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Tag: medianeira

Da Visitação de Maria

Resumo histórico. Em 1247 vemos a festa da Visitação indicada na lista das festas do concílio de Le Mans. São Boaventura a fez introduzir na Ordem Franciscana, de onde ela passou para várias dioceses. Tornou-se universal em 1404, quando Bonifácio IX a generalizou para obter o socorro do céu à Igreja desunida por antipapas. Em 1850 Pio IX deu-lhe a categoria de festa de segunda classe (Nota do tradutor).

Maria é a tesoureira de todas as graças divinas, tendo de recorrer a ela quem as deseja. Mas quem recorre a Maria deve ter a certeza de obter as graças que almeja

Reputamos feliz a família visitada por algum real personagem, não só pela honra recebida, como pelas vantagens que espera receber. Por mais feliz, porém, se tenha a alma que é visitada por Maria, Rainha do mundo. Essa bondosa Mãe não pode deixar de encher de bens e de graças tais almas bem-aventuradas. Foi abençoada a casa de Obededom, quando nela entrou a arca do Senhor:

“E o Senhor abençoou a casa dele” (1Cr 13,14).

Porém de muito maiores graças são enriquecidas aquelas pessoas que recebem a amorosa visita dessa Arca viva de Deus, que é Maria. Feliz a casa onde entra a Mãe de Deus! escreve Engelgrave. Bem o experimentou a casa de João Batista. Apenas entrada, cumulou a família toda de graças e bênçãos celestiais. É este o motivo por que a festa da visitação é também chamada de Nossa Senhora das Graças. - Vamos considerar hoje como Maria é a tesoureira das graças. Disso trataremos em dois pontos. No primeiro, veremos que quem deseja graças deve recorrer a Maria; no segundo, que deve ter a certeza de ser atendido quem recorre a Maria.

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Eia, pois, Advogada nossa

I. Maria é advogada poderosa para todos salvar

Maria é todo-poderosa junto de Deus

Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tornar-se súdita de seu filho, ainda que ele seja monarca e tenha domínio sobre todas as pessoas do seu reino. É verdade, sentado agora à direita de Deus Pai, no céu, reina Jesus e tem supremo domínio sobre todas as criaturas e também sobre Maria. E o tem mesmo como homem, diz Santo Tomás, por causa da união hipostática com a pessoa do Verbo. Todavia, é também certo que nosso Redentor, quando vivia na terra, quis humilhar-se a ponto de ser submisso a Maria. “E lhes estava sujeito” (Lc 2,51). Sim, desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz Santo Ambrósio. Os outros santos - reflete Ricardo de São Lourenço - estavam unidos à vontade de Deus, mas também o Senhor se submeteu à sua vontade. Das outras virgens diz-se que “seguem o Cordeiro por toda parte”. Porém de Maria dizer se pode que o Cordeirinho de Deus a seguia, porque lhe foi submisso. Daí concluímos que são as súplicas de Maria eficacíssimas para obterem tudo quanto ela pede, ainda que não possa dar ordens a seu Filho no céu. Pois os seus rogos sempre são rogos de Mãe. Tem Maria o grande privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia. E por quê? Justamente pela razão já apresentada, e que mais abaixo vamos examinar minuciosamente: porque as súplicas de Maria são súplicas de Mãe. De onde as palavras de São Pedro Damião: A Virgem consegue quanto quer, no céu como na terra; até aos desesperados pode dar esperança de salvação. O Santo chama o Redentor de altar de misericórdia, onde os pecadores obtêm de Deus a graça do perdão. A ele, Jesus, dirige-se Maria quando quer obter-nos alguma graça. O filho tanto aprecia, porém, os rogos de sua Mãe e tanto deseja ser-lhe agradável, que sua intercessão mais afigura uma ordem do que uma prece, e ela parece antes uma Rainha do que uma serva, remata o Santo. Assim quer Jesus honrar sua querida Mãe, que tanto o honrou em vida, prontamente concedendo-lhe tudo que pede ou deseja. Belamente o exprime São Germano nas suas palavras dirigidas à Virgem: Sois onipotente, ó Mãe de Deus, para salvar os pecadores; não precisais de recomendação alguma junto de Deus, pois que sois a Mãe da verdadeira vida. Não receia São Bernardino de Sena concordar com a sentença de que “ao império de Maria todos estão sujeitos, até o próprio Deus”. Isto é, Deus lhe atende os rogos como se fossem ordens. Exclama por isso Eádmero: Virgem, de tal modo vos elevou o Senhor, que podeis obter para vossos servos todas as graças possíveis; pois é onipotente vosso patrocínio, como assevera Cosmas de Jerusalém. Maria, sim, sois onipotente - acentua Ricardo de São Lourenço; pois que, conforme as leis, deve a rainha gozar dos mesmos privilégios que o rei. Por isso, colocou Deus toda a Igreja não só sob o patrocínio, senão também sob o império de Maria, observa Santo Antonino. Convindo, portanto, à mãe o mesmo império que ao filho, com razão Jesus, que é onipotente, tornou Maria todo-poderosa. Contudo, sempre será verdade que o Filho é onipotente por natureza e a Mãe o é por graça. E isto se verifica, porque, quando pede a Mãe, tudo lhe concede o Filho, como justamente foi revelado a Santa Brígida. Ouviu ela Jesus dizer a Maria: Minha Mãe, já sabes quanto te quero; pede-me por isso o que quiseres, porque, seja qual for a tua petição, não pode deixar de ser de mim ouvida. E que bela razão alegou o Senhor! Minha Mãe, disse-lhe, nada me negavas na terra; é justo que nada eu te negue no céu. Diz-se que Maria é onipotente; mas é do modo que se pode entender de uma criatura, que não é capaz de atributo divino. Porque com seus rogos obtém tudo quanto quer, é ela, pois, onipotente. Com sobras de razão, portanto, ó excelsa advogada nossa, vos diz São Bernardo: Tudo se faz, se vós o quereis. Basta a vossa vontade para que tudo se faça. Quereis elevar a uma alta santidade o mais abjeto dos pecadores? Em vossa vontade está o fazê-lo. De Eádmero são estas palavras: Senhora, basta-vos querer a nossa salvação e nós não podemos perecer. Santo Alberto Magno põe na boca de Maria palavras semelhantes: Devo ser rogada, para que queira; porque o que eu quero é necessário que se faça.

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A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas

I. Necessidade da intercessão de Maria para nossa salvação

É muito salutar a intercessão dos santos

É a invocação e veneração dos santos, particularmente a de Maria, Rainha dos santos, uma prática não só lícita senão útil e santa. Pois procuramos por meio dela obter a graça divina. Esta verdade é de fé, estabelecida pelos Concílios contra os hereges que a condenam como injúria feita a Jesus Cristo, nosso único medianeiro. Mas, se, depois da morte, um Jeremias reza por Jerusalém; se os anciãos do Apocalipse apresentam a Deus as orações dos santos; se um São Paulo promete a seus discípulos lembrar-se deles depois da morte; se S. Estêvão intercede por seus perseguidores e um São Paulo, por seus companheiros; se, em suma, podem os santos rogar por nós, por que não poderíamos nós, por nossa vez, rogar-lhes para que intercedam por nós? Às orações de seus discípulos recomenda-se São Paulo: Irmãos, rezai por nós (1Ts 5,25). São Tiago exorta-nos “que roguemos uns pelos outros” (5,16). Podemos, por conseguinte, fazer o mesmo. Que seja Jesus Cristo único Mediador de justiça a reconciliar-nos com Deus, pelos seus merecimentos, quem o nega? Não obstante isso, compraz-se Deus em conceder-nos suas graças pela intercessão dos santos e especialmente de Maria, sua Mãe, a quem tanto deseja Jesus ver amada e honrada. Seria impiedade negar semelhante verdade. Quem ignora que a honra prestada às mães redunda em glória para os filhos? Os pais são as glórias dos filhos, lemos nos Provérbios (17,6). Quem muito enaltece a mãe, não precisa ter receio de obscurecer a glória do filho. Pois quanto mais se honra a Mãe, tanto mais se louva o Filho, diz São Bernardo. E observa São Ildefonso:
É tributada ao Filho e ao Rei toda a honra que se presta à Mãe e à Rainha. Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação, não de justiça, mas de graça e de intercessão, como bem lhe chamou Conrado de Saxônia com o título de “fidelíssima medianeira de nossa salvação”.
E São Lourenço Justiniano pergunta:

Como não ser toda cheia de graça, aquela que se tornou a escada do paraíso, a porta do céu e a verdadeira medianeira entre Deus e os homens?

Portanto, bem adverte Suárez:
Quando suplicamos à Santíssima Virgem nos obtenha as graças, não é que desconfiemos da misericórdia divina, mas é muito antes porque desconfiamos da nossa própria indignidade.
Recomendamo-nos, por isso, a Maria, para que supra sua dignidade a nossa miséria.

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Maria Santíssima é cheia de Graça

Ave, gratia plena, Dominus tecum — “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28)

Sumário. Querendo a Santíssima Trindade ostentar as suas grandezas, criou a Santíssima Virgem, destinou-a para Mãe do Verbo encarnado, e em vista desta dignidade imensa e incomparável, enriqueceu-lhe a alma bendita de toda a espécie de graças, superiores às repartidas entre todas as criaturas. Por isso a Santíssima Virgem está no céu assentada num trono de majestade, à direita de Jesus Cristo, forma uma hierarquia separada, e só ela dá mais brilho à pátria bem-aventurada do que tudo o mais que há no paraíso. Façamos ato de fé nesta grandeza inefável de nossa querida Mãe, rendamos graças a Deus e unamo-nos aos espíritos angélicos para a amar e bendizer.

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Motivos de confiança no Patrocínio de Maria Santíssima

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Conhecimento que Maria tem das nossas necessidades

A Bem-aventurada Maria, Mãe de Deus, elevada ao seio da glória celeste, não se esquece de seus filhos degredados nesta terra de exílio. Como Mãe sensível é compassiva, não se despreza de voltar para nós seus olhos; conhece as nossas necessidades e misérias; vê os assaltos que nos dão os inimigos da salvação; ouve os nossos clamores; escuta as nossas preces e votos e acolhe-os com bondade. Esta divina Mãe viveu, como nós, neste vale de lágrimas; passou por terríveis provações, experimentou maiores tribulações do que as que nos oprimem; por isso o seu coração maternal se enternece com as nossas misérias, e está sempre pronto para nos socorrer. Que motivo pode haver mais próprio para nos inspirar a mais firme confiança nesta Mãe de bondade? Dirijamo-nos a ela como a Protetora; invoquemo-la como Rainha de Misericórdia; consideremo-la sempre como refúgio, asilo, consolação e esperança.

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Maria Santíssima acompanha Jesus na vida evangélica

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Movendo-O a fazer o primeiro milagre público

Jesus Cristo Senhor Nosso, no princípio de Sua vida evangélica, foi convidado com sua Mãe e discípulos para umas núpcias em Caná de Galileia. A caridade foi o único motivo que obrigou o divino Mestre e Maria Santíssima a aceitarem o convite. Por certo que a Senhora preferiria ficar na casinha de Nazaré e gozar ali as doçuras da contemplação; mas sempre admirável em suas ações, sempre amável e indulgente, deixa este caro retiro, para não desgostar os esposos, e vai exercer a civilidade religiosa e manifestar sua terna bondade. Conhece então o embaraço em que vão achar-se os noivos, a confusão por que vão passar perante os convidados, e para os poupar diz para Jesus: Eles não tem vinho, e, cheia de confiança no Seu poder e bondade, diz aos serventes: Fazei tudo o que Ele vos disser; e o Salvador fez o milagre da conversão da água em vinho. Desta sorte o caritativo coração de Maria, sempre pronto a fazer bem, aproveita todas as ocasiões de ser útil ao próximo; não espera que lhe roguem, previne mesmo a súplica dobrando assim o merecimento do benefício! Imitemos a generosa caridade da nossa Mãe, sejamos misericordiosos, se queremos ser bem-aventurados.

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Maria, Distribuidora das Graças

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Meditação para o dia 31 de Maio. Maria, Distribuidora das Graças

Meditação para o dia 31 de Maio

Que lhe arrebentassem os aquedutos, foi à ordem dada por Holofernes para tomar a cidade de Betúlia (Jd 7, 6). Assim o demônio também envida todos os esforços para acabar com a devoção à Mãe de Deus nas almas. Pois, cortado esse canal de graças, mui fácil se lhe torna a conquista. Consideremos, portanto, continua São Bernardo, com que afeto e devoção quer o Senhor que honremos esta nossa Rainha. Consideremos o quanto deseja que a ela sempre recorramos e era sua proteção confiemos. Pois em suas mãos depositou a plenitude de todos bens, para nos tornar cientes de que toda esperança, toda graça, toda salvação, a nós chegam pelas mãos dela. A mesma coisa declara Santo Antonino. Todas as misericórdias dispensadas aos homens lhes têm vindo por meio de Maria. É por isso Maria comparada à lua. Colocada entre o sol e a terra, a lua dá a esta o que recebe daquele, diz São Boaventura; do mesmo modo recebe Maria os celestes influxos da graça para no-los transmitir aqui na terra.

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Onipotência Suplicante

Meditação para o Dia 31 de Maio

“Maria, diz São Bernardo, é a Onipotência Suplicante”

“Virgem Poderosa”, chama-a a Igreja nas Ladainhas Lauretanas. Por quê? Responde-nos o Anjo da Anunciação:

“Porque achaste graça junto de Deus”

E a graça que Maria recebeu foi com tal abundância, para nos socorrer, que não há favor nem misericórdia que não nos possa obter. É a Tesoureira das Graças. Nenhuma graça nos vem do Céu sem que passe pelas suas mãos.

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Necessidade que temos da intercessão de Maria Santíssima para nossa salvação

Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças

Gens et regnum, quod non servierit tibi, peribit - ““A gente e o reino que te não servir, perecerá” (Is 60, 12)

Sumário. Para a salvação, a graça divina é indispensável. Verdade é que esta graça nos foi merecida por Jesus Cristo, o Medianeiro de justiça; mas a dispensadora da graça é Maria Santíssima, por ser Mãe de Deus. É por isso que o demônio tanto esforço faz para arrancar da alma a devoção à Santa Virgem. O espírito maligno sabe que obstruído este canal de graças, tudo está perdido. Examinemo-nos, pois, se temos devoção verdadeira à divina Mãe e, descobrindo que nos temos relaxado, retomemos o nosso primeiro fervor.

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Da devoção à Divina Mãe

Nossa Senhora das Graças

Beatus homo, qui audit me, et qui vigilat ad fores meas quotidie - “Bem-aventurado o homem que me ouve e que vela todos os dias à entrada da minha casa” (Pv 8, 34)

Sumário. Sendo Maria Santíssima medianeira de graça, o Senhor fê-la de certo modo onipotente; e decretou que todas as graças que são dispensadas aos homens passem pelas mãos da Virgem. Por outro lado, Maria é tão misericordiosa que basta invocá-la para ser atendido. Felizes, pois, de nós, se tivermos devoção verdadeira a esta boa Mãe, recorrermos sempre a ela em nossas necessidades e procurarmos que os outros também a amem! Que pecador se perdeu alguma vez tendo perseverado em recorrer a Maria?

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