Reze o Salmo 119/118,73-80
Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 27 – 28
Dt 27, 1Moisés e os anciãos de Israel exortaram então o povo: «Observa todos os preceitos que eu hoje te prescrevo. 2No dia em que atravessares o Jordão para entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te há-de dar, ergue umas pedras grandes e reveste-as de cal. 3Nelas escreverás todas as palavras desta Lei, depois de teres passado o Jordão, ao entrares na terra que te há-de dar o SENHOR, teu Deus, terra onde corre leite e mel, como te tinha prometido o SENHOR, Deus dos teus pais. 4E quando tiveres atravessado o Jordão, levantarás essas pedras no monte Ebal, tal como eu hoje te ordeno, e revesti-las-ás de cal. 5Construirás no mesmo local um altar ao SENHOR, teu Deus, um altar feito de pedras, sem que o ferro lhes tenha tocado. 6Construirás o altar do SENHOR, teu Deus, com pedras inteiras e ali oferecerás holocaustos ao SENHOR, teu Deus. 7Oferecerás também sacrifícios de comunhão. Comê-los-ás e alegrar-te-ás diante do SENHOR, teu Deus. 8Escreverás sobre as pedras todas as palavras desta Lei, de forma bem clara.»
Parte III Capítulo XXXVII
Todos sabem que não se deve desejar nada de mal, porque o desejo de uma coisa ilícita torna o coração mau. Mas eu acrescento, Filotéia, que não se deve desejar nada que é perigoso para a alma, como bailes, jogos e outros divertimentos, honras e cargos importantes, visões e êxtases; tudo isso traz muita vaidade consigo e é sujeito a muitos perigos e ilusões. Não desejes também as coisas que ainda estão para vir num futuro remoto, como fazem muitos, dissipando e cansando inutilmente o coração e expondo-o continuamente a muitas inquietações. Se um jovem ambiciona ardentemente ocupar um cargo precocemente, de que lhe poderá servir este desejo? Se uma mulher casada deseja entrar no convento: a que propósito? Se pretendo comprar a propriedade de outrem antes que ele queira ma ceder, não é isto perder o meu tempo? Se, estando doente, desejo pregar, dizer Missa ou visitar enfermos ou fazer exercícios dos que tem saúde, não são estes desejos vãos, posto que nada disso está em meu poder? Entretanto estes desejos inúteis ocupam o lugar doutros que deveria ter e que Deus manda que se efetuem, como os de ser paciente, mortificado, obediente e manso em meus sofrimentos. Mas em geral os nossos desejos se parecem com os das mulheres grávidas, que no outono desejam cerejas frescas e uvas novas na primavera.Meditação para o Dia 22 de Março
Há um sofrimento reservado às almas interiores, aos amigos de Jesus: o da secura ou aridez, que se costuma chamar desolação. Jesus, na conversão das almas para o Seu Amor, enche o coração fiel de consolações sensíveis. É uma doçura rezar, meditar, estar bem junto do Sacrário. As comunhões são tão doces! Estaríamos horas inteiras nas doçuras de uma meditação, de uma visita ao Santíssimo, de um terço aos pés de Nossa Senhora! É o Tabor! Faríamos o nosso tabernáculo ao pé do Sacrário e lá permaneceríamos uma eternidade. Para nos desapegar das doçuras terrenas, enche-nos Nosso Senhor das doçuras do Céu. Reze o Salmo 119/118,65-72
Agora, leia com piedade, com atenção e um coração fiel, um coração que escuta Dt 26
1«Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te há-de dar em herança e dela tomares posse e ali habitares, 2tomarás as primícias de todos os frutos que colheres da terra que te há-de dar o SENHOR, teu Deus; pô-los-ás num cesto e apresentá-los-ás no lugar que o SENHOR, teu Deus, tiver escolhido para aí habitar o seu nome. 3Apresenta-te ao sacerdote de serviço nessa altura e diz-lhe: ‘Declaro hoje, perante o SENHOR, teu Deus, que entrei na terra que o SENHOR tinha jurado a nossos pais que nos havia de dar.’ 4O sacerdote receberá o cesto da tua mão e o depositará diante do altar do SENHOR, teu Deus.
Parte III Capítulo XXXVI
Raro é achar homens verdadeiramente razoáveis, porque só somos homens pela razão e o amor-próprio a perturba muitas vezes e insensivelmente nos leva a praticar injustiças que, por menores que sejam, não deixam de ser muito perigosas. Assemelham-se as raposinhas de que se fala nos Cânticos, das quais não se faz caso por serem muito pequenas, e, por isso, elas causam grande dano a vinha, em vista de sua quantidade. Reflete um pouco e julga se os pontos que vou mencionar não são verdadeiras injustiças. Nós costumamos acusar o próximo pelas menores faltas por ele cometidas c a nós mesmos nos escusamos de outras muito grandes. Queremos vender muito caro e comprar o mais barato possível. Queremos que se faça injustiça a outros e que se façam graças a nós. Queremos que interpretem as nossas palavras benevolamente e com o que nos dizem somos suscetíveis em excesso. Queremos que o vizinho nos ceda a sua propriedade e não é mais justo que a conserve, se o quiser? Agastamo-nos com ele se não no-la quer vender, e não tem ele muito mais razão de se zangar conosco, por o estarmos incomodando?Meditação para o Dia 21 de Março
Para o “câncer” a medicina emprega com efeitos maravilhosos, em muitos casos, o “rádium”. Expor a úlcera ao “rádium” é soberano remédio. Na vida espiritual há um “câncer” terrível e perigoso: a impureza. Parece incurável e, se não há cuidado em tratá-lo, deita raízes, envenena toda a alma, arrasta-a ao abismo e à morte. Que fazer quando a ferida perigosa está minando o organismo? Procurar sem demora um bom médico e um instituto de “rádium”. O bom médico, no caso da impureza espiritual, é Nosso Senhor, Médico Divino de nossas almas. A sua Misericórdia Infinita é o “Rádium”, Soberano, que tudo cura. Vamos ao Instituto de “Rádium” que se encontra em toda parte e nada custa: a capela, onde se acha Nosso Senhor Sacramentado, a Hóstia Imaculada da Santa Comunhão. Reze o Salmo 119/118,57-64
Agora, leia com piedade, com atenção e um coração que escuta Dt 25
1«Quando houver uma questão entre dois homens, eles se apresentarão no tribunal e serão julgados; será absolvido o inocente e condenado o culpado. 2Se o culpado merecer a flagelação, o juiz o mandará deitar por terra e o fará açoitar na sua presença com um número de açoites proporcional ao seu delito. 3Não poderá infligir-lhe mais de quarenta açoites, para não atingir tal ferimento que o teu irmão fique abatido aos teus olhos. 4Não porás o cofinho ao boi que debulha.»
Parte III Capítulo XXXV
O Esposo divino diz no Cântico dos Cânticos que sua Esposa lhe arrebatou o Coração por um de seus olhos e por um de seus cabelos. Como devem entender-se estas palavras? É verdade que o olho é a parte mais admirável do corpo, tanto por sua estrutura e forma como por suas funções; mas que há de mais vil e desprezível que o cabelo? Filotéia, Deus nos quis ensinar por esta comparação que as nossas mínimas e mais insignificantes ações não lhe são menos agradáveis que as maiores e as de maior brilho e que para lhe agradar é do mesmo modo necessário servir-lhe numas e noutras, podendo nós em ambas indistintamente merecer o seu amor.Meditação para o Dia 20 de Março
Simpática aos outros e antipática ao nosso amor-próprio, é a virtude da humildade. A nossa natureza dificilmente a suporta e, sempre revoltada, vive a maltratá-la. Nessa revolta, só a humilhação nos ajudará eficazmente a abater o nosso orgulho, inclinando-nos à humildade.Quereis provar se vossa humildade é verdadeira, até onde vai, se adianta ou recua? As humilhações vos fornecerão o meio. Sem humilhação não se pode conhecer bem o verdadeiro humilde.“A humilhação leva à humildade – diz São Bernardo (1) – assim como a paciência à luz e o estudo à ciência”