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Cego de Misericórdia

Meditação para o Dia 08 de Abril

Estará Nosso Senhor descontente com as nossas misérias? E com os nossos defeitos? São inquirições angustiosas de certas almas que desejam amar a Nosso Senhor e se sentem fracas e desconfiadas. A uma pergunta destas, respondeu Santa Teresinha a uma de suas noviças:

“Sossegue. O Esposo que escolheu possui, certamente, todas as perfeições imagináveis, mas – se assim me é permitido falar – tem, ao mesmo tempo, dois grandes defeitos: é cego e ignora a ciência do cálculo. Essas falhas que seriam lastimáveis num esposo terreno, tornam infinitamente mais belo e amável o nosso Esposo celeste.

Se Ele quisesse olhar-nos com olhos de ver, se soubesse calcular, bastaria a vista de nossos pecados para nos aniquilar. Mas não é assim: o grande amor que nos tem Lhe veda os olhos para não ver nossas imperfeições. Pense nisto: se o maior de todos os pecadores se arrepender na hora da morte e expirar num ato de amor a Deus, Nosso Senhor, imediatamente, sem atender às graças inumeráveis de que esse infeliz abusou, nem aos crimes que praticou, mas olhando só o seu arrependimento, abre-lhe sem demora os braços da Sua misericórdia. Mas, para que Nosso Senhor se haja para conosco à maneira de um cego e não nos peça contas, necessário é Levá-lo pelo coração. É este o seu fraco”. (1)

Por que o desalento em nossas fraquezas e misérias? Nosso Divino Esposo ficou cego de misericórdia!

Referências:
(1) “Saint Therèse – Conseils et souvenirs”.

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 111)