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Quando nos Disserem Palavras de Afronta

Meditação para o Dia 29 de Agosto

Segundo a Imitação de Cristo, Cap.XLVII

Jesus Cristo: Filho, está firme e espera em mim. Que são as palavras dos homens senão palavras? Ferem o ar, mas não ofendem a quem está firme e sólido como o rochedo. Se, com efeito, és culpado, serve-te do que disserem contra ti para te emendares. Se a tua consciência de nada te acusa, lembra-te de que deves sofrer com alegria esta ligeira pena, por amor de Deus. Bem é que sofras, às vezes ao menos, más palavras, já que não podes sofrer mais pesados golpes. Por que motivo tão ligeiras palavras te chegam ao coração, senão porque és ainda carnal e demasiadamente te preocupas com os juízos dos homens? Porque temes ser desprezado, por isso não queres ser repreendido de tuas faltas e buscas escusas para as ocultar. Examina melhor teu coração e acharás que ainda vive em ti o amor do mundo e o desejo vão de agradar aos homens. Porque a repugnância que tens em ser humilhado e confundido por tuas fraquezas prova que não tens humildade sincera, que não estás verdadeiramente morto ao mundo e que o mundo não está crucificado para ti. Ouve as minhas palavras e não farás caso do que os homens disserem! Quando eles disserem contra ti tudo quanto inventar a mais negra malícia, que dano receberias destas injúrias se as desprezasses inteiramente como a palha que o vento leva? Poderiam, porventura, fazer cair-te da cabeça um só cabelo? Quem não anda recolhido interiormente e não traz a Deus diante dos olhos facilmente se comove com a menor palavra que o ofende. Mas quem confia em Mim e não se apega ao seu próprio parecer, não terá nada que temer dos homens. Porque Eu sou o juiz e conheço todos os segredos do coração humano. Eu sei como as coisas passam, eu conheço perfeitamente quem faz a injúria e quem a sofre. De mim saiu esta palavra: EU PERMITI ESTE SUCESSO PARA QUE DESCUBRA O QUE HÁ OCULTO EM MUITOS CORAÇÕES.

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 260)