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O Sol e a Lua

Meditação para o Dia 20 de Fevereiro

“O homem santo, diz a Escritura, permanece na sabedoria como o Sol, mas o insensato muda como a lua”

O pecador insensato se distingue pela inconstância e impaciência em todos os seus atos. Ora crê, ora descrê. Hoje ri, ditoso na prosperidade, regozija-se com seus amigos, goza a felicidade até a embriaguez, até a loucura. Amanhã vem o golpe da adversidade. Uma desgraça, uma doença, uma calamidade qualquer.

Chora até o desespero, revolta-se contra o Senhor, grita e se exaspera. Ora é humilde, ora soberbo até a insensatez. Enfim, o pecador muda conforme a sua situação de adversidade ou de prosperidade. E, do mesmo modo que a nossa vida muda, como a lua, do gozo para a dor, da alegria para o luto, o pecador insensato muda da felicidade para o desespero. Já não é assim o justo. Calmo, sereno,permanece sempre igual, como o Sol, escondido entre nuvens ou a brilhar no zênite. Na fraqueza da sua natureza humana, sente, é verdade, mas se conserva sereno, resignado, humilde. A prosperidade não o ensoberbece, a adversidade não o abate. Se o exterior é, às vezes, sombrio e triste, como um dia sem sol, o interior está calmo e sempre iluminado pelo Sol Divino, porque, atrás das nuvens espessas de tantas amarguras, o sol de seu coração se conserva sempre brilhante e esplendoroso.

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 61)