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Author page: Gabriel

“Nada Desejar, Nada Pedir, Nada Recusar”

Meditação para o Dia 13 de Março

Quando a alma realizou, com a purificação dos próprios pecados e o gradativo progresso nas virtudes, o que Santo Afonso chama a unificação da própria vontade com a Vontade de Deus, nada mais deseja neste mundo. Ela fica como um lago sereno e sempre tranquilo, onde se espelham o sol da justiça e o céu azul da paz. O coração humano, quando vive longe da Vontade de Deus, é um oceano agitado pelas tempestades de mil desejos. Quem busca essa Santíssima Vontade e sabe querer o que Deus quer, realiza o ideal de abandono, que São Francisco de Sales exprime nestas poucas palavras, as quais, como tantas outras do melífluo doutor, são um programa de perfeição:

“Nada desejar, nada pedir, nada recusar!”

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Você pertence ao Senhor!

Dom Henrique Soares da Costa Reze o Salmo 119/118,1-8 Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 16,18 – 17,20.
8«Estabelecerás juízes e magistrados em todas as cidades que o SENHOR, teu Deus, te der em cada uma das tribos, para que julguem o povo com equidade. 19Não farás vergar a justiça, não farás acepção de pessoas e não aceitarás suborno, pois o suborno cega os olhos dos sábios e perverte a causa do inocente. 20Deves procurar a justiça e só a justiça, se queres conservar em teu poder a terra que o SENHOR, teu Deus, te há-de dar. 21Não plantarás árvores sagradas, de qualquer espécie, ao lado do altar que levantares ao SENHOR, teu Deus. 22Não levantarás estelas, porque o SENHOR, teu Deus, as detesta.»

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Honestidade das Palavras e Respeito que se deve ao Próximo

Parte III Capítulo XXVII

Se alguém não peca por palavras, é um homem perfeito, diz São Tiago. Tem todo o cuidado em não deixar sair de teus lábios alguma palavra desonesta, porque, embora não proceda duma má intenção, os que a escutam a podem interpretar de outra forma. Uma palavra desonesta que penetra num coração frágil estende-se como uma gota de azeite e as vezes toma posse de tal modo dele que o enche de mil pensamentos e tentações sensuais. É ela um veneno do coração, que entra pelo ouvido; e a língua que serve de instrumento a esse fim é culpada de todo o mal que o coração pode vir a sofrer, porque, ainda que neste se achem disposições tão boas que frustrem os efeitos do veneno, a língua desonesta, quanto dela dependia, procurou levar esta alma a perdição. Nem se diga que não se prestou atenção, porque Nosso Senhor disse que a boca fala da abundância do coração. E, mesmo que não se pensasse nada de mal, o espírito maligno o pensa e por meio dessas palavras suscita o sentimento mau nos corações das pessoas que as ouvem.

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Amém! Sempre Amém!

Meditação para o Dia 12 de Março

É fácil e doce rezar o Amém depois das orações. Difícil e duro é, porém, fazê-lo nas amarguras e reveses e mil sofrimentos da vida. É a mais curta das orações, mas, também, a que mais custa rezar! Amém! Assim seja! Veio a doença com todo seu cortejo de dores? Amém! Assim seja! Faça-se a Vossa Vontade, meu Deus! Veio a perseguição? Amém! Assim seja! Uma separação que nos fere tanto e nos é tão penosa? Amém! Assim seja! Golpes da ingratidão, do desprezo, de humilhações? Amém! Assim seja! Visitou-nos a pobreza? Amém! Assim seja! Desolações interiores, trevas em nossas almas, o martírio de tentações pavorosas? Meu Deus! Amém! Assim seja!

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As Conversas e, em primeiro lugar, como se há de falar de Deus

Parte III Capítulo XXVI

Um dos meios mais triviais que tem os médicos para conhecer o estado de saúde de uma pessoa é a inspeção da língua; e eu posso afirmar que as nossas palavras são o indício mais certo do bom ou do mau estado da alma. Nosso Senhor disse:

Por vossas palavras sereis justificados e por vossas palavras sereis condenados

Muitas vezes e espontaneamente movemos a mão para o lugar em que sentimos uma dor e movemos a língua, a todo o amor que sentimos no coração. Se amas a Deus, Filotéia, falarás frequentemente de Deus nas tuas conversas íntimas com as pessoas de casa, com teus amigos e vizinhos:

A boca do justo, diz a Escritura, meditará sabedoria e a sua língua falará prudência.

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Meditação para este IV Domingo da Quaresma

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s)

Caríssimos em Cristo, estas palavras de Isaías dão o tom da liturgia deste Domingo, chamado pela liturgia de Domingo Laetare – Domingo “Alegra-te!”. Não se trata de um “Domingo da Alegria” – isto não existe na Liturgia... Por favor, nunca esqueçamos que a Liturgia não celebra temas, mas eventos salvíficos, acontecimentos realizados pelo Senhor para a nossa salvação! Pois bem, no meio da Quaresma, na metade do caminho para a solene celebração anual da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à uma atitude interior de alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Daí hoje a cor rosa e até mesmo as flores na igreja. “Alegra-te, Jerusalém!” – Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós... Alegremo-nos, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!

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Bom Sinal

Meditação para o Dia 11 de Março

Bom sinal nas obras de Deus é o sinal da Cruz. Basta dizer que é este o sinal do cristão. Não o aprendemos na primeira lição do catecismo? Para se conhecer se uma obra é verdadeiramente de Deus, é mister verificar se traz o selo da contradição, das perseguições, dos reveses. Carta sem selo não segue ou chega com multa ao destino. Nossa alma também não chegará ao seu destino, à Bem-aventurança, à posse de Deus sem que esteja selada pela penitência ou pela inocência.

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As Festas Litúrgicas e o Povo de Deus

Dom Henrique Soares da Costa Reze o Salmo 119/118,169-176 Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 16,13-17
13«Celebrarás a festa das Tendas durante sete dias, quando recolheres os produtos da tua eira e do teu lagar. 14Alegrar-te-ás durante a festa, com os teus filhos, as tuas filhas, os teus servos, as tuas servas, com o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estiverem dentro das portas da tua cidade. 15Festejarás esses sete dias em honra do SENHOR, teu Deus, no santuário por Ele escolhido, pois o SENHOR, teu Deus, abençoará todos os teus bens e toda a obra das tuas mãos. Faz a festa com alegria. 16Três vezes por ano, todos os varões se apresentarão diante do SENHOR, teu Deus, no santuário que Ele tiver escolhido: na festa dos Ázimos, na festa das Semanas e na festa das Tendas. Ninguém aparecerá com as mãos vazias diante do SENHOR. 17Cada um dará segundo as suas posses, conforme as bênçãos que o SENHOR, teu Deus, lhe tiver concedido.»

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A Decência dos Vestidos

Parte III Capítulo XXV

São Paulo quer que as mulheres cristãs (o que há de entender-se também dos homens) se vistam segundo as regras da decência, deixando de todo excesso e imodéstia em seus ornatos. Ora, a decência dos vestidos e ornatos depende da matéria, da forma e do asseio. O asseio deve ser geral e contínuo, de sorte que evitemos toda mancha ou coisa semelhante que possa ofender os olhos; esta limpeza exterior considera-se como um indício da pureza da alma, a ponto de o mesmo Deus exigir dos seus ministros dos altares uma pureza e honestidade perfeita quanto ao corpo. No tocante a matéria e a forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação as circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões. É uso geral vestir-se melhor nos dias de festa, a proporção de sua solenidade, ao passo que no tempo da penitencia, como na Quaresma, se escusa muita coisa. Os dias de casamento e os de luto tem igualmente grande diferença e regras peculiares. Achando-se na corte de um príncipe, o vestuário terá mais dignidade e esplendor do que quando se está em casa.

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O Meu Carrasco

Meditação para o Dia 10 de Março

O meu carrasco de cada momento, tirano que não me dá sossego, é meu amor-próprio. Não somos felizes, porque não somos livres. Andamos presos, acorrentados aos caprichos do nosso eu, despótico, cruel inimigo de Deus, inimigo de nossa salvação.

“A vontade própria – diz Santo Afonso – é a ruína das virtudes, a fonte de todos os males, a única porta do pecado e da imperfeição, arma favorita do tentador contra os religiosos, o carrasco de seus escravos, um inferno antecipado.”

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