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A Esperança dos Desesperados

Meditação para o Dia 19 de Maio

“É Maria Santíssima a esperança até dos desesperados” disse Santo Anselmo. Quem a Ela se entregou não se há de perder. Confiança! “O servo de Maria não pode perecer”, exclama São Bernardo.

Nunca se ouviu dizer que quem recorreu à sua proteção fosse por Ela desamparado.

O Pe. Hermann, célebre artista judeu, cuja conversão tanto abalou a Europa em meados do século passado, deixando o mundo, abraçou a Regra da Ordem dos Carmelitas descalços. Tinha um desgosto profundo vendo sua mãe fanática no Judaísmo. Rezava muito por ela; jejuava, fazia penitência. Aos 13 de dezembro de1855, morreu ela sem os sacramentos. O pobre filho, acabrunhado de dor, foi procurar o santo, Cura D’Ars. E este, que bem penetrava o segredo dos corações, lhe disse:

“Tenha esperança. Receberá um dia, na Festa da Imaculada Conceição, uma carta que o há de consolar”

Passaram-se seis anos. E no dia 8 de dezembro de 1864, o Pe. Hermann, já esquecido do que disse o Cura D’Ars, recebe uma carta que o comove profundamente. Essa carta lhe dizia que pessoa piedosa, morta em odor de santidade, ousou interrogar a Nosso Senhor sobre a morte da mãe do Pe. Hermann e o Bom Mestre lhe revelou:

“Não devo minha graça a ninguém, mas não falto às promessas que fiz sobre a oração. Toda oração que tem por objeto a glória de Deus e a salvação das almas, é ouvida, se é bem feita”

E acrescentou que a oração do Pe. Hermann, tão devoto de Nossa Senhora, foi ouvida. Sua mãe, ao morrer, alcançou miraculosamente a graça da conversão. Suas últimas palavras foram:

“Ó Jesus, eu creio, espero em Vós, tende piedade de mim!”

Ah! Não desesperemos da salvação de ninguém! Nem presunção, nem desespero!

Onde acharmos devoção em Nossa Senhora, confiança, muita confiança! Nunca se perde o servo de Maria! Ninguém a invoca sem ser atendido.

Ó Misericórdia de Maria!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 154)