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Tag: avareza

Avareza

Avareza, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é avareza?

As riquezas, diz Santo Ambrósio, chamam-se assim porque dividem ou rasgam a alma: Dives dicta sunt, eo quod dividant, distrahantque mentem (Serm. V). A palavra avaro significa ávido de ouro, diz Santo Isidoro: Avarus, quasi auri avidus (Lib. X, Origine). Ser avaro, diz Santo Agostinho, não é somente amar o dinheiro, senão perseguir algo com imoderado ardor. Quem quer que deseje mais do que necessita, é avarento[1].

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Ambição

Ambição, Tesouros de Cornélio à Lápide

A ambição é um veneno. Desgraças que a causam

A ambição, diz São Bernardo, é um mal sutil, um veneno secreto, uma enfermidade oculta; é um artefato fraudulento, a mãe da hipocrisia, o princípio das chagas profundas, a origem de todos os vícios, a traça da santidade, a cegueira dos corações; converte os remédios em veneno capaz de produzir enfermidades e sustentar seu incremento[1]. A ambição cega o homem e rouba-lhe a razão. A ambição é manancial das disputas, de todos os ódios, das guerras e das injustiças. É a mãe da pobreza e da indigência.

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Sermão sobre a Impenitência Final

Sermão sobre a Impenitência Final

SUMÁRIO ESCRITO POR BOSSUET

Exordio. — A vida e a morte são menos dissemelhantes do que se diz e pensa. Proposição e divisão.  1°. O homem mundano, insensível à miséria dos pobres e estranho ao pensamento da salvação, morre aterrorizado e cercado de dores cruéis; 2.° Cai nas mãos de Deus sem ter o espírito preparado; 3°. Vai à presença do Juiz sem ter quem o defenda. 1.º Ponto. — O habito de não nos contentarmos com o que é lícito conduz em breve a afouteza de perseguirmos o que é verdadeiramente ilícito. E para depois modificar tão profundas inclinações, seria preciso um milagre. 2.º Ponto. — As ambições, as inquietações e as curiosidades absorvem e tiranizam o homem mundano e o cortesão até ao último momento da vida. 3.º Ponto. — O homem desmedidamente egoísta não ama o próximo; é cúpido, avaro, sente-se dominado pela embriaguez das paixões satisfeitas, até ao dia em que seja entregue ao tribunal divino por aqueles de quem ele se não compadeceu. Peroração. — Sejamos caritativos, principalmente numa época em que é mais horrível a miséria dos pobres.

Mortuus est autem et dives O rico também morreu (Lc 16, 22)

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Domingo da Septuagésima

Domingo da Septuagésima - Sermão sobre a eminente dignidade dos pobres na Igreja Sermão sobre a eminente Dignidade dos Pobres na Igreja

Este discurso, que é um Sermão de Caridade em toda a extensão do termo, não conclui, como poderá ver-se, pela Ave-Maria tradicional. Os editores são unânimes em afirmar com Floquet que este sermão foi pregado no Seminário das Filhas da Providência, estabelecimento situado junto do Val-de-Grace. Lachat, afirmativo sempre, menciona os nomes de senhoras ilustres, na presença das das quais falou Bossuet. A data deste discurso não pode precisar-se ao certo, nem o lugar onde Bossuet o pronunciou é rigorosamente o seminário das Filhas da Providência. No verso de duas cartas que vieram de Sedan para Metz, e que foram remetidas de Metz para Paris, acham-se escritas duas páginas deste sermão. O sinete duma dessas cartas tanto pode ser o da famílias de Bouillon, como o dos Schombergm, como até o do marechal Fabert. (Gazier) - Ms. Tomo XI, pag. 269 - Déforis, IV, 536. - Lachat, VIII, 125. - Gandar, pag. 161.

Pregado em Paris, em fevereiro de 1659.

SUMÁRIO

Exordio. — A subversão das condições que o Salvador nos anuncia na passagem do Evangelho, que serve de tema a Bossuet, começou já nesta vida. Proposição e divisão. — O orador desenvolve três pensamentos que se opõem ao que decorre no mundo e na Igreja, que é o reino de Jesus Cristo. No 1° prova que a maior grandeza pertence aos pobres, que são os primogênitos da Igreja, os seus verdadeiros filhos; no 2° que os ricos são os servos dos pobres; e no 3° que são os pobres que têm as graças e as bênçãos do céu, e só por intervenção deles é que as podem ter os ricos. 1.º Ponto. — A Igreja é realmente a cidade dos pobres, por que nos seus princípios só foi edificada para eles. Difere, portanto, da Sinagoga na ausência das riquezas e da abundância que são as partilhas desta. É isto o que nos faz compreender o Salvador, quando diz: Beati pauperes, quia vetrum est regnum Dei. Deve-se, pois, amar e respeitar os pobres, ainda mesmo quando se lhes faz uma esmola, porque são eles os primogênitos da família de Jesus Cristo. 2.º Ponto. — Jesus Cristo não necessita para Si dos favores dos ricos, mas necessita deles para os Seus pobres, de quem serve de medianeiro junto dos grandes deste mundo. Portanto, os ricos devem considerar uma honra o fato de serem os servos dos pobres; porém, valendo-lhes nas suas misérias, valem ao próprio Jesus Cristo. Além disso, devem servi-los com grande prazer e gratidão, pois aliviam assim o fardo das suas riquezas, que, aliás, os arrastaria ao abismo. 3.º Ponto. — Em todos os reinos há privilegiados. Os privilegiados do reino de Jesus Cristo são os pobres, porque é na pobreza que reside a magnificência desse reino. Todos os benefícios são prometidos aos pobres; aos ricos só cabem maldições: Vae vobis divitibus. Peroração. — Posto isto, será necessário que os ricos procurem o meio de que os pobres se interessem por eles? E como? Por meio de esmolas: Peccata tua eleemosynis redime.

Erunt novissimi primi, et primi novissimi Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos (Mc 20, 16)

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Prosperidade – Castigo

Meditação para o Dia 27 de Julho

“Eu tremo – dizia Santo Ambrósio – quando vejo o pecador feliz”

É a prosperidade castigo. O homem feliz na terra se esquece do Céu, materializa-se, nada sabe. “Quem não sofre que é que pode saber?” – pergunta a Escritura. Os prazeres enervam e nos tornam incapazes de pensar nas coisas eternas. Diz São Paulo, e com razão, que o homem animal não percebe as coisas espirituais. Falai em Deus, alma e eternidade a um desses gozadores da vida. Ele não vos entenderá.

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Riqueza e Poder

Capítulo 32. Riqueza e Poder - Livro Rumo à Felicidade, de Fulton Sheen EM tempos passados, os homens falavam menos em «viver a sua vida» e mais em salvar a sua alma. Não ligavam tanta importância como nós a assuntos políticos e econômicos, mas tinham muito maior interesse pelas coisas morais e religiosas. Agora, já que a atração do Céu se relaxou para muitos homens, o seu apego à terra tornou-se mais intenso. À procura de Deus sucedeu a procura da riqueza e do poder. Não é o santo o ídolo do nosso século, mas o homem que atingiu o vértice da escala social.

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O Amor é Infinito

Capítulo 12. O Amor é Infinito - Livro Rumo à Felicidade, de Fulton Sheen Há uma profunda diferença de qualidade entre os os bens possuídos, de que precisamos, usamos e realmente desfrutamos, e a acumulação de coisas inúteis, que amontoamos por vaidade, avidez ou desejo de ultrapassar os outros. A primeira espécie de posse é uma extensão legítima da personalidade: com o nosso amor enriquecemos um objeto que usamos muito, e ganhamos-lhe afeição. Podemos notar estas duas espécies de propriedade quando observamos as crianças: a que só possui um brinquedo, enriquece-o com o seu amor. A amimada com muitos brinquedos à sua disposição, rapidamente se enfastia e deixa de sentir prazer em qualquer deles.

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Cai um apóstolo!

Meditação para Dia 27 de Fevereiro

1. "Então foi ter um dos doze, que se chama Judas Iscariotes, com os Príncipes dos sacerdotes". Judas lamentou a soma gasta na compra do óleo precioso, derramado por Madalena sobre os pés do Salvador. A avareza, que o fez censurar esta obra de amor, fê-lo odiar, desde este momento, seu divino Mestre, e levou-o, finalmente, a tomar a resolução de vender Jesus aos seus inimigos. Quanto não se deve recear uma paixão que, embora pequena a princípio, leva a tais abismos! Estás de todo isento dela? Ou tens uma outra a combater?

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