Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Author page: Gabriel

Meditação para este IV Domingo da Quaresma

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s)

Caríssimos em Cristo, estas palavras de Isaías dão o tom da liturgia deste Domingo, chamado pela liturgia de Domingo Laetare – Domingo “Alegra-te!”. Não se trata de um “Domingo da Alegria” – isto não existe na Liturgia... Por favor, nunca esqueçamos que a Liturgia não celebra temas, mas eventos salvíficos, acontecimentos realizados pelo Senhor para a nossa salvação! Pois bem, no meio da Quaresma, na metade do caminho para a solene celebração anual da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à uma atitude interior de alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Daí hoje a cor rosa e até mesmo as flores na igreja. “Alegra-te, Jerusalém!” – Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós... Alegremo-nos, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!

Read more

Bom Sinal

Meditação para o Dia 11 de Março

Bom sinal nas obras de Deus é o sinal da Cruz. Basta dizer que é este o sinal do cristão. Não o aprendemos na primeira lição do catecismo? Para se conhecer se uma obra é verdadeiramente de Deus, é mister verificar se traz o selo da contradição, das perseguições, dos reveses. Carta sem selo não segue ou chega com multa ao destino. Nossa alma também não chegará ao seu destino, à Bem-aventurança, à posse de Deus sem que esteja selada pela penitência ou pela inocência.

Read more

As Festas Litúrgicas e o Povo de Deus

Dom Henrique Soares da Costa Reze o Salmo 119/118,169-176 Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 16,13-17
13«Celebrarás a festa das Tendas durante sete dias, quando recolheres os produtos da tua eira e do teu lagar. 14Alegrar-te-ás durante a festa, com os teus filhos, as tuas filhas, os teus servos, as tuas servas, com o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estiverem dentro das portas da tua cidade. 15Festejarás esses sete dias em honra do SENHOR, teu Deus, no santuário por Ele escolhido, pois o SENHOR, teu Deus, abençoará todos os teus bens e toda a obra das tuas mãos. Faz a festa com alegria. 16Três vezes por ano, todos os varões se apresentarão diante do SENHOR, teu Deus, no santuário que Ele tiver escolhido: na festa dos Ázimos, na festa das Semanas e na festa das Tendas. Ninguém aparecerá com as mãos vazias diante do SENHOR. 17Cada um dará segundo as suas posses, conforme as bênçãos que o SENHOR, teu Deus, lhe tiver concedido.»

Read more

A Decência dos Vestidos

Parte III Capítulo XXV

São Paulo quer que as mulheres cristãs (o que há de entender-se também dos homens) se vistam segundo as regras da decência, deixando de todo excesso e imodéstia em seus ornatos. Ora, a decência dos vestidos e ornatos depende da matéria, da forma e do asseio. O asseio deve ser geral e contínuo, de sorte que evitemos toda mancha ou coisa semelhante que possa ofender os olhos; esta limpeza exterior considera-se como um indício da pureza da alma, a ponto de o mesmo Deus exigir dos seus ministros dos altares uma pureza e honestidade perfeita quanto ao corpo. No tocante a matéria e a forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação as circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões. É uso geral vestir-se melhor nos dias de festa, a proporção de sua solenidade, ao passo que no tempo da penitencia, como na Quaresma, se escusa muita coisa. Os dias de casamento e os de luto tem igualmente grande diferença e regras peculiares. Achando-se na corte de um príncipe, o vestuário terá mais dignidade e esplendor do que quando se está em casa.

Read more

O Meu Carrasco

Meditação para o Dia 10 de Março

O meu carrasco de cada momento, tirano que não me dá sossego, é meu amor-próprio. Não somos felizes, porque não somos livres. Andamos presos, acorrentados aos caprichos do nosso eu, despótico, cruel inimigo de Deus, inimigo de nossa salvação.

“A vontade própria – diz Santo Afonso – é a ruína das virtudes, a fonte de todos os males, a única porta do pecado e da imperfeição, arma favorita do tentador contra os religiosos, o carrasco de seus escravos, um inferno antecipado.”

Read more

Viver imersos no Espírito de Amor

Dom Henrique Soares da Costa Reze o Salmo 119/118,161-168 Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 16,9-12
9«Depois, contarás sete semanas, a partir do momento em que começares a meter a foice nas searas. 10Celebrarás, então, a festa das Semanas em honra do SENHOR, com as tuas ofertas voluntárias, segundo as bênçãos que o SENHOR, teu Deus, te tiver concedido. 11Alegrar-te-ás na presença do SENHOR, teu Deus, com os teus filhos, as tuas filhas, os teus servos e as tuas servas, o levita que viver dentro das portas da tua cidade, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estiverem junto de ti, no santuário que o SENHOR, teu Deus, tiver escolhido para ali estabelecer o seu nome. 12Recorda-te que foste escravo no Egipto; guarda e cumpre fielmente estas leis.»

Read more

A Sociedade e a Solidão

Parte III Capítulo XXIV

Tanto procurar como fugir a convivência com os homens são dois extremos censuráveis na devoção, que deve regrar os deveres da vida social. O fugir é um sinal de orgulho e desprezo do próximo e o procurar é fonte de muitas coisas ociosas e inúteis. Cumpre amar ao próximo como a nós mesmos. Para demonstrar-lhe esse amor, não devemos fugir a sua companhia, e para patentear o amor que temos a nós mesmos devemos estar contentes, quando estamos sozinhos.

Pensai em vós mesmos, diz São Bernardo, e depois nos outros

Se nada te obriga a fazer ou receber visitas, fica contigo mesma e entretém-te com teu coração; mas, se algum motivo te impõe esses deveres, cumpre-os em nome de Deus, tratando o próximo com toda a amabilidade e caridade.

Read more

Olhai os “Passarinhos!…”

Meditação para o Dia 09 de Março

Nosso Senhor nos manda olhar os passarinhos - Respicite volatilia caeli (1). Ei-los, tão mimosos, a voar descuidados, pela amplidão, a cantar, sempre felizes, glorificando o nome do Senhor. Vem a tempestade e derruba-lhes os ninhos. Eles constroem novos ninhos em outros galhos e cantam sempre quando a madrugada sorri. A mão de um perverso rouba-lhes os filhotes. No dia seguinte, ao romper da aurora, cantam de novo, esquecidos da mágoa que os fez pipilar na véspera, saudosos, de galho em galho, à procura dos filhotes. O frio chega. Fogem para distantes plagas.

Read more

“Cristo, nossa Páscoa, foi imolado!”

Dom Henrique Soares da Costa Reze o Salmo 119/118,153-160 Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 16,1-8
1«Guarda o mês de Abib e celebra a Páscoa em honra do SENHOR, teu Deus, porque foi no mês de Abib que o SENHOR, teu Deus, te fez sair do Egipto, durante a noite. 2Imolarás ao SENHOR, teu Deus, em sacrifício pascal, gado miúdo e graúdo, no santuário que o SENHOR tiver escolhido para ali estabelecer o seu nome. 3Não comerás pão fermentado com essas vítimas. Durante sete dias, comerás com elas ázimos, o pão da aflição, porque foi à pressa que saíste do Egipto, para assim te recordares durante toda a tua vida do dia da tua partida. 4Que não se veja fermento algum em todo o teu território durante sete dias. Que não fique para o dia seguinte coisa alguma da carne imolada no sacrifício da tarde do primeiro dia. 5Não poderás imolar o cordeiro pascal em nenhuma das cidades que o SENHOR, teu Deus, te há-de dar, 6mas somente no santuário que o SENHOR, teu Deus, tiver escolhido para ali estabelecer o seu nome. Ali imolarás o sacrifício pascal, ao cair da tarde, depois do pôr-do-sol, à hora em que saíste do Egipto. 7Cozê-lo-ás e comê-lo-ás no lugar que o SENHOR, teu Deus, tiver escolhido. No dia seguinte, poderás regressar à tua tenda. 8Durante seis dias, comerás ázimos e no sétimo dia haverá uma liturgia solene em honra do SENHOR, teu Deus; nesse dia não farás trabalho algum.»

Read more

Exercício de Mortificação Exterior

Parte III Capítulo XXIII

Afirmam os naturalistas que, escrevendo-se uma palavra numa amêndoa ainda intacta e fechando-a de novo, cuidadosamente, em sua casca, uma vez lançada em terra, todos os frutos que daí nascem trazem escrita essa mesma palavra. Quanto a mim, Filotéia, nunca aprovei o método de certas pessoas que, para reformarem o homem, começam pelo exterior: pelo semblante, pelos vestidos e pelos cabelos. Parece-me, ao contrário, que se deva começar pelo interior.

Convertei-vos a mim, diz Nosso Senhor, de todo o vosso coração. Meu filho, dá-me o teu coração.

E, de fato, o coração é a fonte das ações e são estas exatamente qual é o coração. O divino Esposo, convidando a alma para uma perfeita união, lhe diz:

Põe-me como um selo sobre o teu coração e sobre o teu braço.

Read more