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Author page: Gabriel

A Transfiguração de Jesus

Meditação para o Dia 10 de Novembro

1. a) Em alto monte Jesus transfigurou-se diante de São Pedro, Tiago e João. Os mesmos que tinham que vê-Lo depois em Sua humilhação, viram-no agora em Sua glória, sendo assim confirmados na fé. Os demais apóstolos não murmuraram contra a preferência dos três. Segues este exemplo ao notares em outros mais ricos dons corporais e espirituais? b) A transfiguração não se deu em centro populoso. Assim encontrarás graças maiores só quando te afastares do mundo e de seus cuidados, concentrando-te em ti e meditando sobre o estado de tua alma e as providências a tomar.

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Renunciar a Si Mesmo

Meditação para o Dia 09 de Novembro

1. "Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si próprio". Ninguém é forçado, mas também ninguém é excluído de seguir a Jesus. Para segui-Lo de fato, é necessário querer seriamente; o mero desejo é de todo insuficiente. Deves renunciar não só às coisas ilícitas e perigosas, mas também ao próprio juízo, às desordenadas inclinações e à própria vontade. É este o primeiro passo para a perfeição. Já avançaste um pouco?

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Os Esquecidos

A Morte: como são esquecidas as almas!

Como são Esquecidos os Mortos!

Meditação para o dia 09 de Novembro

Santo Agostinho se queixava de que os mortos são muito esquecidos. Realmente. Vai-se logo a memória dos defuntos com os últimos dobres do sino e as derradeiras flores lançadas sobre a sepultura. Quando morremos, partimos para aquela região que a Escritura chama terra oblivionis — a terra do esquecimento. Não tenhamos muita vaidade nem ilusões. Seremos esquecidos! Quem se lembrará de nós alguns anos após a nossa morte? Talvez uma lembrança vaga, uma evocação de saudade muito apagada. E como somos orgulhosos hoje! Tanto nos fere a mágoa um esquecimento mesmo involuntário! Felizes os que se desiludem e se desapegam das amizades e vanglorias da terra antes que chegue a Mestra e Doutora da Vida — a Morte! Como se compadecem todos dos enfermos! Que carinho e solicitude e mil sacrifícios em torno do leito de um pobre doente que geme! Porém, veio a morte. Pranto, homenagens sentidas, flores, túmulos, necrológios, e... esquecimento. Hoje afastam a ideia da morte como se fôssemos todos imortais. É mister esquecer os defuntos, deixá-los no túmulo, evitar esta preocupação doentia da morte e da eternidade.

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As Alegrias e Consolações do Purgatório

Tormentos e Alegrias das Almas do Purgatório

Tormento e Felicidade

Meditação para o dia 08 de Novembro

Então há no purgatório alegrias e consolações? É possível que em meio de tanta dor, de tão horríveis suplícios como os da pena do dano e do fogo, haja ainda um raio de luz, uma alegria, uma consolação para as pobres almas? Sim, porque o purgatório é a pátria da justiça rigorosa, mas o é também da infinita misericórdia de Deus. Já não é uma grande misericórdia Deus nos reservar um lugar de expiação além-túmulo? Purificar-nos misericordiosamente para nos tornarmos dignos de sua eterna Presença? Ó, sim, o purgatório é uma misericórdia de Nosso Senhor. E como todas as obras da divina misericórdia, há de ter a unção e a doçura da Eterna Bondade. Quanto nos apavora a Justiça divina naquelas chamas expiadoras e que terror para nossa alma saber o que nos espera depois desta vida! Todavia, console-nos a ideia de que há no purgatório consolações que excedem a todas que possamos ter nesta vida. É um tormento e uma felicidade sem par. Um mistério que nos será desvenda-do mais tarde. Alguns autores insistem muito no sofrimento do purgatório e nada falam das alegrias e consolações. É mister guardar um justo equilíbrio. Nem transformar o purgatório num verdadeiro inferno, nem fazer dele o paraíso. É um lugar de expiação e de tormentos horríveis, não há dúvida, mas há nele a doce esperança da salvação, esperança acompanhada da certeza absoluta de um dia chegar à posse de Deus na Bem-aventurança. E isto não é uma felicidade sem par? Quando São Francisco de Assis soube que era um predestinado e viu garantida por revelação do céu a sua glória, teve uma alegria tão grande, que nenhuma linguagem humana o poderia traduzir. Que não será a alegria das pobres almas na certeza de serem predestinadas?

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Cura de um Cego fora de Betsaida

Meditação para o Dia 08 de Novembro

1. a) "E vieram a Betsaida, e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. E, tomando o cego pela mão, o levou fora da aldeia". Betsaida não mais merecia ser o cenário de um novo milagre, porque, apesar de numerosos milagres, não creu em Jesus. Daí a terrível palavra do Salvador:

"Ai de ti, Betsaida! Que, se em Tiro e Sidônia se tivessem feito as maravilhas que se fizeram em ti, muito tempo há que elas teriam feito penitência em cilício e em cinza"

Qual será tua responsabilidade, visto seres testemunha de inúmeros milagres? b) Ainda assim, Jesus não se negou a fazer o bem e a curar, embora o fizesse fora da aldeia. Quanta bondade!

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Duração do Purgatório

Santa Lutgarda
Santa Lutgarda

Quanto Tempo?

Meditação para o dia 07 de Novembro

Quanto tempo deve ficar uma alma no purgatório? É uma pergunta impossível de responder. Não temos e não podemos ter nenhum argumento ou definição da Igreja e da teologia que nos possa garantir uma resposta certa a esta pergunta. É um mistério e depende muito do modo de encaramos a questão. Bem sabemos que na eternidade não há mais tempo. Tempus jam non erit amplius. Como julgar o tempo em relação à eternidade? E demais, o sofrimento faz maior e mais difícil de passar o tempo entre nós. Quantas vezes um minuto nos custa mais a passar que longas horas? Pois o sofrimento horrível e intenso das pobres almas faz com que os minutos lhes sejam anos e até séculos. Aqui, havemos de fazer como todos os autores que tratam do purgatório: recorrer às revelações particulares. Elas nos esclarecem, e algumas bem provadas e até sujeitas a processos canônicos rigorosos, como as dos Santos canonizados, nos dão uma garantia de que não se tratavam de ilusões ou fantasias mórbidas. Quanto à duração do purgatório, de uma coisa podemos ter certeza, diz-nos Santo Agostinho: é que as penas expiatórias não irão além do último Juízo no fim do mundo (1).

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Bondade de Deus

Meditação para o Dia 07 de Novembro

1. "Tenho compaixão deste povo, porque, olhai: há já três dias que não se apartam de mim e não tem o que comer". Quanto fervor o deste povo! Seguiu a Jesus, apesar do perigo de não poder matar a fome. Não envergonham eles o teu pouco fervor, que julga demais ficar um quarto de hora na companhia de Jesus Sacramentado? Eles não se queixam da falta de viveres e da fome. E tu? Que sofres por amor de teu Deus? E apesar de não fazeres nada por Ele, ou só pouco, pretendes alto galardão no céu?

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O Sofrimento do Purgatório

Sofrimento e Penas do Purgatório

Sofrimento Terrível

Meditação para o dia 06 de Novembro

Exclamava Jó, o profeta, e com ele repetem as santas almas do purgatório: Miseremini mei! Saltem vos amici mei, quia manus Domini tetigit me! — Tende compaixão de mim! Tende compaixão de mim! Ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão de Deus me feriu! Sim, a Justiça de Deus fere as benditas almas para as purificar e santificar e torná-las dignas do esplendor da glória celeste e da visão de Deus. E que sofrimentos incríveis padecem elas! Que fogo devorador! Fogo que acrisola o ouro e prepara os eleitos para a visão divina, a glória eterna! Sofrer é a condição das almas do purgatório. Pertencem elas à Igreja Padecente. Desde que o pecado entrou no mundo, só pela cruz Jesus nos salvou, e só pelo fogo do sofrimento chegamos ao céu. O purgatório foi chamado o oitavo sacramento do fogo. Sacramento da misericórdia na outra vida. As almas do purgatório, diz o Pe. Faber, estão num estado de sofrimento que a nada se pode comparar e nem se pode fazer uma ideia. Segundo Santo Tomás e Santo Agostinho, quanto ao sofrimento, as penas do purgatório são análogas às do inferno.

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Jesus curando o Surdo-Mudo

Meditação para o Dia 06 de Novembro

1. Para curar o surdo-mudo, que lhe trouxeram, Jesus "tomou-o à parte do povo". Para achares a saúde de tua alma, deves seguir este exemplo, afastando-te das distrações humanas. Jesus "lhe meteu os seus dedos nos ouvidos". Fecha assim teus ouvidos às vaidades, abrindo-os à voz e às inspirações de Deus.

"Cuspindo, tocou com a saliva a sua língua"

A graça de Deus e a humildade devem guiar tua língua, preservando-a de palavras injustas, duras, pecaminosas; e fazendo-as falar sinceramente na acusação sacramental.

"E, levantando os olhos ao céu, deu um suspiro"

Oxalá que afastasses também teu olhar, sempre mais e mais, da terra!

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O Purgatório, a Razão e o Coração

Anjo do Senhor libertando uma alma do Purgatório

Razões do Purgatório

Meditação para o dia 05 de Novembro

Qual a razão de ser do purgatório? É o pecado. É o obstáculo que impede a alma de entrar no céu sem estar purificada e digna da visão beatífica. O pecado mortal leva ao inferno. Separa para sempre a alma de Deus. Entretanto, veio o perdão pela infinita misericórdia e o pecador arrependido muda de vida e não mais volta aos seus desvarios. Todavia, não fez a devida penitência, não reparou o seu crime neste mundo por uma penitência. Fica-lhe ainda uma dívida a pagar à Divina Justiça. O pobre pecador culpado de muitas faltas veniais passa desta para outra vida, vai prestar contas a Deus. Aquele Deus de todo santidade, o Santo por excelência, a Justiça mesma, não quer condenar a quem já perdoou, não há de perder quem, embora manchado de leves culpas, de muitas imperfeições, não é todavia inimigo de Deus. Que há de fazer? Levá-lo para o céu, onde nada pode entrar manchado? Impossível! Seria ter uma noção errada da santidade e da infinita pureza de Deus, admitir este absurdo. Condenar às penas eternas quem, embora tivesse pecado, não chegou à culpa mortal e não se separou do Senhor porque não perdeu o estado de graça? Então para onde irá a alma assim manchada e não de todo santa e perfeita para o céu? Eis a razão a nos dizer: há de existir uma purificação além desta vida entre as duas eternidades, um purgatório que nos livre do inferno e que seja o vestíbulo do paraíso, uma expiação necessária para as almas. Pode-se ir para o purgatório por três motivos: primeira, pelos pecados veniais não remidos ou perdoados neste mundo; segundo, pelas inclinações viciosas deixadas em nossa alma pelo hábito do pecado; terceiro, pela pena temporal devida a todo pecado mortal ou venial cometido depois do batismo e não expiado ou expiado insuficientemente nesta vida.

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