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Tag: orgulho

Devemos ter um Espírito Justo e Razoável

Parte III Capítulo XXXVI

Raro é achar homens verdadeiramente razoáveis, porque só somos homens pela razão e o amor-próprio a perturba muitas vezes e insensivelmente nos leva a praticar injustiças que, por menores que sejam, não deixam de ser muito perigosas. Assemelham-se as raposinhas de que se fala nos Cânticos, das quais não se faz caso por serem muito pequenas, e, por isso, elas causam grande dano a vinha, em vista de sua quantidade. Reflete um pouco e julga se os pontos que vou mencionar não são verdadeiras injustiças. Nós costumamos acusar o próximo pelas menores faltas por ele cometidas c a nós mesmos nos escusamos de outras muito grandes. Queremos vender muito caro e comprar o mais barato possível. Queremos que se faça injustiça a outros e que se façam graças a nós. Queremos que interpretem as nossas palavras benevolamente e com o que nos dizem somos suscetíveis em excesso. Queremos que o vizinho nos ceda a sua propriedade e não é mais justo que a conserve, se o quiser? Agastamo-nos com ele se não no-la quer vender, e não tem ele muito mais razão de se zangar conosco, por o estarmos incomodando?

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A Maledicência

Parte III Capítulo XXIX

A inquietação, o desprezo do próximo e o orgulho são inseparáveis do juízo temerário; e, entre os muitos outros efeitos perniciosos que deles se originam, ocupa o primeiro lugar a maledicência, que é a peste das conversas e palestras. Oh! Quisera ter uma daquelas brasas do altar sagrado para purificar os homens de suas iniquidades, a imitação do serafim que purificou a Isaías das suas, para torná-lo digno de pregar a palavra de Deus. Certamente, se fosse possível tirar a maledicência do mundo, exterminar-se-ia uma boa parte dos pecados. Quem tira injustamente a boa fama ao seu próximo, além do pecado que comete, está obrigado a restituição inteira e proporcionada a natureza, qualidade e circunstâncias da detração, porque ninguém pode entrar no céu com os bens alheios, e entre os bens exteriores a fama e a honra são os mais preciosos e os mais caros. Três vidas temos nós diferentes: a vida espiritual, que a graça divina nos confere; a vida corporal, de que a alma é o princípio, e a vida social, que repousa os seus fundamentos na boa reputação. O pecado nos faz perder a primeira, a morte nos tira a segunda e a maledicência nos leva a terceira.

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A Chuva de Ouro

Meditação para o Dia 07 de Fevereiro

Um lavrador, dizia o célebre jesuíta Pe. Baltazar Álvares, um lavrador plantou bela e extensa vinha. Um temporal com granizo devastou-lhe as plantações. Que prejuízo, dir-se-á, que desgraça! Porém... Oh milagre! Os granizos eram de ouro e de pedras preciosas. Colheu-os todos o lavrador com lucro incomparável em relação ao prejuízo sofrido com a devastação do vinhedo. Pois bem! São de ouro os desprezos, sofrimentos, adversidades e aflições que caem, como granizo, sobre uma alma verdadeiramente paciente.

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Faltas de Caridade

Meditação para o Dia 18 de Julho

1. As faltas de caridade tem frequentemente sua base no orgulho e na excessiva apreciação do próprio eu. São favorecidas por verdadeira ou suposta superioridade corporal ou espiritual, pela inveja e pelo espírito moderno. A falta de caridade facilmente leva a se igualar aos superiores, desprezando os inferiores. Faz esquecer que o próximo representa a pessoa de Jesus Cristo, que o salvou e que o instituiu herdeiro do céu. Acaso ignoras isto? Amas a teu próximo como a ti mesmo? Sempre? A todos?

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Ambição e Orgulho

Meditação para o Dia 11 de Julho

1. O desordenado amor próprio degenera facilmente em orgulho e endeusamento pessoal. O orgulho, admirando em si tudo, reclama louvor e respeito e requer honras só a Deus devidas. Que flagrante oposição entre tal proceder e o que te compete por tua indigência e tua dependência total do Criador! O ambicioso ocupa-se principalmente com o futuro, desejando posições importantes, para dominar e ser honrado, talento para poder brilhar e ofuscar outros; sonha glórias, persegue os rivais, oprime os fracos, ama os que o adulam, odeia os que não lhe dão importância, quer ser o primeiro em toda a parte e por todo o tempo.

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Cegueira Espiritual

Meditação para o Dia 04 de Julho

1. Quão triste é ser cego! Seja jovem ou velho, tenha bens de fortuna ou não, é sempre um pobre. Mas, mais triste ainda é o cego de espírito, porque nem a si, nem a Deus conhece. Ainda, continuamente, à beira dum precipício; mais um passo, e precipitar-se-á infalivelmente no abismo. Duas ciências há que deves adquirir e sem as quais não te salvarás: conhecer-te a ti e a Deus. Aquela dar-te-á a verdadeira humildade, salutar confusão pelas repetidas ingratidões e forte estímulo de trabalhar pela salvação da alma; esta causar-te-á santo temor do Onipotente, filial amor e assídua imitação de Suas perfeições. Tens estas duas ciências para adquiri-las?

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A fraqueza humana

Meditação para Dia 12 de Março

1. "Serei para todos vós uma ocasião de escândalo nesta noite". Jesus predisse que os apóstolos não perseverariam na fidelidade. Uma coisa é pensar no perigo, na perseguição e na morte, outra é vê-la presente. Mil vezes fizeste o propósito de não ofender a Deus, por mais que te custasse, e, entretanto, por tão pouco caíste. Vive, pois, em santo temor; não confies nas próprias forças e em tua firme vontade, mas na graça de Deus. Humilha-te, sobretudo na confissão, em face dos pecados cometidos; aliás não deixes de agradecer a Deus, que te preservou de faltas ainda mais numerosas e mais graves.

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