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Tag: cristão

Doçura ou Mansidão

Doçura ou Mansidão, Tesouros de Cornélio à Lápide

Necessidade da doçura

Cuidai de que não desapareça jamais a mansidão de vosso coração, diz Santo Agostinho: De corde lenitas non recedat (Medit.). Não vos vingueis por vossa própria conta, mas dai lugar a que passe a cólera, diz São Paulo: Non vos metipsos defendentes, sed date locum irae (Rm 12, 19). Deixai passar a ira, isto é, guardai silêncio, cedei aquele que se enfurece, sede dóceis, sofrei com paciência a injúria, não digais nada até que a calma tenha modificado vosso coração para que caiba nele a doçura e a caridade. Irmãos meus, diz São Paulo aos Gálatas, se alguém cair desgraçadamente em algum delito, vós que sois espirituais, cuidai de levantá-lo com doçura, refletindo naquilo que se passa com cada um de vós mesmos, e temendo cair, como ele, na tentação: Fratres, et si praeoccupatus fuerit homo in aliquo delicto; vos, qui spiritales estis, hujusmodi instruite in spiritu lenitatis, considerans te ipsum ne et tu tempteris (Gl 6, 1). Jesus Cristo, diz Santo Agostinho, pronunciou estas palavras: Aprendi de mim, não a fazer um mundo, não a criar as coisas visíveis e invisíveis, não criar outras maravilhas aqui na terra, nem a ressuscitar os mortos; mas, sim, aprendei de mim como ser manso e humilde de coração: Discite a me, non mundum fabricare, non cuncta visibilia et invisibilia creare, non ipso in mundo mirabilia facere, et mortos suscitare; sed quoniam mitis sum et humilis corde (Serm. de Verb. Dom. in Matth.).

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Cruz

Cruz, Tesouros de Cornélio à Lápide

Poder da Cruz e graças que dela emanam

Vossa Cruz, ó meu Jesus, diz São Leão, é manancial de todas as bênçãos, causa de todas as graças; por Ela, aqueles que creem merecem achar forças em sua debilidade, glória no opróbrio, vida na morte[1]. O eloquente Doutor São João Crisóstomo enumera também os tesouros e as graças que nos vem da Cruz. Ele ensina que a Cruz é a esperança dos cristãos, a salvação dos desesperados, o báculo dos coxos, o consolo dos pobres, o freio dos ricos, a perdição dos orgulhosos, o castigo dos maus. Faz-nos triunfar, do demônio, doma o Inferno, instrui a juventude, sustenta aos débeis e aviva a esperança nos corações abatidos; é o piloto dos que sulcam as águas do mundo, o porto dos náufragos, um muro impenetrável que protege os cristãos contra as emboscadas de todos os seus inimigos. É mãe dos órfãos, defesa das viúvas, consolo dos justos, asilo dos aflitos e desamparados. É guarda das crianças, apoio da idade viril, socorro dos anciãos, para os quais alcança a graça de uma boa morte. É luz que ilumina aos que estão submersos nas trevas e sabedoria daqueles que o mundo estúpido, cego e ímpio mira como insensatos.

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Cristão

Cristão, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é um cristão

O cristão é aquele que imita Jesus Cristo, que está unido com Jesus Cristo, que vive a vida de Jesus Cristo e Lhe possui. O cristão está morto para os vícios... vive para a virtude... O cristão é um soldado... um piloto... um arquiteto. É necessário que aquele que veja um cristão possa ver a Jesus Cristo; porque o cristão deve ser a imagem viva do Salvador, e como outro Cristo: Alter Christus. Deve parecer-se com Deus. Adão foi criado à Sua semelhança, como o atestam aquelas palavras do Gênesis: Façamos ao homem a nossa imagem e semelhança; e Deus criou o homem à sua imagem (Gn 1, 26-27). A profissão do cristão é conduzir o homem ao seu antigo estado, à sua primeira grandeza e felicidade, isto é, à semelhança de Deus. Chama-se cristão, diz Santo Ambrósio, aquele que ama a castidade, aquele que foge da embriaguez, detesta o orgulho e evita a inveja como um veneno diabólico (Serm. LVIII).

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