Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Tag: sufrágio

Do terceiro fruto da sétima palavra

Capítulo 34: Do terceiro fruto da sétima palavra O terceiro fruto consiste em aprendermos que na proximidade da morte não se deve confiar muito nas esmolas, jejuns e orações dos parentes e amigos, são muitos os que passaram a vida esquecidos da sua alma, não tratando de mais nada senão de deixarem ricos, quanto possa ser os filhos ou netos; e, quando estão para morrer, começam então a importar-se dela; e porque repartiram a sua casa por aqueles seus descendentes, lhes recomendam a sua alma, para que eles a sufraguem com esmolas, orações, missas, e outras, boas obras. Não nos deu Cristo este exemplo, pois não encomendou o seu espírito a seus parentes, mas a seu Pai, nem é isto o que nos ensina São Pedro, que nos diz, encomendemos as nossas almas por meio de boas obras ao nosso fiel Criador (1Pd 4). Não repreendo os que determinam, pedem, ou desejam, que, por suas almas se deem esmolas, ou digam missas, repreendo, porém em primeiro lugar os que confiam demasiadamente nos sufrágios dos filhos ou dos netos, quando a prática está mostrando que eles facilmente se esquecem dos seus maiores, depois que estes são falecidos.

Read more

As Almas do Purgatório nos Ajudam

Sufrágio das Almas do Purgatório: uma obra de Caridade

O Mérito do Sufrágio

Meditação para o dia 23 de Novembro

Que os sufrágios que prestamos às pobres almas sofredoras do purgatório seja uma obra muito meritória e receberá certamente grande recompensa de Deus, nenhum teólogo o contesta. É uma obra de caridade, e Nosso Senhor, que promete recompensa até a um copo de água dado em seu Nome, como não há de ser propício a quem socorre as mais miseráveis e infelizes e desprotegidas criaturas: as pobres almas, que nada podem fazer por si para se livrarem dos tormentos a que estão submetidas pela Divina Justiça e dependem da nossa caridade! É certo que as almas libertadas das chamas da expiação, no céu, intercedem por seus benfeitores, porque estão cheias da Divina Caridade e podem, como os Santos, nos valer neste mundo. Portanto, o mérito que adquirimos com a caridade do sufrágio será bem recompensado porque a ingratidão nunca entrou no céu e as santas almas salvas por nós serão nossas advogadas e tudo farão por nós junto de Deus. São Francisco de Sales vê no socorro que prestamos às almas, todas as obras de caridade.
“Não é visitar os enfermos, diz o Santo Doutor, obter por nossas orações o alívio das pobres almas que sofrem no purgatório? Não é dar de beber aos que têm sede tão grande da visão de Deus, dar o orvalho da nossa oração às que estão entre as chamas? Não é dar de comer aos que têm fome, ajudá-las pelos meios que a fé nos oferece? Não é verdadeiramente libertar os prisioneiros? Não é vestir os nus e lhes dar uma veste de luz e de glória? Não é dar hospitalidade, dar entrada na Celeste Jerusalém e fazer as almas amigas de Deus e dos Santos, fazendo-as moradoras eternas da Eterna Sião?” (1)

Read more

O Ato Heroico

Almas do Purgatório e o Ato Heroico

Que é o “Ato Heroico”?

Meditação para o dia 18 de Novembro

“É o ato que consiste em oferecer à Divina Majestade, em proveito das almas do purgatório, todas as obras satisfatórias que fizermos durante a vida e todos os sufrágios que forem aplicados pela nossa alma depois da nossa morte”

Tal é a definição autêntica deste ato aprovado oficialmente pela Igreja e indulgenciado. Chama-se heroico, porque realmente exige uma abnegação de todos os tesouros que possamos lucrar com nossas boas obras e contém uma renúncia de todos os sufrágios que oferecerem por nossa alma depois da nossa morte, em favor das almas do purgatório. Este ato há de ser feito, para ser válido, em perpétuo. É irrevogável na intenção de quem o faz. Não obriga sob pena de pecado. Se alguém, a quem faltou generosidade ou teve receio de se privar de sufrágios depois da morte, quis de novo adquirir para si as suas obras satisfatórias, renunciou ao voto heroico, não comete pecado nem mortal nem venial. Pelo ato heroico não renunciamos o mérito de nossas boas obras, isto é, o que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e a glória no paraíso. Este merecimento é nosso e não o podemos perder nem dá-lo aos outros. O ato heroico é uma obra muito meritória, e este mérito de uma obra tão bela e heroica não o podemos perder. Só o mérito do ato heroico quanto não vale para nossa alma! Este mérito não o perdemos. Depois desta obra satisfatória, tudo o mais que fizermos será das almas do purgatório. Desde que fazemos o ato heroico, todas as indulgências que lucramos são das almas. Tudo que de bom possamos fazer e ter mérito e lucrar alguma coisa será do purgatório, direito e propriedade das almas. É uma renúncia total. Só a indulgência plenária da hora da morte não pode ser oferecida para as almas e será nossa, porque não é aplicável aos defuntos.

Read more

As Indulgências

Santo Rosário, uma obra indulgenciada para sufragar as Almas do Purgatório

Que são as indulgências?

Meditação para o dia 16 de Novembro

Entende-se por indulgência a remissão ou perdão das penas temporais devidas a Deus pelos pecados já perdoados em quanto à culpa, remissão concedida pela Igreja pela autoridade eclesiástica fora do Sacramento da Penitência. As penas eternas são perdoadas ao pecador que faz penitência, mas nem sempre as penas temporais. Há necessidade de fazer penitência e sofrer um pouco em reparação dos pecados cometidos. Daí a pena temporal pelos pecados. Ora, a Igreja que recebeu o poder de perdoar a pena eterna, muito mais o tem para remir da pena temporal. “Tudo o que ligares na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu”, disse Jesus a Pedro. Na Igreja primitiva os fiéis recebiam grandes penitências pelos seus pecados acusados. Havia penitências públicas bem duras e longas. Jejuns a pão e água por vários dias na semana e por alguns anos. Em crimes mais graves como o homicídio, por exemplo, o penitente fazia doze e mais anos de penitências públicas, algumas das quais bem humilhantes. Nas faltas mais leves, o jejum de quarenta dias (uma quarentena). Depois, com o tempo, atendendo à fraqueza humana e aos tempos, a Igreja permitiu que as penitências públicas fossem substituídas por esmolas, cruzadas, peregrinações e outras obras que serviam para expiação dos pecados. As penas canônicas foram substituídas pelas indulgências concedidas aos que fizessem algumas boas obras ou atos de piedade. Quando eram perdoadas todas as penitências, era a indulgência plenária, e quando uma parte, a indulgência parcial. Assim, quando se diz uma indulgência plenária quer dizer que o fiel lucra um perdão de todas as penitências que deveria fazer pelos seus pecados e os castigos que deveriam merecer suas faltas com penas temporais. Uma indulgência de cem dias, por exemplo, se entende que deveria fazer cem dias de penitências por seus pecados e com uma oração recitada piedosamente ou outra boa obra pode satisfazer esta dívida que tem para com Deus.

Read more

A Santa Missa e o Purgatório

Santa Missa e o Sufrágio pelas Almas do Purgatório

O Maior dos Sufrágios

Meditação para o dia 12 de Novembro

Incontestavelmente, não há maior nem mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos defuntos que a Santa Missa. A Igreja não definiu muita coisa sobre o purgatório, mas o essencial das suas definições está nestes dois princípios, duas verdades de fé que somos obrigados a crer se quisermos pertencer ao grêmio da Igreja de Nosso Senhor, porque, do contrário, o anátema pesará sobre os descrentes: O Concilio de Trento define a existência do purgatório, como já vimos, e uma segunda definição: Se alguém disser que o Santo Sacrifício da Missa não deve ser oferecido pelos vivos e os mortos, pelos pecados, penas e satisfações, seja anátema (1). Eis aí o sufrágio por excelência, o verdadeiro sufrágio que podemos oferecer a Deus pelos nossos mortos, na certeza de que é sempre eficaz e poderoso. No Sacrifício do Altar se oferece a grande Vítima e o Sacrificador é o próprio Cristo Senhor Nosso. É o mesmo sacrifício do Calvário. Tem o mesmo mérito da Cruz. Donde se conclui que as almas do purgatório recebem da Santa Missa o mesmo tesouro do Sangue Preciosíssimo de Nosso Senhor derramado na cruz e pela nossa salvação. Pode haver maior sufrágio que a Missa? Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício: Um fruto geral, aplicado a todos os fiéis vivos e defuntos não separados da Comunhão da Igreja; um fruto especial, aplicado aos que assistem atualmente a Santa Missa; um fruto especialíssimo aos que mandam celebrar a Santa Missa, e um fruto ministerial, que pertence ao celebrante e é inalienável.

Read more

O Sofrimento do Purgatório

Sofrimento e Penas do Purgatório

Sofrimento Terrível

Meditação para o dia 06 de Novembro

Exclamava Jó, o profeta, e com ele repetem as santas almas do purgatório: Miseremini mei! Saltem vos amici mei, quia manus Domini tetigit me! — Tende compaixão de mim! Tende compaixão de mim! Ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão de Deus me feriu! Sim, a Justiça de Deus fere as benditas almas para as purificar e santificar e torná-las dignas do esplendor da glória celeste e da visão de Deus. E que sofrimentos incríveis padecem elas! Que fogo devorador! Fogo que acrisola o ouro e prepara os eleitos para a visão divina, a glória eterna! Sofrer é a condição das almas do purgatório. Pertencem elas à Igreja Padecente. Desde que o pecado entrou no mundo, só pela cruz Jesus nos salvou, e só pelo fogo do sofrimento chegamos ao céu. O purgatório foi chamado o oitavo sacramento do fogo. Sacramento da misericórdia na outra vida. As almas do purgatório, diz o Pe. Faber, estão num estado de sofrimento que a nada se pode comparar e nem se pode fazer uma ideia. Segundo Santo Tomás e Santo Agostinho, quanto ao sofrimento, as penas do purgatório são análogas às do inferno.

Read more