judéia, chamada Nazaré, e com profundo acatamento se apresenta diante de uma donzela pobre e do mundo ignorada; era porém modesta e humilde, era casta e sem mácula; Maria se chamava. Saúda-a, dá-lhe parte da sua embaixada, e pergunta-lhe se consente em ser mãe de Deus.

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O amor ao próximo

Meditação para Dia 07 de Março

1. "Nisto conhecerão todos os que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros". Jesus, prescrevendo o amor ao próximo, acrescenta:
"Assim como eu vos amei, amai-vos também mutuamente"
Ele nos amou sem limites; assumiu nossa culpa e pena, sofrendo e morrendo por nós, prolongou sua vida na terra, por nosso amor, no Santíssimo Sacramento do Altar. Amas assim? Sujeitas-te a sacrifícios por amor do próximo? Amas, como Cristo o quer, a todos? Ou só, como os pagãos, aos que te fazem bem?

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Ardentes desejos dos santos do Antigo Testamento pela vinda do Messias

Capítulo VII

Rorate, coeli, desuper, et nubes pluant Justum; aperlatur terra et germinet Salvatorem. Emitte Agnum Dominatorem terrae. Salutare tuum da nobis - "Derramai, ó céus, o vosso orvalho; nuvens, chovei o Justo; abrase a terra e germine o Salvador" (Is 45, 8). "Eviai-nos, Senhor, o Cordeiro dominador da terra" (Is 36, 1). Dai-nos o Salvador que nos prometestes" (Sl 84, 8)

Depois de haver Deus em sua misericórdia prometido um Salvador ao homem caído no pecado e condenado no inferno, não cessavam de subir ao céu, para apressar a sua vinda, os votos e preces dos santos e profetas do Antigo Testamento.
"Lá do alto desses céus, Senhor, exclamavam, reparai e lançai os vossos olhos sobre vossas miseráveis criaturas; onde está a ternura de vossas entranhas e da vossa misericórdia? Lembrai-vos do que nos aconteceu e das desgraças que vieram sobre a nossa cabeça. Vede o nosso opróbrio, e misérrimo estado a que estamos reduzidos. Escravos nos dominaram e carregaram de cadeias; tornamo-nos o ludíbrio das nossas paixões e os nossos inimigos tomam em divertimento o insultar-nos a nossa fraqueza. Esquecestes-vos para sempre de nós, Senhor, e nunca chegaremos a ver esse libertador tão solenemente prometido! Ah! Nós vos deprecamos, enviai aquele que tendes de enviar. Inclinai os vossos ouvidos e escutai; abri os vossos olhos e reparai em nossa desolação. Ouvi-nos, Senhor; não tardeis a enviar o nosso legislador, em nome da vossa mesma glória vo-lo suplicamos"

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Ventura infinita: amor a Deus!

Meditação para Dia 06 de Março

1. "Como meu Pai me amou, assim vos amei eu. Permanecei no meu amor". Quem jamais apreciará condignamente a permissão de elevar seus olhos ao próprio Deus, de amá-lo, e, o que é mais, de ser mesmo obrigado a amá-lo? Se Deus no-lo não dissesse, como nos atreveríamos a crê-lo? O Criador pede amor à sua criatura! Como compreender este mistério! Já lho agradeceste devidamente? O pensamento nesta sorte inaudita acompanha-te a toda a parte? Aproveitas essa licença, que de ti deve fazer a mais feliz das criaturas?Poder amar a deus, e ser por Ele amado!...

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Jesus Cristo desceu do céu à terra, não por necessidade ou próprio interesse, mas por nosso amor

Capítulo VI

Per viscera misericordiae Dei nostri in quibus visitavit nos oriens ex alto - "Pelas entranhas de misericórdia do nosso Deus: com que lá do alto nos visitou este sol no Oriente" (Lc 1, 78)

Se o filho de Deus desceu do céu à terra para remir-nos, nem a necessidade, nem o próprio interesse o impeliu, que sua glória e felicidade são de todo independentes, não do homem somente, mas ainda de todas as criaturas. "Ele é o Senhor", diz o Salmista, "e não precisa dos nossos bens". Quem o forçou a vir foram as entranhas da sua misericórdia, foi a compaixão das nossas misérias, foi o desejo de nos querer provar seu amor, trazendo um remédio eficaz para todos os males. E é isto o que canta a Santa Igreja, ao oferecer o Santo Sacrifício, dizendo:

"Jesus Cristo desceu do céu por nós outros e por nossa salvação"

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Sê Humilde

Meditação para Dia 05 de Março

1. "E suscitou-se entre eles a questão sobre qual deles se devia reputar o maior". Que inconstância! Apenas os apóstolos souberam da triste sorte de seu divino Mestre, com ingratidão deplorável falam da sucessão. Uma virtude, que mostra tão pouca firmeza, não é sólida. Não confies em ti, se até os apóstolos se mostraram tão fracos. Seu Mestre era o mais humilde. Esquecendo, porém, seus preceitos, querem saber quem devia ser reputado o maior, não quem realmente perante deus o era. Queres também tu sobressair aos outros? Com prejuízo para tua alma? Que te adiantará na eternidade?

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Meditação para o I Domingo da Quaresma

Por Dom Henrique Soares Logo no início deste santo caminho para a Páscoa, a Palavra de Deus nos desvenda dois mistérios tremendos: o mistério da piedade e o mistério da iniquidade! Esses dois mistérios atravessam a história humana e se interpenetram misteriosamente; dois mistérios que nos atingem e marcam nossa vida, e esperam nossa decisão, nossa atitude, nossa escolha! Um é mistério de Vida; o outro, mistério de Morte. Comecemos pelo mistério da iniquidade:

“O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”

Eis! A vida que vivemos, a vida da humanidade é uma vida de morte, ferida por tantas contradições, por tantas ameaças físicas, psíquicas, morais... Viver tornou-se uma luta e, se é verdade que a vida vale a pena de ser vivida, não é menos verdade que ela também tem muito de peso, de dor, de pranto, de fardo danado.

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Deus Pai enviou à terra seu Filho para nos restituir a vida que pelo pecado perderíamos

Capítulo V

In hoc apparuit caritas Dei in nobis quoniam Filium suum unigenitum misit Deus in mundum, ut vivamos per eum - "Nisto é que se manifestou a caridade de Deus para conosco, em que Deus enviou a seu Filho unigênito ao mundo, para que nós vivamos por ele" (1 Jo 4, 9)

Mortos estavam pelo pecado todos os homens, e neste estado de morte permaneceriam, se não houvera o Pai Eterno enviado a seu Filho único, que pelo derramamento de seu sangue os chamasse à vida. Ó prodígio! Um Deus morrer pelo homem! Um Deus!!! E que é o homem? O seráfico São Boaventura, ao meditar neste mistério de amor bradava:
"Ó bom Jesus! Que fizeste? Para que me amastes tanto? Para que, Senhor, para que, Jesus meu? Que achastes vós em mim que tanto amor vos inspirou? Porque quisestes morrer por mim? Quem sou eu para comprardes a minha alma por preço tão elevado?"

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A primeira Comunhão indigna

Meditação para Dia 04 de Março

1. a) "Sou eu?" perguntou, na última ceia, o traidor a Jesus, e este respondeu, com toda a mansidão: "Tu o disseste". Que cena, a verificação do traidor, na mesma ocasião em que os apóstolos pela primeira vez comungaram! Imitas o exemplo de Jesus, que fala com ternura aos próprios inimigos? Que os ama? b) O infeliz Judas sacrilegamente recebe a Santa Comunhão. Dado um passo na estrada do pecado, seguem outros. Que incompreensível bondade e paciência a de Jesus, que nem agora se esgota! Com quanta ingratidão viu Jesus pago, desde a instituição, o sacramento do seu amor!

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